Salomão e Hirão de Tiro


O TEMPLO DE SALOMÃO E ACONTECIMENTOS

 


O Templo do Rei Salomão, veja 2º Samuel 7:4,5; 24:16-25 e 2ª Crônicas 6:9 Salomão o terceiro rei de Israel, o seu nome significa pacífico. Reinou como seu pai Davi, quarenta anos.

Para chegarmos ao templo de Salomão, precisamos falar sobre algo: Abraão pisou na terra prometida antes do povo que saíram do Egito com Moisés, ali encontrou Melquisedeque, rei de Salém que é a mesma Jerusalém (Salmo 76:2). O nome Jerusalém aparece pela primeira vez na Bíblia em Josué 10:1, onde reinava Adoni-Zedeque que se uniu a outros para lutarem contra Josué (Josué 10:3-5,10,11,26 e 27).

Davi chegando ao reino tomou Jerusalém dos Jebuseus (2º Samuel 5:6-9). Foi em Jerusalém que o templo foi construído, sobre o monte Moriá, lugar em que Abraão esteve preste a oferecer seu filho Isaque ao Senhor, e onde Davi encontrou e apaziguou o anjo destruidor quando o mesmo realizou um senso do povo, o anjo estava visível acima da eira de Ornã o Jebuseu (Gênesis 22:2; 1ª Crônicas 21:15,17 e 27 e 2ª Crônicas 3:1). Davi desejou edificar o templo, mas não foi possível, devido guerras e derramamento de sangue em seu reinado (1ª Crônicas 22:7,8), porém armazenou muitíssimos materiais para a construção (1ª Crônicas 22:14 e 17).

Porém Deus deu permissão a Salomão, para construir o templo, o qual levou sete anos para conclusão do mesmo (1ª Reis 6:1 e 38). No entanto houve algumas reviravoltas na vida de Salomão até chegar tal ponto de edificação, ou seja, casou-se com a filha de Faraó do Egito (1ª Reis 3:1), onde ocorreu livre comércio entre Egito e Israel (2ª Crônicas 1:16,17), a qual ganhou do seu pai Faraó como presente de casamento a cidade de Gezer (1ª Reis 9:15,16). Segundo o arqueólogo Dr. Nelson Gluck, foi encontrado nos termos de Megido, na área do sul do Mar Morto, a refinaria e a fundição de cobre de Salomão em Eziom-Geber, que conforme o mesmo, seria a mesma citada em 1ª Reis 9:26.

Fez um tratado com Hirão rei de Tiro (1ª Reis 5:7-12) - Tiro, Fenícia, Sidon (1ª Reis 9:26,27; 10:11 e 2ª Crônicas 2:7).Quando Davi foi constituído rei de Israel, na idade de trinta e um anos, Hirão enviou mensageiros com madeira de cedro, carpinteiros e pedreiros que edificaram a Davi uma casa. Já no período do reinado de Salomão, Hirão manteve boas relações comerciais com Israel, e, em acordo comercial com Salomão, recebeu várias cidades em troca da provisão de ouro e pela madeira de cedro e cipreste que serviu para a construção do templo.

As vinte cidades que Salomão deu a Hirão não o agradaram. Por esta razão, interpelou a Salomão: Que cidade são estas que me deste, irmão meu? A forma como Hirão interpelou Salomão reflete o significado do seu nome e o tipo de relação que mantinham esses dois personagens bíblicos. “Hirão é a forma abreviada de Airão, “irmão dum poderoso””. As cidades, por serem arenosas e improdutivas, foram denominadas Terra de Cabul. A terra, após vinte anos, foi restituída a Salomão e reconstruída para os israelitas.

Wiersbe escreve que Salomão já possuía 3400 toneladas de ouro antes de começar a construir o templo, e considera uma surpresa tal empréstimo de 120 talentos (4 toneladas e meia) de ouro, e oferece a explicação:

“todo o ouro, prata e materiais para o templo inventariados em I Crônicas 22:28 – 29 eram consagrados ao Senhor, de modo que não poderiam ser usados para qualquer outra construção. Isso significa que Salomão precisou de ouro para a construção do “palácio”, talvez para os escudos de ouro, de modo que tomou emprestado de Hirão, dando-lhe vinte cidades como garantia. Essas cidades ficavam em localização conveniente, na fronteira da Fenícia com a Galiléia.”

O rei Hirão mandou um grande mestre-de-obras, chamado Hirão Abif, para ajudar na construção do templo (2ª Crônicas 2:13,14), o qual também era artífice (1ª Reis 7:13,14 e 2ª Crônicas 4:11); porém vale ressaltar que a confiança do rei Salomão, foi depositada em Adonirão, o qual foi posto como encarregado geral de confiança, para executar as tarefas, bem como a leva de gente ao Líbano. Nesse tratado de Salomão com Hirão, o rei de Tiro mandou madeira do Líbano (2ª Crônicas 2:11,16), cortava-se a madeira das florestas do Líbano, descia morro abaixo para o rio Adônis, vizinho as florestas, o qual desaguava no Mar Mediterrâneo. As madeiras já vinham prontas esquadriadas e nas medidas, e transportadas em jangadas e desembarcadas em Jope, ou Jamina, defronte Jerusalém, as quais eram arrastadas a uma distância de 40 kilometros; as pedras lavradas vinham das planices e pedreiras de Zeredatá (cortadas esquadriadas e numeradas). Os materiais já vinham preparados (1ª Reis 6:7). Podemos perceber que foram proibidos os instrumentos de metal em Israel, para realização da obra do templo, todo o material já vinha na medida de ser assentado em seu devido lugar, seria a possível razão das passagens de Êxado 20:22,25; Deuteronômio 27:5,6; Josué 8:30,31. Existia um possível "tabu do ferro" (1ª Samuel 13:19-22).

Os construtores do templo foram uma média de 180.000 homens (1ª Reis 5:13-16 e 18). Salomão separou os estrangeiros para realizar a preparação do material bruto (2ª Crônicas 2:17,18); segundo comentário de Cook, eram os descendentes dos Cananeus que os filhos de Israel não expulsaram da terra (1ª Reis 9:21,22).

 

CONCLUSÃO

Assim o Templo de Salomão foi edificado, de forma que o melhor arquiteto e engenheiro da atualidade, ao observar tal estrutura fica boquiaberto com tanta capacidade de construir, onde pedra se encaixava a pedra seguinte e assim por diante. Não vamos nos deter nas colunas gêmeas "Jaquim" (Ele firmará) e "Boaz" (Nele está a força),elas estiveram presente na vida do rei Josias, quando fez aliança com Deus (2º Reis 23:3) e na coroação de Joás (2º Reis 11:14), nem tão pouco nas romãs, molduras, almofadas e os seis degraus do trono do rei Salomão, porém falaremos da metragem do templo da seguinte forma: O pórtico era o saguão de Entrada; O santuário era o salão principal; e o santo dos santos era o santuário interior, construído na forma de cubo perfeito. Levando em consideração a metragem do côvado, que é uma medida de 0,46 cm e daí calcula-se que o templo sem as câmaras laterais, media 9,00 metros de largura de frente, igual largura no fundo, e 28,00 metros de comprimentos de ambos os lados, totalizando uma metragem de 252,00 metros quadrados. (metragem fornecida por Russell Shedd, na Bíblia Vida Nova). As câmaras laterais cercavam o santuário e santo dos santos, mas não o pórtico.

 

Segundo Flávio Josefo, 37 D.C, quando Jesus Falou do homem que vai construir um edifício, talvez lembrasse de Salomão. Na época de Jesus aqui em seu ministério terreno, Ele pregou no terceiro templo reedificado. O primeiro templo foi construído por Salomão; O segundo templo foi reedificado por Zorobabel (Esdras 3:6), e o terceiro foi reedificado por Herodes (Jesus nasceu sobre este reinado)

Hirão segundo a visão maçônica

A visão sobre Hirão-Abi, segundo os escritos maçônicos, é oposta a de Ellen White. É neste período e personagem que surge uma das mais significativas crenças maçônicas sobre seu mestre Salvador Hirão-Abi.

Na Lenda de Hirão-Abi, no ritual do terceiro grau, Hirão-Abi é abordado três vezes para revelar o segredo de um Mestre Maçom, no projeto do Templo, senão perderá sua vida. Por duas vezes Hirão-Abi recusa com a frase: "Perco minha vida, mas não revelo os segredos", e por essa recusa é ferido. Na terceira vez, negando novamente os segredos a um terceiro enviado para obtê-los, Hirão-Abi é morto. No dia seguinte, Salomão envia um grupo para investigar e descobrir a respeito de Hirão-Abi. Quando Hirão-Abi é encontrado, ressuscita da sepultura.

 

Finalmente, então, meus irmãos, imitemos nosso Grande Mestre, Hirão-Abi, em sua conduta virtuosa, sua piedade genuína a Deus, em sua inflexível fidelidade ao que lhe está confiado, para que, como ele, possamos receber o severo tirano, a Morte, e recebê-lo como um gentil mensageiro enviado por nosso Supremo Grande Mestre, para nos transportar desta imperfeita para perfeita, gloriosa e celestial Loja lá em cima, em que o Supremo Arquiteto do Universo preside.

Lynn Perkins escreve:

Portanto, a Maçonaria ensina que a redenção e salvação são ambos o poder e a responsabilidade do maçom individual. Salvadores como Hirão-Abi podem me mostram o caminho, mas os homens precisam sempre seguir e demonstrar, cada um por si, seu poder de salvar a si mesmos.

Albert Mackey esclarece sobre o significado da Lenda de Hirão-Abi:

...ensinar a imortalidade da alma. Esse ainda é o principal propósito do terceiro grau da Maçonaria. Esse é o escopo e objetivo do seu ritual. O Mestre maçom representa o homem, quando jovem, quando adulto, quando velho, e a vida que passa como sombras efêmeras, porém ressuscitado do túmulo da iniquidade, e despertado para uma outra e melhor existência. Por sua lenda e por todo seu ritual, é implícito que fomos redimidos da morte do pecado (...) o Mestre Maçom representa um homem salvo do túmulo da iniquidade, e ressuscitado para a fé da salvação.

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