Orixás (em iorubá: Òrìṣà) são divindades da
religião iorubá representados pela natureza. Dividem-se em dois grupos, os
aborós (em iorubá: aborò) ou orixás masculinos, e as aiabás ou orixás
femininas. Foram enviados por Olodumarê para a criação do mundo e após isso,
ensinar e auxiliar a humanidade a viver no planeta. Quase todos encarnaram como
humanos e tiveram vida terrena, mas já existiam anteriormente no Orum, e outros
eram humanos que se tornaram orixás pelos seu feitos extraordinários e
sabedoria durante a vida, ou porquê teriam nascido com poderes sobrenaturais e
podiam controlar a natureza, como: raios, chuvas, rios, fogo, vento, árvores,
minérios e o controle de ofícios das condições humanas, como: agricultura,
pesca, metalurgia, guerra, maternidade, saúde.
Como resultado do sincretismo que se deu
durante o período da escravatura, com à imposição do catolicismo aos negros,
cada orixá foi associado a um santo católico, para manterem os orixás vivos e
não perder seu direito ao culto. Pois foram obrigados a disfarçá-los na
roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente.
Desde 2005, o Bosque sagrado da orixá Oxum é um
Patrimônio Mundial da UNESCO. e o oráculo Ifá do Orixá Orumilá uma Obra Prima
da humanidade.
História
Existe uma divisão nos cultos: Ifá, egungum,
Orixá, vodum e inquice, são separados pelo tipo de iniciação sacerdotal.
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O
culto de Ifá só inicia Babalaôs, não entram em transe.
·
O
culto aos egunguns só inicia Babaojés, não entram em transe.
·
O
Candomblé Queto inicia Iaôs, entram em transe com Orixá.
·
O
Candomblé Jeje inicia vodunces, entram em transe com vodum.
·
O
Candomblé Bantu inicia Muzenzas, entram em transe com inquice.
Em cada templo religioso são cultuados todos os
orixás, diferenciando que nas casas grandes tem um quarto separado para cada
Orixá, nas casas menores são cultuados em um único (quarto de santo) termo
usado para designar o quarto onde são cultuados os orixás.
Alguns orixás são só assentados no templo para
serem cultuados pela comunidade, exemplo: Odudua, Oraniã, Olocum, Olossá,
Baiâni, Iami-Ajé que não são iniciados Iaôs para esses orixás.
A Ialorixá ou o Babalorixá são responsáveis
pela iniciação dos Iaôs e pelo culto de todo e qualquer orixá assentado no
templo, auxiliada pelas pessoas designadas para cada função. Exemplo o Babaojé
que cuida da parte dos Eguns e Babalossaim que é o encarregado das folhas.
Apesar de serem de origem daomeana, Nanã,
Obaluaiê, Irocô, Oxumarê e Ieuá, são cultuados nas casas de nação Quetu, mas
são muito raros os Iaôs que são iniciados, houve casos de passar vinte ou
trinta anos sem se iniciar ninguém para esses orixás que são cultuados em
locais separados dos outros.
Alguns orixás como Xangô, Oiá, Ogum, Oxóssi e
outros, viveram como humanos (alguns já existiam antes de nascerem humanos,
outros se tornaram orixás depois de humanos). E existem os que fizeram parte da
criação do mundo esses só vieram para criar o mundo e retiraram-se para o Orum,
o caso de Obatalá, e outros chamados Orixá funfum (branco).
Existem orixás que são cultuados pela
comunidade em árvores como é o caso de Irocô, Apaocá, os orixás individuais de
cada pessoa que é uma parte do orixá em si e são a ligação da pessoa, iniciada
com o orixá divinizado; ou seja, uma pessoa que é de Xangô, seu orixá
individual, é uma parte daquele Xangô divinizado, com todas as características,
ou arquétipos.
Existe muita discussão sobre o assunto: uns
dizem que o orixá pessoal é uma manifestação de dentro para fora, do Eu de cada
um ligado ao orixá divinizado, outros dizem ser uma incorporação mas é
rejeitada por muitos membros do candomblé, justificam que nem o culto aos
egunguns é de incorporação e sim de materialização. Espíritos (eguns) são
despachados (afastados) antes de toda cerimônia ou iniciação do candomblé.
Na África
Na África, cada Orixá estava ligado
originalmente a uma cidade ou a um país inteiro. Tratava-se de uma série de
cultos regionais ou nacionais. Xangô em Oió, Iemanjá na região dos ebás, Ieuá
em ebadós, Ogum em Adô Equiti e Ondô, Oxum em Ilexá, Oxobô e Ijebu Ode, Erinlé
em Ilobu, Logunedé em Ilexá, Otim em Inisa, Oxalá-Obatalá em Ifé, subdivididos
em Oxalufã em Ifo e Oxaguiã em Ejibó. A realização das cerimônias de adoração
ao orixá é assegurada pelos sacerdotes designados para tal em sua tribo ou
cidade.
Orixás na Religião iorubá :
·
Exu,
Orixá guardião dos templos, encruzilhadas, passagens, casas, cidades e das
pessoas, mensageiro divino dos oráculos
·
Ogum,
Orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia.
·
Oxóssi,
Orixá da caça e da fartura.
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Logunedé,
Orixá jovem da caça e da pesca.
·
Xangô,
Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
·
Airá,
Usa branco, tem profundas ligações com Oxalá e com Xangô.
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Obaluaiê,
Orixá das doenças epidérmicas e pragas, Orixá da Cura.
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Oxumarê,
Orixá da chuva e do arco-íris, o Dono das Cobras.
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Oçânhim,
Orixá das Folhas, conhece o segredo de todas elas.
·
Oiá
ou Iansã, Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestades, e do Rio Niger.
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Oxum,
Orixá feminino dos rios, do ouro, do jogo de búzios, e do amor.
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Iemanjá,
Orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de muitos Orixás.
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Nanã,
Orixá feminino dos pântanos, e da morte, mãe de Obaluaiê.
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Ieuá,
Orixá feminino do Rio Yewa.
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Obá,
Orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô.
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Axabó,
Orixá feminino da família de Xangô.
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Ibeji,
Orixás gêmeos.
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Irocô,
Orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).
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Egungum,
ancestral cultuado após a morte em casas separadas dos Orixás.
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Iami-Ajé,
é a sacralização da figura materna, a grande mãe feiticeira.
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Onilé,
Orixá do culto aos egunguns.
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Oxalá,
Orixá do Branco, da Paz, da Fé.
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Obatalá
ou Orixanlá, o mais respeitado, o pai de quase todos orixás, criador do mundo e
dos corpos humanos.
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Ifá
ou Orunmila-Ifa, Ifá é o porta-voz de Orunmila, Orixá da Adivinhação e do
destino.
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Odudua,
Orixá também tido como criador do mundo, pai de Oraniã e dos iorubás.
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Oraniã,
Orixá filho mais novo de Odudua.
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Baiâni,
Orixá também chamado Dadá Ajacá.
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Olocum,
Orixá divindade do mar.
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Olossá,
Orixá dos lagos e lagoas.
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Oxalufã,
Qualidade de Oxalá velho e sábio.
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Oxaguiã,
Qualidade de Oxalá jovem e guerreiro.
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Ocô,
Orixá da agricultura.
No Brasil
Esculturas de Carybé no Museu Afro-Brasileiro,
Salvador
No Brasil, em cada templo religioso, são
cultuados todos os Orixás, diferenciando que nas casas grandes tem um quarto
separado para cada Orixá, nas casas menores são cultuados em um único quarto de
santo, expressão usada para designar o quarto onde são cultuados os Orixás.
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