...Alimentos ...Puros; ...Impuros.

 

...Alimentos ...Puros; ...Impuros...

 


“...que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda...” (Romanos 14:14, RA).

 

Este é um estudo bíblico sobre “alimentos impuros”. Deixaremos de lado todos os escritos e idéias humanas e nos concentraremos o máximo que pudermos no que a Bíblia diz sobre a proibição de alimentos. Este estudo lida com assuntos teológicos e não com questões de saúde.

 

AS LEIS DE MOISÉS SOBRE A SAÚDE-VINDICADAS PELA CIÊNCIA MÉDICA

(1)       – “Antigamente era dado ao Povo Judeu, o conhecimento invulgar através do seu Profeta Moisés.

Rudolph Virchow, o pai da patologia moderna, disse:’ Moisés foi o maior higienista que o Mundo já viu.

Dependendo do conhecimento revelado e sem ter qualquer equipa científica, Moisés ensinou na sua essência, quase todos os princípios da higiene praticada hoje’. Entre eles, estão a prevenção de doenças, desinfecção por fogo e água; controle da epidemia por meio de informar e isolar as doenças transmissíveis ou dos seus portadores, seguida de desinfecção de todos os seus pertences, possivelmente contaminados. A higiene pessoal era necessária e exigida a remoção de excrementos de maneira que o acampamento Judaico era tão limpo como uma cidade moderna.

Embora o exercício fosse adoptado, era mantido contra o excesso de trabalho forçado por pequenos períodos de descanso e relaxamento”. (Owen S.Parret M.D.- Doenças, Animais e Alimentação; pag. Julho).

“Os Hebreus eram as pessoas mais limpas, nos tempos antigos e até hoje os seus padrões antigos são imbatíveis.

Os banhos rituais eram recomendados por muitas razões e cada Israelita tomava um banho, pelo menos uma vez por semana, porque necessitava de se limpar na véspera do Sábado …Era obrigado a lavar-se, depois de tocar num cadáver de animal ou de humano”.(Charles D. Willis- Moses y la Medicina- En signs of the times-17/04/951-Junho).

“Moisés ordenou que todos os infectados por uma doença transmissível fosse isolado. Certamente que a Ciência

Médica não pode inventar regra melhor. Não só colocar o paciente em quarentena, mas também para aqueles que tivessem contato com ele”. Idem.

(2) – Um estudo cuidadoso dos escritos de Moisés revela conceitos médicos e princípios de saúde, que eram muito mais avançados do que os que prevaleciam no seu tempo.

Um exemplo disto e o seu entendimento moderno da função do sistema circulatório. Moisés escreveu:-

“Porque a Vida da carne está no sangue…”. (Levítico 17:11).

Demorou milhares de anos para que a ciência descobrisse que o sangue é o veículo da Vida.

Três séculos se passaram desde que o Dr.William Harvey (1.578/1.657), médico Britânico, teve êxito ao traçar o sistema circulatório no organismo humano. Esta descoberta considera-se uma importante ligação entre a ciência médica, mas o mesmo princípio estava incluído no texto anterior dos escritos de Moisés, desde há 3.000 anos.

 

MOISÉS E A QUARENTENA

(3) – Que Moisés esteve em contato com Uma Sabedoria Infinita é evidente pelo seu apego a outros dados médicos modernos. De salientar entre estes a sua aplicação – no Século XV A.C. – do princípio de quarentena para os doentes que sofriam de enfermidades contagiosas.

Moisés dedicou dois capítulos completos, o 13 e o 14 do seu livro de Levítico para um tratamento da lepra, que era a calamidade do Oriente. Estes capítulos fornecem a instrução preciosa e detalhada sobre a maneira de isolar um

Doente leproso por quarentena. Também disse como desinfetar a casa e o vestuário do leproso contra a possível nova infecção e quando determinar que o doente estava curado.

Toda esta instrução médica e sanitária foi escrita por Moisés três mil anos antes, num tempo quando se defendiam os pontos de vista mais estranhos e estavam em voga as noções mais supersticiosas sobre as doenças e a sua cura.

A ciência médica demorou três mil anos ou mais, para ficar em dia com Moisés em relação a estes princípios.

O cientista Francês Louis Pasteur -1.822/1.895- “pai da bacteriologia”, foi o primeiro a descobrir alguns dos segredos da vida das bactérias. Esta descoberta revolucionou as terapias modernas, Baseado nisto, adoptou-se o princípio da quarentena.

 

A CIRURGIA MODERNA E MOISÉS

(4) – A cirurgia moderna “nasceu” em 1.842, quando o Dr. Crawford W. Long, inventou a anestesia.

Esta descoberta tem sido de grande bênção para os doentes, porque capacitou os médicos para lograr resultados maravilhosos na cirurgia.

(5) Mas, até mesmo na cirurgia moderna o seu uso da anestesia encontrou um precedente nos escritos de Moisés.

Milhares de anos antes de se terem conhecido na profissão médica, a anestesia e a cirurgia, realizou-se com êxito uma operação: Adão, o pai da raça humana. Moisés registou esta operação importante:

“Então Yahweh Todo-Poderoso fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu: e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;

22-“E da costela que Yahweh Todo-Poderoso tomou do homem, formou uma mulher: e trouxe-a a Adão”.

(Génesis 2:21,22).

(6) – Ao registar esta operação, Moisés nos diz que o Criador Todo-poderoso, realizou a operação; Adão era o paciente; e o Médico Celestial Yahweh aplicou a anestesia.

“Yahweh Todo-Poderoso fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu…”.

(Génesis 2:21).

Então continuou a operação sem dor, para a remoção de uma costela e, por fim, fez a sutura da carne no seu lugar.

Deve ter-se em mente que esta cirurgia se realizou quase 6.000 anos antes de que o conhecimento da cirurgia principiasse a amanhecer na ciência médica.

 

ALIMENTOS LIMPOS E IMUNDOS

(7) – O Mundo Moderno não se apercebe de quanto se deve às Leis Dietéticas de Moisés acerca dos alimentos limpos e imundos como se registam em Levítico capítulo 11. Estas Leis observam-se entre os povos civilizados em toda a parte e muitas pessoas eliminaram da sua ementa, muitos dos alimentos proibidos nesse capítulo.

Seria bom para a Humanidade que eliminasse da sua ementa todos os alimentos proibidos que se registam ali.

 

OS MARISCOS SÃO PROIBIDOS POR SEREM IMUNDOS

(8) – “Em relação com as ostras, a febre tifóide que se atribui a comer mariscos infectados, é demasiado comum, para necessitar de uma menção adicional e o uso de lagosta, caranguejo, e outros alimentos congéneres proibidos, resulta, com frequência, em casos muitos graves e às vezes fatais por indigestão aguda, demonstrando

a verdade da instrução dada por Moisés”. (O.S.Parret.MO–Doenças por alimentação animal- pág.8).

Em Levítico 11:9-12, podemos ler proibições quanto a comer peixe que não tenha escamas e barbatanas:

“Isto comereis de tudo o que há nas águas, tudo o que tem barbatanas e escamas nas águas, nos mares e nos rios: aquilo comereis.

10-“Mas tudo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas estes serão para vós abominação.

11-Ser-vos-ão pois por abominação: da sua carne não comereis, e abominareis o seu cadáver.

12-“Tudo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas, será para vós abominação”.

Se o Criador Todo-Poderoso teve por bem dar estas instruções, deve haver boas razões para elas.

Numa investigação das propriedades venenosas do peixe, o Dr. David Macht, autoridade em produtos e venenos animais, extraiu o líquido orgânico de mais de 70 espécies diferentes de peixe e o injetou em cobaias e também o usou em provas com plantas que dão semente. Os líquidos extraídos de peixes venenosos mataram algumas das cobaias e retardaram o crescimento das plantas.

No uso de extratos de peixes “comestíveis” (limpos) , concluiu-se que não tiveram efeitos prejudiciais nas cobaias, nem nas plantas. Quando se analisaram os resultados neste estudo se concluiu que todos os extractos venenosos tinham origem em peixes sem escamas.

O Dr. Macht, concluiu: Parece haver alguma base científica para a antiga classificação de peixes comestíveis e não comestíveis, isto é: os que têm barbatanas e escamas e os que não têm.

(C-D.Willis : Moisés e a Medicina em “Sinais e a Medicina em Sinais dos tempos, 17 de Abril de 1.951,págs.5 e 6),

(9) – Quando Moisés tirou do Egipto os filhos de Israel e os levou para o deserto, tinha o problema de preservar

a saúde deles. Fez isto primeiro que nada, por proibir a ingestão de diversos animais imundos, como porco, o coelho e os mariscos. Mas foi só em 1.847 que Joseph Layoi descobriu que no porco o parasita “Triquinela”.

Um desvio comum para muita gente do código dietético de Moisés e o consumo de carne de porco.

O uso da carne de porco como alimentação estava rigorosamente proibido para Israel e, por conseguinte, para toda a Humanidade. A sabedoria deste proibição deveria ser óbvia para todos.

O porco é, por natureza, um animal que recolhe lixo putrefacto.

Hubert P. Swartout,M.D.,Dr.P.H.. membro da Junta Americana de Medicina Preventiva e Saúde Pública, admitiu:- “O porco, no entanto, é recusável, desde outros pontos de vista, à parte do perigo de contrair Triquinosis.

“Contém uma proporção de gordura muito maior do que a maioria dos outros alimentos de carne.

“É difícil de digerir. A febre ondulante devido ao tipo de germes que o porco contém, é a média mais severa da qual se deve ao tipo de gado e as cabras. Não é por acaso, desde os tempos mais antigos da História do Antigo

Testamento se classifica o porco como imundo”. (O Novo Conselheiro Médico Moderno; pág.119,151).

(10) – No seu estado natural, o porco é como o javali e, nesta condição,é tão feroz como uma besta de arreganhar os dentes e tão veloz como os cães selvagens. Mas quando se doméstica e amansa, torna-se tão frágil e doente, que apenas de pode mover e se encosta como um monte de gordura e baba em espuma.

E a ironia disto é que, quando o porco está demasiado doente para se mover e apenas pode grunhir e comer, então é quando se considera apto para o consumo.

O porco infectado de Triquinela é que não se coze bem, é frequente desenvolver Triquinosis, são horrores, os quais todo o mundo devia conhecer. Uma pessoa em cada seis na América, está sofrendo de Triquinosis em algum grau.

De vez em quando ouvimos falar de famílias inteiras destruídas por esta doença.

(11) – O. S. Parrett, M.D. que fez um estudo da doença em animais para consumo,declara:-

“Os sacerdotes que serviam como oficiais médicos, levaram a cabo uma inspecção rigorosa das carnes. Todavia, nós chegamos a Moisés, como autoridade sobre as chamadas carnes imundas e limpas.

Moisés proibiu o uso da carne de porco e de mariscos e, é pertinente comentar que o Mundo Gentio, que desconhece estas regras de saúde, apresenta uma grande incidência de infecção por Triquinosis entre os adultos nos Estados Unidos, uns 25%,segundo a investigação dos médicos Mac Naught e Anderson, publicado na Revista da Associação Médica Americana:-“Exames post-morten realizados por estes médicos em pedaços do músculo do diafragma de 100 corpos, mostraram que em 23 se aninharam Triquinela e de outros 100,encontraram 25 casos positivos. Durante a sua vida, nenhuma dessas pessoas havia mostrado um historial de Triquinela e, no entanto, em todos eles se viam larvas que se retorciam ao microscópio.

Uma de cada cinco salsichas dos melhores cinco super-mercados.foi encontrada uma Triquinela viva”.

O.S.Parret.M.O. “Doenças com carne de animais. Págs. 7,8).

(12) – “Numa povoação do Colorado, os patologistas federais, pegaram em salsichas de porco que tinham vermes de Triquinela de um pacote de salsichas frescas, depois de uma família ter adoecido por comer esse produto.

Uma rapariga de 18 anos ficou tão doente que a levaram para um hospital onde, por causa da infecção do seu diafragma, tinha respiração tão difícil, que teve que levar inalações de oxigénio três vezes, para se manter viva.

Uma pequena zona do músculo do ombro, mostrava infecção de Triquinela.

A princípio pensava-se que a família sofria de gripe ou reumatismo muscular. Este erro de diagnóstico acontece, provavelmente, em casos ligados à triquinosis, que afectam uma pessoa em cada quatro no país”.

(13) – “Depois de se ter consumido o porco infectado por vermes que se libertam no estômago da pessoa, na digestão gástrica, surgem ali as fêmeas e os machos; depois as fêmeas produzem grande número de larvas.

Através da corrente sanguínea ou linfática, estas larvas emigram rapidamente para os tecidos, achando alojamento nas zonas musculares do diafragma. São necessárias mais de mil larvas, na maioria dos casos, para haver os sintomas”. Idem,págs. 9 e 10.

(14) – “Num esforço para detectar os porcos infectados por Triquinela, levou-se a cabo, por algum tempo, um trabalho para examinar a carne de todos os porcos, numa sala de microscópios que examinavam pedaços de carne. Mas nada mais que em Chicago, havia duas embaladoras que podiam empacotar 600 porcos por hora cada uma, uma média de um em cada seis segundos.

Aquele esforço teve que ser abandonado por ser impraticável e muito caro e assim, o Departamento de

Agricultura, num Boletim sobre Triquinose disse que não se tinha idealizado ainda um sistema prático pelo qual se possa proteger do perigo da Triquinose a pessoas que comam carne de porco mal cozida.

Nesse mesmo Boletim assinala-se que na Alemanha, onde se fazem exames microscópicos dos porcos para detectar Triquinose, ocorreram 6.329 casos da doença em 17 anos; 32% dos quais foram por carne inspecionada que havia passado como livre de infecção por Triquinela.

Para proteger o público consumidor, o governo preparou um edital para o comércio de carne, avisando que se deve cozinhar bem a carne de porco. No edital não se dá a razão, mas oferece-se um folheto explicativo a informar o público claramente que entre os porcos que se alimentam de desperdícios é comum a infecção por Triquinela, com uma incidência menos frequente nos porcos alimentados por rações comerciais.

Como em toda a instrução de Moisés, havia uma boa razão para esta advertência contra os porcos alimentados com desperdícios”. (Idem pág,. 10 e 11).

(15) – Nos tempos antigos era raro que alguém contaminasse o seu corpo com carne de porco.

Àqueles que ignoram a proibição Celestial, o Criador Yahweh, despertou-os:-

“Povo que Me irrita diante da minha Face de contínuo, sacrificando em jardins e queimando incenso sobre tijolos.

4-“Assentando-se junto às sepulturas, e passando as noites junto aos lugares secretos: comendo carne de porco e caldo de coisas abomináveis nos seus vasos”. ( Isaías 65:3,4).

(16) – Alguns que consideram o porco como um pitéu, afirmam que sob as regras sanitárias modernas, a carne de porco é diferente do que era nos tempos de Moisés. Esta alegação é pura ficção. As leis sanitárias não podem mudar a natureza do porco: Yahweh Todo-Poderoso de Israel o declarou imundo.

Conhecendo esta advertência, qualquer um que se alimente de carne de porco,o faz segundo a sua própria responsabilidade e só ele é culpado das consequências.

Como nos tempos de Moisés, o Criador Yahweh que deseja proteger-nos contra indizíveis sofrimentos e contra uma morte prematura. Nos avisa: NÃO COMAM CARNE DE PORCO!

Seria bom que todos estudássemos Levítico capítulo 11 e respeitássemos as instruções reveladas aí.

 

É PROIBIDO INGERIR SANGUE !

(17) – Também foi proibido aos filhos de Israel comer sangue:-

“E, qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que comer algum sangue, contra aquela alma que comer sangue. Eu porei a minha Face, e a extirparei do seu povo.

11-Porque a alma da carne está no sangue, pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas

Vossas almas: porquanto é o sangue que fará expiação pela alma”.

(Levítico 17:10,11).

Esta proibição baseia-se igualmente sobre um princípio fisiológico sanitário.

O sangue transporta constantemente impurezas que se acumulam nos músculos dos animais e, sendo assim que a doença no reino animal está aumentando a um ritmo alarmante, o sangue está cheio de infecções de todo o tipo.

Mas, afinal, onde descobriu Moisés esta informação que demorou milhares de anos à fisiologia para a descobrir ?

A Bíblia nos diz que a recebeu de Yahweh, como Criador!

 

TAMBÉM SE PROÍBE COMER GORDURA ANIMAL !

(18) – Não só se proibiu comer sangue sob a Lei de Moisés, mas também gordura animal. Veja o seguinte:

“Fala aos filhos de Israel, dizendo: Nenhuma gordura de boi, nem de carneiro, nem de cabra comereis.

24-“Porém pode usar-se da gordura do corpo morto, e da gordura do dilacerado, para toda a obra, mas de nenhuma maneira a comereis”. ( Levítico 7:23,24).

Esta proibição revela muita sanidade e as últimas descobertas da ciência médica, estão em completa harmonia com ela. A comunidade Médica está agora de acordo em que o uso da gordura animal como alimento é prejudicial para o ser humano e causa doenças.

Muito se tem escrito e dito nos últimos anos sobre o colesterol, um elemento do corpo humano que aumenta com o consumo de gordura animal.O resultado de tal uso, é muitas vezes a causa do endurecimento das artérias.

Este problema associa-se com doenças tais como a angina de peito e é a causa de doenças coronárias, que provocam muitas vezes, a morte repentina e é uma causa directa de problemas nos rins e apoplexia.

Num artigo intitulado “As coronárias através dos séculos” que se apresentou no Simpósium sobre a doença de ateriosclerose,na Universidade de Minnesota em 7 de Setembro de 1.966,o Dr.Paulo Duddley White,emitiu esta advertência:

“É muito possível que dentre de poucos nos necessitemos aconselhar o povo Americano que faça com a sua dieta o mesmo que Moisés aconselhou aos filhos de Israel há uns três mil anos atrás”.

(Minnesota – Medicina – Vol.38 Nº.11- Nov. 1.955, pág,802.

(19) – As implicações espirituais na dieta que Yahweh, como Criador, deu mediante Moisés são apresentadas com harmonia pelo Dr. Joseph H.Hertz, antigo Rabino como chefe no Império Britânico, no seu “Comentário no Livro de Oração autorizada”, edição revisada.” Uma palavra antiga revivida nos tempos modernos e que se usa como argumento contra as leis dietéticas é: Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, senão o que sai da boca”.

Ora bem, o Estado nunca devia endossar o significado literal dessas palavras.

Este advoga que o veneno que entra na boca contamina o homem e classifica o envenenamento como um tipo de suicídio detestável. De igual maneira, a ciência se expressa contra a fruta mal madura, o leite adulterado, a carne doente com toxinas – coisas que entram na boca.

Até mesmo muitas Igrejas Cristãs têm travado durante muitos anos uma guerra contra outra coisa que entra na boca: o álcool. E quanto às palavras “Se o que sai da boca contamina o homem”, uma pessoa não necessita mais do que recordar: o facto de da boca provir a palavra que eleva o homem. Muito acima dos animais: a oração que une o homem a Yahweh seu Criador, as palavras de alento e de fé que se dizem pelo que está carregado de tristeza.

Uma grande maioria dos Judeus continuam a abster-se do alimento proibido, não por aversão pessoal, mas sim porque o nosso Pai Celestial decretou que nos abstenhamos disso.

Mas há. no entanto, aqueles que vêem um propósito higiénico nestas proibições e afirmam que essas carnes não se proibiram arbitrariamente, mas porque são doentias ou insalubres e repulsivas em si mesmo.

Além disso, como é no sangue que circulam os germes ou esporos da doença infecciosa,a carne de todo o animal para consumo humano deve sangrar-se.

Isto consegue-se mediante a “Shegitah”, que é a maneira Judaica de matar animais para o seu consumo.

Só isso produz insensibilidade instantânea no animal e o sangrar completa-se mediante o “Khashereje”, que é o tratamento tradicional da carne que se prepara para consumo.

As investigações estatísticas têm demonstrado que os Judeus são menos susceptíveis a certas doenças e as autoridades competentes não têm duvidado em atribuir estas características à influência e cumprimento das Leis de higiene alimentar. (Publicado em 1.961 – Bloch Publishing Co. New York 1.948).

(20) Cada um se dá conta de suas próprias inclinações, apetites e desejos, são os princípios que orientam a sua vida. Enfrentamos este Mandamento:-

“Não terás ídolos estranhos diante de Mim”.

(Êxodo 20:3).

(21) – Levítico 11:1-23, nos revela quais os animais que são limpos e quais os que são imundos: ou seja, mostra-nos o que podemos comer e o que não devemos comer.

Note isto em Levítico 11:1-12:-

“E falou Yahweh a Moisés e a Aarão, dizendo-lhes:

2-“Falai aos filhos de Israel, dizendo: Estes são os animais que comereis de todos os animais que há sobre a Terra:

3-“Tudo o que tem unhas fendidas, e a fenda das unhas divide em duas, e remói, entre os animais, aquilo comereis.

4-“Destes porém não comereis, dos que remoem ou dos que têm unhas fendidas: o camelo, que remói mas não tem unhas fendidas;

5-“E o coelho, porque remói, mas não tem as unhas fendidas, este vos será imundo.

6-“E a lebre, porque remói, mas não tem as unhas fendidas, esta vos será imunda.

7-“Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas divide em duas, mas não remói: este vos será imundo;

8-“Da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver; estes vos serão imundos.

9-“Isto comereis de tudo o que há nas águas, tudo o que tem barbatanas e escamas nas águas dos mares e nos rios: aquilo comereis.

10-“Mas tudo o que não tem barbatanas nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas e toda a alma vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação.

11-“Ser-vos-ão pois por abominação: da sua carne não comereis, e abominareis o seu cadáver”.

Encontramos aqui instrução específica quanto ao que podemos e não podemos comer.

(22) – Ainda que a Bênção Espiritual que desce para a pessoa que segue estas leis de saúde seja significativa, não ignoramos que a obediência a estas leis é um factor para manter uma saúde vigorosa e em reduzir a doença.

De facto o Criador prometeu a Israel que se fossem obedientes a todas as suas Leis e Estatutos, não enviaria sobre eles nenhuma das pragas que descarregou sobre os Egípcios.

(23) – “E disse; Se ouvires atento a Voz de Yahweh, teu Todo-Poderoso, e obrares o que é recto diante de seus Olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus Mandamentos, e guardares todos os seus Estatutos,

NENHUMA DAS ENFERMIDADES POREI SOBRE TI, QUE PUS SOBRE O EGIPTO; PORQUE EU SOU YAHWEH QUE TE SARA”.

(Êxodo 15:26).

(24) – As leis sanitárias de Moisés sobre a higiene alimentar e o cuidado quanto a doenças transmissíveis são surpreendentes no seu alcance e precisão.

A ciência médica actual não está mais que a começar a “escavar” no que foi o conhecimento comum para Israel no século XV A.C. A saúde pública era um assunto importante no acampamento de Israel.

Certamente tem que ver com o facto de que com a Bênção de Yahweh Todo-Poderoso não havia doenças!

“Mas a eles os fez sair com prata e ouro, e entre as suas tribos NÃO HOUVE UM SOU ENFERMO”.

(Salmo 105:37).

A fidelidade em seguir os regulamentos de saúde foi em grande medida, responsável por tal registo histórico.

(25) – O nosso Pai Celestial quer que os seus filhos desfrutem de saúde abundante.

 

 

Comer ou não comer

As pessoas obtiveram a permissão de Deus para comer diferentes alimentos em épocas distintas. No jardim do Édem foi dada a Adão e a Eva a permissão para comer frutos e vegetais (veja Gênesis 1:29-30). Porém a humanidade não permaneceu no Jardim por que pecaram contra Deus. De fato, a raça humana caiu tão grandemente em pecado que o Senhor decidiu destruí-la, com exceção de Noé e sua família. Além da preservação de Noé e família, Deus também resguardou na arca animais puros e impuros (veja Gênesis 7:2). Esta é a primeira vez que a Bíblia faz menção da diferença entre animais puros e impuros. Após o fim do dilúvio e Noé ter construído um altar para o Senhor, Deus deu-lhe instruções sobre o que ele poderia comer ou não. Até este tempo, Noé e sua família tinham autorização para comer somente frutas e vegetais. Porém, agora Deus diz a Noé, “Tudo o que vive e se move servirá de alimento para vocês. Assim como lhes dei os vegetais, agora lhes dou todas as coisas”. (Gênesis 9:3). Este mandamento, dado por Deus, não foi para que Noé comesse apenas uma amostra de algumas criaturas, mas deu-lhe permissão para comer qualquer animal que desejasse. Uma vez que já fora feita uma distinção, por Deus, entre animais puros e impuros, e que Deus permitiu a Noé comer de “tudo o que vive e se move” isto significa que Noé estava autorizado a comer carne “impura”. Ou seja, quando Deus disse a Noé que “tudo o que vive e se move” poderia servir de alimento, estava lhe dizendo que ele poderia comer qualquer animal, incluindo os considerados impuros (veja Gênesis 9:3).

 

As Duas Leis

Deus libertou os filhos de Israel da escravidão do Egito e levou-os ao Monte Sinai. Ali, o Senhor chamou Moisés ao cume do monte onde Ele escreveu os Dez Mandamentos com seu próprio dedo nas tábuas de pedra. Porém quando Moisés retornou do cimo do Sinai, ele destruiu as duas tábuas de pedra por causa do pecado dos filhos de Israel. Entrementes, Deus chamou-o novamente para a montanha onde escreveu novamente os Dez Mandamentos em tábuas de pedra com o seu próprio dedo. (veja Deuteronômio 10:1-5) Somos também informados em Deuteronômio 10:13 que esta lei foi dada “para nosso bem”. Então, os Dez Mandamentos foram escritos por Deus nas tábuas de pedra para o bem do povo. Quando o tabernáculo foi finalizado, os Dez Mandamentos foram colocados dentro da Arca da Aliança conforme Deus havia ordenado (veja Deuteronômio 10:2). Entretanto, havia outra lei que era diferente da lei chamada de “Dez Mandamentos”. Vemos instruções acerca dessa lei em Deuteronômio 31:24-36. Enquanto os Dez Mandamentos foram escritos por Deus, essa outra lei foi escrita por Moisés. Ao passo que os Dez Mandamentos foram escritos em tábuas de pedra, essa outra lei foi escrita num livro. Enquanto os Dez Mandamentos foram escritos para o bem do povo, essa outra lei foi escrita como um testemunho contra eles. Ao passo que os Dez Mandamentos foram colocados dentro da Arca da Aliança, essa lei foi colocada ao lado da Arca. (veja Deuteronômio 31:24-26). Podemos ver através de uma comparação entre Deuteronômio 10 e 31 que estas duas leis são um tanto diferentes. Deuteronômio 10 descreve os Dez Mandamentos ou a lei moral. Deuteronômio 31 descreve a lei cerimonial ou lei de Moisés. A lei cerimonial é às vezes chamada de lei levítica, porque dentre as doze tribos foi a de Levi que Deus escolheu para serem sacerdotes e oficiais do tabernáculo e do templo. A tribo de Levi era responsável diante de Deus para efetuar os rituais e sacrifícios.

 

A Lei Cerimonial

O livro da Bíblia no qual encontramos o código de leis levíticas, ou cerimoniais, é Levíticos. A ênfase da Lei Cerimonial está em que as pessoas podem ser purificadas através da aspersão do sangue de um animal sacrificial. As pessoas encontravam paz com Deus através do sacrifício de um animal inocente (veja Levíticos 3). Os pecados eram limpos pelo sacrifício e derramamento do sangue de um animal (ver Levíticos 4). A culpa pelo pecado também era colocada sobre o animal (ver Levíticos 5). Levíticos 6 e 7 abordam o que o sacerdote deveria fazer para apresentar a oferta pacífica, a oferta pelo pecado, e a oferta pela culpa. Os primeiros sete capítulos de Levíticos lidam com as leis sobre os sacrifícios.

 

Alimentos Impuros

Em Levíticos 11 somos apresentados ao pecado da ingestão de alimentos impuros. Há várias categorias de animais imundos, pássaros, répteis, peixes e insetos. Se um judeu se alimentasse de qualquer um destes animais que foram declarados como imundos cometia pecado. Era pecado para um Israelita alimentar-se de qualquer coisa imunda. A razão para a separação entre alimento puro e impura era para mostrar a separação entre a nação de Israel e nações gentílicas. “Mas a vocês prometi que herdarão a terra deles; eu a darei a vocês como herança, terra onde há leite e mel com fartura. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês, que os separou dentre os povos. “Portanto, façam separação entre animais puros e impuros e entre aves puras e impuras. Não se contaminem com animal, ou ave, ou com qualquer criatura que se move rente ao chão, os quais separei de vocês por serem eles impuros. Vocês serão santos para mim, porque eu, o Senhor , sou santo, e os separei dentre os povos para serem meus.” (Levíticos 20:24-26 NVI, grifo nosso) Neste texto há um claro paralelo entre a separação de alimentos puros e impuros e a separação entre Israel e as nações gentílicas. A palavra “portanto” no verso 25 introduz a razão clara para a separação entre os alimentos puros e impuros. Existe a separação entre a comida pura e a impura porque existe a separação entre Israel e as nações gentílicas. Vamos olhar novamente o texto acima: “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês, que os separou dentre os povos. “Portanto, façam separação entre animais puros e impuros e entre aves puras e impuras.” Deus deu a Lei Cerimonial aos Filhos de Israel para prepará-los para viverem na Terra Prometida. Nela haveria uma mistura de nações com as quais os israelitas seriam confrontados com a cultura e costume deles. O Senhor Deus não queria que eles fossem “tragados” por essas nações, pois anelava que fossem separados delas. Um dos caminhos pelos quais deveriam mostrar sua separação das nações gentílicas era observando a separação de alimentos puros e impuros. Enquanto Deus insistisse em uma separação entre os judeus e os gentios Ele também insistiria em uma separação entre alimentos limpos e imundos. Durante o tempo em que houve uma separação entre os "puros" judeus e os "impuros" gentios, haveria uma separação entre os alimentos puros e os imundos.

 

Não apenas alimentos impuros

À medida que olhamos mais profundamente o livro de Levítico e a lei cerimonial vemos que não se trata somente de alimentos puros e impuros. Por exemplo, após uma mulher dar a luz a um menino ficaria imunda por sete dias (Levíticos 12:2), já se ela desse a luz a uma menina seria impura por duas semanas. Decorrido o período determinado depois do parto, a mulher deveria apresentar-se ao sacerdote levando um animal para o sacrifício, em ordem de ficar pura. Levíticos 15:18 diz que a relação sexual torna uma pessoa imunda até a noite. Quando uma mulher estiver menstruada é imunda por sete dias (Levíticos 15:19). Durante este tempo em qualquer lugar que ela se deitar ou sentar será imundo e quem tocar a sua cama ou onde ela se assenta se torna impuro (Levíticos 15:20-23). De fato, qualquer coisa ou pessoa que ela tocar durante este tempo se torna impuro (ver Levíticos 15:27). Tem sido dito que a Lei Cerimonial tem duas partes: a lei dos sacrifícios e a lei dos alimentos puros e impuros. Todavia, a lei dos puros e impuros era parte da lei sacrificial porque qualquer coisa ou pessoa impura era feita pura através do sacrifício e do ritual da lavagem ou da água. Era pecado para os Filhos de Israel quebrarem a lei cerimonial. Era pecados para eles não oferecerem o sacrifício de animais e era também pecado comer alimento imundo. O Antigo Testamento deixa bem claro que comer alimento impuro era considerado pecado para os Filhos de Israel (veja Isaías 66:17). Em Ezequiel 44:23 Deus diz que o sacerdócio deveria ensinar seu povo a “discernir entre o puro e o imundo”, porém de acordo com o próximo verso, Ezequiel 44:24 o sacerdote deveria guardar todos os dias festivos. Ele também não deveria entrar na casa de uma pessoa morta e deveria oferecer uma oferta pelo pecado quando fosse para a casa do Senhor. Podemos ver neste texto o quanto à lei cerimonial e a lei dos alimentos andam juntas pois são ambas fazem parte da lei cerimonial. Em Números 19 encontramos mais leis concernentes a impuros. Qualquer que tocar um morto é imundo por sete dias (verso 13). A casa onde alguém morrer e todo aquele que entrar nesse local é imundo por sete dias (verso 14). Porém, novamente vemos que a pessoa é purificada pelo oferecimento de um sacrifício e pela lavagem da água. Então, pela lei cerimonial temos várias maneiras pelas quais uma pessoa pode se tornar impura: comendo alimentos imundo, tendo relação sexual, por causa de um parto, através da menstruação, tocando em alguém impuro, tendo contato com um morto. Todas estas coisas são imundas segundo o Antigo Testamento. Porque será que algumas igrejas e denominações escolhem somente o assunto dos alimentos considerados imundos e não as outras coisas que o Antigo Testamento chama de impuros? Se comer comida impura torna uma pessoa imunda, então a relação sexual, o parto, a menstruação e o contato com os mortos também fará a pessoa imunda! Você não pode simplesmente escolher uma coisa que chamará de imunda e deixar de lado as outras. Tudo isso que vimos ou é imundo ou é puro. Desde os tempos de Moisés até a morte de Cristo na cruz era pecado comer comida imunda (veja Isaías 66:17). Também era pecado não seguir o restante da lei cerimonial, que incluía os sacrifícios. A lei cerimonial foi observada pelos Filhos de Israel até a morte de Cristo na cruz. Ao morrer na cruz, Jesus Cristo se tornou o sacrifício final pelos pecados, de sorte que já não há necessidade de se oferecer em sacrifício qualquer animal. Hebreus 10:11-12 diz: “Dia após dia, todo sacerdote apresenta-se e exerce os seus deveres religiosos; repetidamente oferece os mesmos sacrifícios, que nunca podem remover os pecados. Mas quando este sacerdote acabou de oferecer, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus.”(NVI). A lei cerimonial foi cumprida de uma vez por todas com a cruz de Cristo, porque Ele foi o sacrifício final. Se a lei cerimonial foi cancelada, nós não precisamos mais nos preocupar com regulamentações alimentícias, festivais religiosos, celebrações da lua nova ou os dias de sábado cerimoniais1 (os feriados judaicos). É isto exatamente o que Paulo, o apóstolo, nos diz. “Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua natureza pecaminosa, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz. Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado.” (Colossenses 2:13-16, NVI) Paulo está falando de uma lei que foi cancelada, cravada na cruz, removida. Nós temos duas fortes peças de evidências de que ele está se referindo a lei cerimonial. Primeira, temos o contexto da passagem. No contexto vemos que Paulo refere-se à comida e às celebrações religiosas. Estes itens são parte da lei cerimonial e não da Lei Moral ou Dez Mandamentos. Segundo, Paulo diz que a “escrita de dívida… que era contra nós”. Qual a lei que foi dada e dita que era contra nós? Em Deuteronômio 31:26 vemos uma descrição da outorga da lei cerimonial que fora escrita por Moisés, num livro, para ser colocada ao lado da Arca da Aliança. Neste texto somos informados que esta lei foi dada como uma “testemunha contra nós”. Portanto, Paulo está dizendo que a lei cerimonial foi cancelada, cravada na cruz, e removida, parando assim a necessidade de julgamento sobre alimentos ou celebrações cerimoniais. O mesmo livro da lei, Levíticos, o qual nos diz sobre os vários sacrifícios também discorre sobre as leis do puro e do impuro. A lei do puro e do impuro é uma parte da lei cerimonial que foi cumprida e removida pelo sacrifício de Jesus na cruz. Antes da morte de Cristo era pecado comer qualquer alimento considerado imundo, depois da morte dele somos ensinados que não há essa lei de alimentos puros e imundos.

 

O Novo Testamento e a separação entre Judeus e Gentios

No livro de Levíticos 20:24-26, somos informados que a razão para a separação entre alimentos puros e impuros era a vontade de Deus que os judeus fossem separados dos gentios. Enquanto houvesse uma separação entre os “puros” judeus e os “impuros” gentios deveria haver também uma separação entre os alimentos. Os dois estão conectados ao texto acima. Atos dos Apóstolos 10:1-16 também enlaça a separação de pessoas e animais impuros claramente na visão de Pedro. Na visão, os animais limpos representam os “limpo” israelitas e os animais impuros representam os “impuros” gentios. O Senhor ordenou a Pedro que comesse "toda espécie de quadrúpedes, bem como de répteis da terra e aves do céu." (Atos dos Apóstolos 10:12). Pedro protestou e se recusou a comer essas coisas que eram impuras (verso 14). Deus respondeu: "Não chame impuro ao que Deus purificou". (Atos dos Apóstolos 10:15) Sabemos através do contexto completo desta passagem que Deus estava preparando Pedro para pregar o evangelho aos gentios. O ponto principal ensinado nesta passagem é que os gentios não eram mais considerados “impuros”. Não havia mais nenhuma separação entre judeus e gentios e isto foi ensinado a Pedro sendo-lhe dito por Deus que não existia mais separação entre alimentos puros e impuros. Paulo, o apóstolo claramente declara que por causa de Cristo Jesus não há mais separação entre judeus e gentios: “Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa.” (Gálatas 3:26-29, NVI) Portanto, lembre-se que anteriormente você era gentio por nascimento e chamado de "incircunciso" por aqueles que a si mesmos se chamam "circuncisos" (feita no corpo pelas mãos dos homens) - lembre-se que naquele tempo você estava separado de Cristo, excluído da cidadania em Israel e estrangeiros para a aliança da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, você que uma vez estava longe foi trazido para perto através do sangue de Cristo. Antes de Cristo havia uma separação entre judeus e gentios. Após Cristo e em Cristo não existe mais nenhuma separação entre judeus e gentios. No entanto, se não há mais nenhuma separação entre judeus e gentios, então a razão para a separação entre alimentos limpos e imundos também é finda. Uma vez que não existe mais separação entre judeu e gentio em Cristo, seria de se esperar que o Novo Testamento teria algo novo a dizer sobre alimentos impuros.

 

O Novo Testamento e os Alimentos Impuros

No Antigo Testamento, antes de Cristo, era pecado ingerir qualquer comida que fosse considerada imunda porque a lei cerimonial ainda estava em vigor. Se ela foi completamente cumprida, removida e cravada na cruz, então o Novo Testamento deveria ter algo novo a dizer sobre alimentos impuros e acerca da lei do que é puro e impuro em geral. O apóstolo Paulo, em sua carta aos Romanos, disse algo novo sobre a lei do que limpo e do que imundo. Vamos nos concentrar no que Paulo nos diz sobre essa questão em Romanos 14 “Nada é por si mesmo impuro” (verso 14, NVI). “Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem.”(Romanos 14:20 NVI). O apóstolo Paulo não poderia ter deixado mais claro do que isso, não existe mais nenhuma lei sobre “puro e impuro” porque “nada é impuro” e “todo alimento é puro”. Paulo não diz que a maioria dos alimentos são limpos mas que todas as coisas são limpas. Não há espaço para dúvidas no tocante a lei do puro e do impuro porque “nada é impuro” e “todas as coisas são puras”. Nada é imundo. Vamos ver cuidadosamente o que Romanos 14:14 diz, “Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.” Paulo começa com algumas palavras muito fortes para iniciar sua argumentação acerca de alimentos impuros. Ele diz que “sabe” e que está “certo” e “no Senhor Jesus”. Paulo deveria estar realmente muito convencido sobre este assunto ou ele não teria usado palavras tão impactantes. O apóstolo sabia que não havia nada impuro em si mesmo por causa da morte de Cristo na cruz. Pernil de porco Porém, ele vai além e diz algo muito importante sobre a mente de uma pessoa concernente a imundícias. Ele diz “que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda” (Romanos 14:14, RA). Deixe-me ilustrar o que Paulo está ensinando. Se há um pernil de porco no prato, o apóstolo olha para aquela carne e diz que é pura porque segundo ele “nada é impuro” e “todas as coisas são puras” (Romanos 14:14, 20). Porém se outra pessoa vê aquele pernil no prato e pensa que o porco é imundo, então o pernil é imundo, porém somente para aquela pessoa. Em outras palavras, o porco não é imundo por si só, contudo somente para ele. Romanos 14:20 dá-nos algumas restrições sobre comer certos alimentos quando declara: “Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem.” Embora não haja mais nenhuma lei sobre o puro e impuro, porque a Lei Cerimonial foi cravada, somos ordenados a não comer se isso ofender a outra pessoa. Em Timóteo 4:1-5 Paulo continua a abordar o mesmo assunto. Ele diz que “nos últimos tempos” (que eu creio ser agora) “proíbem o casamento e o consumo de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ação de graças pelos que crêem e conhecem a verdade. Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças, pois é santificado pela palavra de Deus e pela oração.” Que tipo de criaturas deveriam ser refugadas? “Nada deve ser recusado” (verso 4), porque todas as criaturas de Deus agora são limpas. Em Romanos 14:17 Paulo nos dá um sumário sobre o assunto dos alimentos puros e impuros quando diz “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” O que uma pessoa come simplesmente não é importante desde não ofenda um irmão (veja Romanos 14:15). A coisa mais importante é termos um relacionamento correto com Deus (baseado na justiça) o que nos dará paz e alegria. Em Marcos 7:15 Jesus diz que “não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo impuro. Ao contrário, o que sai do homem é que o torna impuro.” Pode alguma coisa que o homem coma o corromper? Não. " não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo impuro.”

 

Revisão

No Antigo Testamento nem todas as coisas são puras para se comer. Em o Novo Testamento “todas as coisas são puras” (Romanos 14:20). No Antigo Testamento foi ordenado ao povo que fizessem distinção entre o puro e o impuro (Levíticos 11:47). O Novo Testamento nos informa “que nenhuma coisa é de si mesma imunda” (Romanos 14:14). No Antigo Testamento era pecado comer alimentos impuros (Isaías 66:17). O Novo Testamento nos diz que “nada deve ser rejeitado” (Timóteo 4:4). A Bíblia não se contradiz entre o Antigo e o Novo Testamento. Mas algo muito importante aconteceu entre a escrita do Antigo Testamento e do Novo Testamento. Jesus morreu na cruz. A morte de Cristo na Cruz pôs um fim aos sacrifícios e a lei sobre os limpos e os imundos (Lei Cerimonial). Ezequiel profetizou que isso aconteceria. Em Ezequiel 36:26 ele profetizou que na nova aliança ou testamento seria dado um novo coração. No versículo 27 somos informados de que também seria enviado o Espírito Santo para que pudéssemos obedecer aos mandamentos de Deus. E então, no versículo 29 de Ezequiel 36 vemos, "Eu os livrarei de toda a sua impureza". No Antigo Testamento, o homem era salvo da sua imundícia por sacrificar um animal, mas Deus tinha um plano melhor em sua nova aliança, ou testamento. Na Nova Aliança o homem é salvo (purificado) de toda a sua imundícia (pecado) por meio do sangue derramado de Jesus Cristo. A questão da saúde no que diz respeito à ingestão de certos alimentos está além do escopo deste estudo. Este estudo centrou-se sobre a questão dos alimentos limpos e imundos, e não sobre os determinantes da saúde de uma dieta alimentar. Estas questões sobre saúde terão de ser resolvidas por médicos e nutricionistas. Meu objetivo aqui é mostrar que comer ou abster-se de certos alimentos já não é uma questão teológica ou moral. Todas as coisas foram feitas limpas pela morte de Cristo na cruz do Calvário. Não vamos voltar a viver sob a Lei Cerimonial do Antigo Testamento, como se Cristo não tivesse morrido na cruz. Pelo contrário, vamos concentrar nosso coração e mente sobre o que é realmente importante para nosso relacionamento correto com nosso Deus através de Jesus Cristo, nosso Senhor. "Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo" (Romanos 14:17).

Por: Rev. Rodney L. Henry

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