Introdução – Arqueologia bíblica
Por muitos séculos tudo o que
se sabia de história antiga era o que a Bíblia dizia e mais aquilo que os
gregos e romanos escreveram. De todos os historiadores da antiguidade,
praticamente o único que se podia ler era Heródoto, pois os escritos cuneiformes
dos assírios e babilônios e mais os hieróglifos egípcios ainda não tinham sido
traduzidos.
Na Idade Moderna com o
surgimento do racionalismo, a Bíblia passou por duras críticas que tentavam
ridicularizar as suas histórias, principalmente o Antigo Testamento. Mas
chegando à Idade Contemporânea, uma nova ciência começou a florescer: A
ARQUEOLOGIA. Como a medicina separou-se da feitiçaria e como a astronomia
separou-se da astrologia, assim convinha que esta nova ciência se separasse dos
mitos e das ideias pré-concebidas que se tinha a respeito da Bíblia. Werner
Keller, autor da consagrada obra “E a Bíblia tinha razão...” diz no prefácio do
seu famoso livro: “O povo judeu escreveu sua história somente em relação a
Jeová e sob a óptica de seus pecados e sua expiação.
Mas esses acontecimentos são
historicamente genuínos e tem se revelado de uma exatidão verdadeiramente
espantosa.” O professor Jalmar Bowden da Faculdade de Teologia da Igreja
Metodista do Brasil fez os seguintes comentários a respeito da importância e objetivos
da ARQUEOLOGIA BÍBLICA: “A arqueologia é o estudo científico de coisas que esclarecem
a vida humana do passado, especialmente de tempos pré-históricos. Diz-nos a
Bíblia de como Deus se revelou aos homens no passado remoto e de como a
religião verdadeira se desenvolveu entre os homens. A arqueologia, portanto,
pode tornar mais compreensível o livro dos livros. A Arqueologia Bíblica é o
ramo da Arqueologia Geral. É o estudo científico das coisas do passado que
podem, direta ou indiretamente, facilitar o estudo e compreensão da Bíblia.”
A Arqueologia Bíblica trouxe
mais respeito para com a Bíblia, hoje em dia nenhuma pessoa realmente culta e
inteligente seria capaz de chamar de lendas as histórias bíblicas.
Recentemente, em 1992, um dos maiores arqueólogos da atualidade da França
esteve no Brasil e em entrevista ao importante jornal O Estado de São Paulo
declarou em uma matéria de uma página inteira dizendo que tinha convicção que
Moisés atravessou o Mar Vermelho com todo o povo de Israel. O Dr. Joachim
Reberk da Alemanha também declarou: “Desde as gerações, a Bíblia está sendo
testado pela ciência crítica e, sem dúvida. Ela pode se gabar de ser uma das
obras mais divulgadas, mais vendidas, bem como, de longe, melhor e mais
profundamente pesquisada da literatura universal [...] Quanto a isto, cabe
rebater um mau costume dos nossos dias, recentemente manifestado na
qualificação depreciativa da Bíblia, considerando-a menos que um livro de
história.” (Reberck)
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