Os
australopitecos formavam um grande grupo de animais parecidos com os
chimpanzés. Mas, ao contrário deles, já não andavam sobre quatro patas. Eram
meio humanos, embora apresentassem um cérebro pequeno demais. Também tinham os
dentes e o maxilar diferentes, bem maiores e mais pesados que os humanos.
Já
se conhecem oito espécies de australopitecus, que viveram entre 4 milhões e 1,5
milhão de anos atrás: além do africanus e do garhi, foram identificados os
Australopithecus anamensis (anam significa lago na língua local), encontrado no
norte do Quênia em 1974, Australopithecus afarensis, encontrados no Quênia,
Etiópia e Tanzânia, Australopithecus aethiopicus, encontrado em 1985 próximo ao
Lago Turkana, norte da Tanzânia, Australopithecus boisei, encontrado no
Desfiladeiro de Olduvai, na Tanzânia em 1959, Australopithecus robustus,
encontrado 1938 na África do Sul e Australopithecus bahrelghazalli, encontrado
em 1993 ao sul da Líbia.
A
teoria por enquanto mais aceita indica como provável ancestral humano o
afarensis, surgido há cerca de 4 milhões de anos e extinto uns 2,5 milhões de
anos atrás. Além dessa hipótese, existem outras. Os descobridores do garhi
acreditam que o afarensis esteja na raiz da humanidade, porém não diretamente.
Um pouco antes de se extinguir, ele teria dado origem ao garhi– este, sim,
ancestral direto dos homens. O Arqueólogo sul-africano Ronald Clarke pensa que
o afarensis não tem ligação com os seres humanos – ele seria apenas um ramo que
não vingou na árvore da evolução. A humanidade teria nascido do africanus.
Também
é incerto o que transcorreu depois dos australopitecos, pois a
paleoantropologia não afirma que eles tenham originado diretamente o Homo
sapiens. Antes disso teriam existido seis espécies primitivas de homem, de
crânio um pouco menor: Homo rudolfensis, Homo habilis, Homo erectus, Homo
ergaster, Homo heidelbergensis e Homo neanderthalensis (o homem de Neandertal).
Até a década passada, era quase tido como verdadeiro que o habilis evoluíra dos
australopitecos há uns 2,5 milhões de anos, produzindo em seguida o ramo do
erectus. E este, um pouco antes de se extinguir, por volta de 500 mil anos
atrás, gerou duas novas espécies, o sapiens e o homem de Neandertal.
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