Antíoco Epifânio, Figura do Anticristo

 Antíoco Epifânio, Figura do Anticristo




 

Antíoco Epifânio.

Nascimento: 215 a.C;

Morte: 162 a.C (53 anos);

Pai: Antíoco III Magno;

Mãe: Laódice (esposa de Antíoco III Magno).

 

Antíoco Epifânio é também um tipo do anticristo escatológico, em razão de suas práticas terríveis contra o povo de Deus e a desolação que realizou com os utensílios consagrados ao templo e ainda profanou o altar onde eram oferecido os sacrifícios sagrados, porém, foi morto não por mãos de homens, morreu de desordens nervosas por não ter conseguido roubar um certo templo, segundo (1 Macabeus 6.10-64). Tais práticas serão realizadas pelo anticristo escatológico e seu fim será não por esforços humanos (2 Ts 2.3-4,8) da mesma forma que aconteceu com Antíoco (2 Macabeus 9.4-8).

 

Descendencia

Antíoco Epifânio, descendente de Seleuco [um dos generais de Alexandre que recebeu o território da Síria após sua morte], governante da Síria de 175 a 164 a.C, foi um opressor terrível contra os judeus.

 

Atrocidades Sobre Os Judeus - (1 Macabeus 1.10-61)

Antíoco se propôs reinar também na terra do Egito, pretendendo dominar nos dois reinos. Invadiu o Egito com um exército imponente, com carros e elefantes, cavalaria e muitos navios. Travou combate contra Ptolomeu, rei do Egito, o qual ficou com medo de enfrentá-lo e fugiu, deixando pelo chão muitos feridos. Antíoco tomou as cidades fortificadas e saqueou as riquezas da terra do Egito. Voltou então, depois de ter submetido o Egito no ano cento e quarenta e três, e subiu contra Israel e Jerusalém com um possante exército. Entrou no Santuário com arrogância e apoderou-se do altar de ouro e do candelabro com os seus acessórios. Também levou a mesa da apresentação dos pães, as vasilhas para as libações, os copos e taças de ouro, o véu e as coroas, e toda a decoração de ouro que estava na fachada do templo.

Tudo ele saqueou. Levou a prata e o ouro, os objetos de valor e mesmo os tesouros escondidos que pôde encontrar. Roubando tudo, voltou para a sua terra, depois de uma grande carnificina, e tendo proferido palavras de extrema arrogância.  Houve grande luto em Israel, em todo o seu território. Gemeram príncipes e anciãos, moças e jovens perderam o vigor, alterou-se a beleza das mulheres. Todo esposo entoou lamentações, ficou de luto a que estava no leito nupcial.

A terra tremeu por causa dos seus habitantes e toda a casa de Jacó se cobriu de vergonha.

 

Dois anos depois, o rei enviou às cidades de Judá o chefe dos impostos, o qual entrou em Jerusalém com um grande exército. Dirigiu aos habitantes falsas palavras de paz, e acreditaram nele. Foi quando caiu sobre a cidade de repente, aplicando-lhe violento golpe e fazendo perecer muita gente em Israel. Tomou os despojos da cidade, incendiou-a e destruiu suas casas e as muralhas ao redor. Levaram prisioneiras mulheres e crianças, e apoderaram-se do gado. Em seguida, reconstruíram a cidade de Davi com alta e sólida muralha e torres possantes, tornando-a sua cidadela. Nela instalaram uma gente perversa, homens iníquos, que aí se fortificaram. Acumularam armas e víveres e, reunindo os despojos de Jerusalém, aí os depositaram. Desse modo tornaram-se uma grande armadilha contra nós. Tornou-se aquilo uma emboscada para o Santuário, e um adversário maléfico para Israel em todo o tempo. Derramaram sangue inocente em redor do Santuário e macularam o lugar santo. Fugiram por causa deles os habitantes de Jerusalém e a cidade tornou-se moradia de estrangeiros. Sião tornou-se estranha à sua própria gente, e seus próprios filhos a abandonaram. Seu Santuário ficou desolado como um deserto, suas festas se transformaram em luto, seus sábados em vergonha, e sua honra em nada. Como fora grande a sua glória, multiplicou-se a sua ignomínia, e a sua exaltação se converteu em luto.

 

Profanação do Templo

O rei Antíoco mandou por escrito, a todo o seu reino, que todos formassem um só povo e cada um renunciasse à sua  própria lei. Muitos de Israel consentiram na religião dele e começaram a sacrificar aos ídolos e a profanar o sábado. Além disso, o rei mandou decretos por meio de mensageiros, a Jerusalém e às cidades de Judá, para que adotassem as leis das nações da terra: ficavam proibidos os holocaustos e sacrifícios e expiações no templo de Deus, e deviam profanar os sábados e as festas, e macular o Santuário e as pessoas consagradas. Por outro lado, deviam levantar altares e templos e ídolos, e imolar porcos e outros animais impuros. Deviam também deixar seus filhos incircuncisos e profaná-los com todo tipo de impureza e contaminação, de modo que viessem a se esquecer da Lei e a mudar todas as observâncias. E todo aquele que não agisse de acordo com a palavra do rei, seria morto. Foi nesses termos que o rei Antíoco escreveu a todo o seu reino. Nomeou inspetores para todo o povo, e ordenou às cidades de Judá que, uma após outra, oferecessem sacrifícios. Muitos do povo se uniram a eles, todos os que haviam abandonado a lei do Senhor e praticaram o mal na terra. Assim brigaram Israel a se esconder e a permanecer em lugares de refúgio. No dia quinze do mês de Casleu, Antíoco levantou sobre o altar dos holocaustos a abominação desoladora. Também pelas cidades de Judá ao derredor ergueram-se altares, e queimavam  incenso diante das portas das casas e nas ruas. Os livros da Lei que fossem descobertos, eles os rasgavam e lançavam ao fogo. Onde quer que fosse encontrado um livro da Aliança, numa casa, ou se alguém estivesse seguindo a Lei, o decreto do rei condenava-o à morte. Como tivessem o poder, infligiam isto a Israel, a todos os que fossem descobertos, mês por mês, nas várias cidades. No dia vinte e cinco de cada mês ofereciam sacrifícios no altar que fora erguido sobre o altar dos holocaustos. As mulheres que haviam circuncidado seus filhos eram punidas de morte, segundo o decreto, sendo seus filhinhos estrangulados, as casas destruídas, e mortos também os que haviam praticado a circuncisão.

 

Em 168 AC., Antioco Epiphanes, confiando no panteão de deuses gregos, decretou o fim da religião judaica. Antioco passou a destruir as sinagogas e massacrar os judeus que não se submetiam a nova religião, Ele não suspeitava que um pequeno grupo de judeus que confiavam somente no Deus de Abraão, Isaac e Jacob, iria humilhá-lo completamente.

Antioco pensou que havia resolvido o “problema judaico”. Suas tropas haviam nivelado os muros de Jerusalém, e ele ergueu um grande forte chamado ACRA, na área do templo para uso das suas tropas gregas.

Antioco acreditava que havia apagado inteiramente a religião judaica. Ele declarou que a Torah, que era a constituição Judaica, estava inteiramente anulada e sem valor. Ele proibiu a observância dos costumes religiosos Judeus, em especial a guarda do sábado semanal, a circuncisão, e as leis de saúde. Por outro lado ele forçou o povo a adotar a religião estatal Grega.

 

Forçando A Nova Religião

Os judeus foram forçados a sacrificar aos deuses gregos. Para obrigá-los a seguir a religião grega ele fez sacrifícios de animais impuros, particularmente porcos, no altar. Oficiais gregos foram mandados através do império para forçar rigidamente a nova religião. Qualquer resistência era punida com a morte. As sinagogas foram destruídas, Os rolos dos livros sagrados foram profanados e o povo foi massacrado aos milhares.

Para coroar essas calamidades, o Templo de Jerusalém foi re-dedicado ao deus grego ZEUS. A estatua de Zeus foi colocada dentro do templo. Porcos foram abatidos no altar. Essa foi a horrível “Abominação que causou a desolação” que foi referida no livro de Daniel.

Lamentavelmente o povo cristão fica repetindo a frase “Abominação da desolação” sem sequer saber o significado dessas duas palavras.

É muito fácil procurar no dicionário Aurélio o significado dessas palavras:

Abominar = Sentir horror a; detestar; aborrecer.

Desolar = Devastar, arruinar, assolar, Tornar triste, melancólico, ao extremo; afligir, desgraçar.

Não há porque especular sobre palavras tão simples !!

Daniel 11:31,32 – Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora. Aos violadores da aliança, ele perverterá com lisonjas, mas o povo que conhece o seu Deus se tornará forte e ativo.

Os que escaparam a ira de Antioco fugiram para esconderijos nas costas do Mar Morto, na selva da Judéia e nas cavernas das montanhas. Eles levaram com eles cópias da Torah e a profecia de Daniel. Os líderes do êxodo eram conhecidos como Chasidim, "os piedosos". Eles estavam preparados para morrer pela fé, e muitos morreram.

Um comandante das tropas de Antioco ergueu um altar pagão em uma pequena cidade a nordeste de Jerusalém. O povo foi chamado para segui-lo e sacrificar um porco no altar a fim de demonstrar sua lealdade a Antioco.

Um velho sacerdote, de nome Matatias, foi chamado para dar o exemplo e para ser o primeiro a sacrificar. Ele se recusou. Então um judeu colaborador dos gregos aproximou-se do altar para sacrificar um porco. Matatias se enraiveceu e matou o judeu apostata e o comandante das tropas. Matatias e seus cinco filhos destruíram o altar pagão e fugiram para as montanhas ao redor de Jerusalém.

 

A Repercussão da Revolta de Matatias

As novas sobre a rebelião de Matatias se espalharam rapidamente. Muitos que estavam temerosos responderam quando Matatias e seus cinco filhos deram seu grito de guerra. (I Macabeus 2:27)

No princípio foi uma guerra do tipo guerrilha. Mais tarde muitos dos seguidores da verdade e da justiça se uniram na selva com os filhos de Matatias. As notícias chegaram aos agentes do rei e às forças que estavam em Jerusalém, os soldados procuraram o acampamento dos Judeus fiéis e os prendera num ataque feito num dia de sábado.

O comandante inimigo dissera:

“Façam o que o rei lhes mandou e suas vidas serão salvas”;

os Judeus fiéis responderam

“Nós não sairemos e não atenderemos a ordem do rei e não quebraremos o sábado”.

 

Os soldados aceleraram para os atacar. E os Judeus não reagiram em resposta a eles; os judeus não lançaram nem uma pedra nem bloquearam os esconderijos, disseram os judeus, "Deixemos tudo e morramos inocentes. Nós clamamos ao céu e terra como testemunhas que você nos destrói de forma ilegítima."

Os soldados atacaram durante o Sábado, e os judeus morreram com suas esposas e seus filhos; milhares morreram. (I Macabeus 2:29-38)

Matatias decidiu que deixar os gregos massacrá-los no Sábado era errado. Ele decidiu que a partir daquela data os judeus poderiam se defender no dia de Sábado. Esta decisão reforçou a luta. Antioco logo percebeu que ele estava com uma violenta rebelião em suas mãos.

Matatias, era um velho homem e morreu um ano após destruir o altar pagão. Quando morreu ele apontou seu filho Judas, o qual foi chamado Macabeu, como comandante em chefe. Foi uma sábia escolha, pois Judas humilhou Antioco Epiphanes.

Inicialmente Judas Macabeu e seus homens fizeram ataques esporádicos contra cidades desguarnecidas. Mas gradualmente, quando suas tropas se fortaleceram, ele começou a atacar postos de guarda das forças sírias-gregas.

Os comandantes sírios dispunham de batalhões formados por soldados sírios e por judeus helenizados (que aceitaram a cultura grega). Muitas vezes parecia que os de Macabeus seriam derrotados, mas a cada vez, antes da batalha estes jejuavam e oravam. O SENHOR os atendeu e deu a vitória aos judeus.

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