Atum é um neter kamitu, adorado em Heliópolis. É o resultado da transformação de Nun (o ser subjetivo) no ser objetivo. Aparece desde cedo como deus primordial e criador pois deu origem a uma explosão que gerou os demais corpos celestes do universo, mas sendo um evento pré-planejado.
Este cria o sol da tarde e quando
"torna-se a si mesmo", toma forma de Rá. que inicia os neteru
geradores e gera o sol da manhã. Atum foi o criador do céu e da terra
separando-os. Mas no momento que "torna-se a si mesmo", une-se a Rá,
e se transforma em único ser, que seria chamado de Atum-Rá. Não tendo parceiro,
o deus primevo realizou o primeiro ato de criação sem relação sexual:
"Então nasceram os gêmeos Shu e Tefnu". Diz se também que Atum cuspiu
Shu e vomitou Tefnu, primeiro casal divino, que desenvolveram o ciclo criador e
a paz social na terra.
O mito da criação
Separação de deuses irmãos marca origem do mundo dos humanos. Os primeiros filhos de Rá, Shu (deus do ar) e Téfnis (deusa da umidade).
Como é comum nessa mitologia, os irmãos
formaram um casal e tiveram como filhos Geb (deus da terra) e Nut (deusa dos
céus). Ao nascer, os netos de Rá se juntaram, formando outro casal. Rá não
gostando dessa união ordenou a Shu que ele separasse os filhos. Este empurrou
Nut para cima e pressionou Geb para baixo. Enquanto Nut se tornava o céu que
cobre o mundo, Geb virou a terra em que vivemos. E Shu permaneceu entre os
filhos, representando o ar que as pessoas respiram. Atum era visto com um ser
de gênero e identidade não-binária conhecida por muitas vezes como GRANDE
ELE-ELA Sol andrógino da maturidade não era nem masculino nem feminino, para
atuar em diferentes aspectos manifestou se em forma não-binária. Também existe
representações deste usando duas coroas, uma representando o baixo Egito e a
outra o alto Egito.
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