Kinich-ahau

 

Kinich-ahau

 


Kinich-ahau é um dos deuses do sol, deus da poesia e da música, na mitologia maia. Seu nome significa "o senhor dos olhos de sol." Kinich-Ahau assumia diferentes formas. De dia, era um pássaro de fogo; à noite, andava no submundo dos mortos, Xibalba, como um jaguar, felino temido e admirado pelos maias. Kinich-Ahau era um dos governadores do Xibalba.

Os sacerdotes de Kinich-ahau eram conhecidos como Ah-Kin( os do sol e do tempo).

Era o deus tutelar da cidade de Palenque, cujo o Templo da Cruz lhe era dedicado.

O deus-sol dos maias era Kinich-Ahau, o Senhor do Olho do Sol. Como tantos outros deuses do sol, de dia tinha uma identidade diferente da noite. Durante o dia, enquanto viajava pelo céu, Kinich-Ahau podia aparecer tanto na forma jovem quanto na velha, mas em geral era retratado vesgo com um grande nariz aquilino. Alguns diziam que naquele momento, ele seria o avatar diurno de Itzamna, o Pássaro Dourado (Arara) Flamejante, o Dragão Celeste. Era também deus da música e da poesia, relacionando-se com os cervos, os colibris (energia sexual) e as águias (caráter guerreiro).

Mas à noite, em sua viagem noturna pelo mundo inteiro, transformava-se no Deus Jaguar, governante maior do Xibalba, símbolo de poder do rei e da fertilidade da terra. Essa transição diária também o colocava como o Criador do Tempo, a Origem do Porvir.

Do seu lado irado, era o patrono das doenças, das guerras e da seca na terra. Sacerdotes vestem a pele do jaguar e trazem essas qualidades de volta à vida em cerimônias (muitas próximas do Ano Novo) destinadas a curar, a trazer chuvas ou a levar sucesso às caçadas e aos combates.

Este deus-herói, que inventou a escrita hieroglífica e o desenho, foi considerado pai de Itzama.

Kinich Ahau ostentava o hieróglifo kin, o do Sol, na testa e no vestuário. Daí que seja chamado por vezes Ah Kin (o do Sol).


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