Ámon (também Amon ou Amun; em grego clássico: Ἄμμων; romaniz.:Ámmon ou Ἅμμων, Hámmon; em egípcio: Yamānu) foi um deus da mitologia egípcia. Seu nome significa "O oculto", uma vez que originalmente era a personificação dos ventos. Durante o Antigo e o Médio Império Amon existiu como uma divindade extremamente local e pouco importante. Adorado em Tebas (uma cidade distante dos grandes centros de poder localizados em Mênfis, Heliópolis e Abidos), Amon provavelmente dividia sua mitologia com mais sete deuses locais.
Pouco sabemos desta mitologia primeira que
envolvia a figura de Amon nos primórdios da civilização egípcia. Com a fundação
da XVIII dinastia e o despontar do Novo Império, Amon muda completamente de
status. De origem tebana, os faraós da XVIII dinastia deslocaram
definitivamente o eixo do poder para o Alto Egito, fazendo de Tebas sua
capital. Magicamente, Amon converte-se no deus do Império, propiciador da
vitória nas batalhas e pai de todos os demais deuses do panteão. Como que para
legitimar esta mudança de funções divinas, Amon é relacionado a Rá, o mais
antigo dentre os deuses que um dia foram adorados como criador da vida e pai de
todos os deuses. Sob o nome de Amon-Rá, Amon passa a ser reverenciado sob
aspectos criadores e solares. Embora seu nome continue significando O Oculto ou
O Escondido, escasseiam as referências de Amon como personificação dos ventos.
Origem do nome
O nome de Ámon foi registrado pela primeira vez
no idioma egípcio como ỉmn, que significa "O escondido". Como as
vogais não eram escritas nos hieróglifos egípcios, egiptólogos reconstruíram a
pronúncia de seu nome como Yamānu (/jamaːnu/). O nome sobreviveu no copta como Ⲁⲙⲟⲩⲛ, Amoun.
Iconografia
Identificado com o sol, era representado de várias formas: como animal, como homem com cabeça de animal ou como um homem normal com um barrete encimado por duas grandes plumas. Os animais a ele associados eram o ganso e o carneiro. Por isso, este deus podia ser representado sob estas formas, embora a de ganso fosse muito rara. Os sacerdotes que prestavam culto a este deus vestiam túnica branca com capa de pele de leopardo, tinham de raspar a cabeça e não podiam caçar animais relacionados ao deus, nem usar peruca.
Por volta do ano 2 000 a.C., Ámon era o principal deus dos egípcios. Seiscentos anos mais tarde, o Faraó Aquenáton preocupado com o grande poder que os sacerdotes deste deus tinham alcançado, tentou substituir o seu culto pelo de Áton. Porém, à sua morte, o seu sucessor, o Faraó Tutancâmon, fez com que todo o Egito passasse a prestar de novo culto a Ámon. O culto a este deus haveria de acabar definitivamente quando os assírios, no ano 663 a.C., conquistaram Tebas e impuseram o culto aos seus deuses.
O deus Ámon era acompanhado de sua mulher Mute
(representada num corpo de mulher, mas com cabeça de abutre ou coroas).
Sacerdotes
Cada sacerdote do deus Ámon deve utilizar
sempre uma túnica branca com uma capa de pele de leopardo, ele tem cabeça
raspada e não pode fazer certas coisas, como caçar animais relacionados ao deus
e usar uma peruca. Ámon tinha o principal centro de culto em Tebas, no Antigo
Egito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário