Marduque ou Merodaque, como é apresentado na Bíblia, é um deus protetor da cidade da Babilónia, pertencente a uma geração tardia de deuses da antiga Mesopotâmia. Era filho de uma relação incestuosa entre Enqui e Ninursague. Foi pai de Dumuzi (que seria o bíblico Tamuz) que corresponde ao deus egípcio Ámon. A sua consorte era Sarpanite. Possuía quatro olhos e ouvidos (via e ouvia tudo), e de sua língua saía uma chama; apesar de tudo, era considerado muito belo.
Com a ascensão da Babilônia à capital da coligação de estados do Eufrates, sob a liderança do rei Hamurabi (2 250 a.C.), torna-se também o deus supremo do panteão de deuses mesopotâmicos, foi a ele que os outros deuses confiaram o poder supremo devido à vitória sobre a deusa Tiamate, personificada num monstro ou caos primordial, divide o seu corpo em duas partes.
Os deuses queixam-se, porém, de não terem quem os adore, pelo que Marduque cria o homem, para que os povos da terra os adorem e lhe levantem templos. Podemos encontrar referências ao deus Marduque nos parágrafos de abertura e finalização do Código de Hamurabi, o mais famoso código legislativo da Antiguidade.
Marduque foi declarado, por volta de 2 000
a.C., "deus Supremo da Babilônia" e dos "Quatro Cantos da
Terra", após vencer disputa entre os deuses pelo controle da Terra.
Marduque não se conformava, pelo facto de a família de seu tio Enlil e seus
primos Nanar-Sim e Ninurta não deixar seu pai Enqui ser o supremo entre os
deuses.
Enuma Elis
Enuma Elis é um poema épico da antiga Babilônia
sobre o mito da criação, escrito em sete tábuas de argila. O Enuma Elis
consiste na superiorização de Marduque sobre os restantes deuses da
Mesopotâmia, mais particularmente sobre a serpente dona dos mares, Tiamate. O
texto é também uma alusão à constante luta entre a Ordem e o Caos, sendo que
Marduque representa a luz e a ordem, e Tiamate representa a obscuridade e o
caos.
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