Papa-Figo

 

Papa-Figo

 



O Papa-Figo, também chamado de “homem do saco” ou "velho do saco", é uma lenda do folclore brasileiro. Essa lenda urbana e popular é conhecida em todas as regiões do Brasil, sobretudo nos meios rurais. Portanto, em alguns lugares é possível que seja conhecida como “velho do saco”.

Os pais costumam contar aos filhos de sua existência para assim, evitar que as crianças falem com estranhos.

 

História da Lenda

Reza a lenda que é necessário que o Papa-Figo coma o fígado de uma criança, e por isso recebe esse nome, que é a contração de "papa fígados". Isso porque ele acredita que sua doença será curada se ele se alimentar do sangue e do fígado de crianças.

Segundo a crença popular, o fígado era o produtor de sangue e a cura para a doença estaria no consumo de um fígado sadio.

Portanto, o fígado das crianças por ser mais puro, era o que deveria ser consumido para quem sofria dessa enfermidade.

Em algumas versões da lenda, o Papa-Figo possui ajudantes que atraem as crianças e leva as vítimas para ele. Em outras, ele mesmo atua na captura das crianças, sendo simpático com elas e lhes oferecendo doces e brinquedos.

Após comer o fígado da vítima, ele costuma deixar ao lado do corpo uma quantia em dinheiro para as despesas do funeral e ainda, para ajudar a família.

 

Aparência do Papa-Figo

O Papa-Figo é conhecido como um velho maltrapilho, corcunda e barbudo que costuma vagar pelas ruas da cidade com um grande saco nas costas. Sua intenção é capturar crianças desobedientes e comer seus fígados.

Embora na maior parte dos casos ele tenha uma aparência humana, em algumas versões, ele possui unhas e orelhas imensas e ainda, dentes de vampiro. A verdade é que ele sofre de uma doença rara e daí sua aparência ser assustadora.

Segundo o antropólogo Luís da Câmara Cascudo em Geografia dos Mitos Brasileiros (1947):

“O papa-figo é como o lobisomem da cidade, que não muda de forma, sendo alto e magro. Diz-se que é um velho negro, sujo, vestido de farrapos, com um saco ou sem ele, ocupando-se em raptar crianças para comer-lhes o fígado ou vendê-lo aos leprosos ricos. Em outras regiões é muito pálido, esquálido, com barba sempre por fazer. Saí à noite, às tardes ou ao crepúsculo. Aproveita para as saídas das escolas, os jardins onde as amas se distraem com os namorados, os parques assombrados. Atrai as crianças com disfarces ou mostrando brinquedos, dando falsos recados ou prometendo levá-las para um local onde há muita coisa bonita”


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