Discipulado 2º Módulo - Lição 4

 

A IGREJA



O QUE É IGREJA?

É UMA EXPRESSÃO DO REINO DE DEUS EM NÓS...

A Igreja surgiu a partir do ministério de Jesus Cristo, Filho de Deus. Durante todo o tempo em que esteve na Terra, Jesus pregou o Reino de Deus (Mt 4:17, Lc 16:16, Lc 17:21).

A Igreja é o Produto do reino de Deus na vida das pessoas. A Igreja primitiva cria, pregava e praticava literalmente todo o Conselho e Palavra de Deus. Eles permaneciam na doutrina dos apóstolos, no partir do pão, na comunhão e nas orações; e Deus testemunhava através deles com poder.

Todos aqueles que são salvos e redimidos pelo seu sangue, são o corpo “a Igreja” de Jesus Cristo.

* Os propósitos de Deus sempre foram com a Igreja (Ef 1:4; I Pe 1:20; Ap 13:8; 17:8);

A restauração da Igreja passa pela Unidade dos membros (Jo 17.18-23);

* A Igreja é universal, espiritual e invisível (Mt 16:18; Hb 12:22-23; At 9:31);

* Deus não habita em templos; por mais belos que sejam (At 17:24);

* Nós somos templo do Espírito Santo, Deus habita em nós (I Co 3:16);

* A Igreja não é o único lugar para adorar a Deus (Jo 4:24);

* A Igreja é o Corpo de Cristo, do qual Ele próprio é o Cabeça. (Rm 12:4-5; 1Co12:12-23);

* A Igreja é a responsável pela gerência e distribuição das ofertas

(At 2:44; At 4:32-37).

 

I. NOMES BÍBLICOS DA IGREJA HISTÓRIA.

1.NO VELHO TESTAMENTO.

    O Velho Testamento emprega duas palavras para designar a

igreja, a saber, qahal (ou Kahal), derivada de uma raiz qal (ou kal) obsoleta, significando “chamar”; e ‘edhah, de ya’adh, “indicar” ou “encontrar-se ou reunir-se num lugar indicado”. Às vezes estas duas palavras são usadas indiscriminadamente, mas, de início, não eram estritamente sinônimas.

‘Edhah é propriamente uma reunião resultante da combinação, e, quando aplicada a Israel, denota a sociedade propriamente dita, formada pelos filhos de Israel ou por seus chefes representativos, reunidos ou não. Por outro lado, Qahal denota propriamente a reunião de fato do povo. Conseqüentemente, vemos ocasionalmente a expressão qehal ‘edhah, isto é, “assembléia da congregação”, Ex 12.6; Nm 14.5; Jr 26.17. Synagoge é a versão usual, quase universal, de ‘edhah é também a versão usual de qahal no Pentateuco.

 

2.NO NOVO TESTAMENTO.

O Novo Testamento também tem duas palavras, derivadas da

Septuaginta, quais sejam, ekklesia, de ek e kaleo, “chamar”, “chamar para fora”, “convocar”, e synagoge, de syn e ago, significando “reunir-se” ou “reunir”.

Synagoge é empregada exclusivamente para denotar, quer as reuniões religiosas dos judeus, quer os edifícios em que eles se reuniam para o culto público, Mt 4.23; At 13.43; Ap 2.9; 3.9.

O termo ekklesia, porém, geralmente designa a igreja neo-testamentária, embora nuns poucos lugares denote assembléias civis comuns, At 19.32, 39, 41. A preposição ek, de ekklesia (ekkaleo), muitas vezes é interpretada no sentido de “dentre as massas do povo comum” e indicando, em conexão com o uso escriturístico de ekklesia, que a igreja consiste dos eleitos, chamados para fora do mundo da humanidade.

 

3.OUTROS DESIGNATIVOS BÍBLICOS DA IGREJA.

O Novo Testamento contém vários designativos figurados da igreja, cada qual ressaltando algum aspecto particular da igreja. Esta é

chamada:

A) Corpo de Cristo.

Em nossos dias, alguns parecem considerar este apelativo como uma definição completa da igreja do Novo testamento, mas não era este o propósito do seu uso. O nome não é aplicado somente à igreja universal, como em Ef 1.23; Cl 1.18, mas também a uma congregação isolada, 1 Co 12.27. Ele dá relevo à unidade da igreja, quer local quer universal, e particularmente ao fato de que esta unidade é orgânica e de que o organismo da igreja tem relação vital com Jesus Cristo visto como gloriosa cabeça.

 

B) Templo do Espírito Santo ou de Deus.

A igreja de Corinto é chamada “santuário de Deus”, no qual o Espírito Santo habita, 1 Co 3.16. Em ef. 2.21, 22 Paulo fala que os crentes crescem

“para santuário dedicado ao Senhor” e que são edificados “para habitação de Deus no Espírito”. O nome é aplicado à igreja ideal do futuro, que é a igreja universal. E Pedro afirma que os crentes, como pedras vivas, são edificados “casa espiritual”, I Pe 2.5. O contexto mostra que ele está pensando num templo. Esta figura acentua o fato de que a igreja é santa e inviolável. permanência do Espírito Santo nela dá-lhe um caráter exaltado.

 

C) A Jerusalém de cima, ou nova Jerusalém, ou Jerusalém celestial.

Todas estas três formas se acham na Bíblia, Gl 4.26; Hb 11.22; Ap 21.2; cf. os versículos 9 e 10. No Velho Testamento Jerusalém é descrita como o lugar onde Deus habitava entre querubins e onde, simbolicamente, Ele tinha contato com o Seu povo.

O Novo Testamento, evidentemente, considera a igreja como reprodução exata da Jerusalém veterotestamentária e, daí, dá-lhe o mesmo nome. De acordo com esta descrição, a igreja é o lugar de habitação, embora ainda parcialmente na terra, pertence à esfera celestial.

 

D) Coluna e baluarte da verdade.

Há apenas um lugar em que o nome é aplicado à igreja, a saber, 1 Tm 3.15. Refere-se à igreja em geral, e, portanto, aplica-se a cada parte dela.

A figura expressa o fato de que a igreja é guardiã da verdade, cidadela da verdade e defensora da verdade contra os inimigos do reino de Deus.

 

A IGREJA É SANTA E IMACULADA.

A igreja universal, sito é, a igreja como existe no plano de Deus e só se concretiza no transcurso dos séculos, foi entendida no sentido de que consiste do corpo completo dos eleitos, os quais, no transcorrer do tempo, são chamados para a vida eterna.

Mas a igreja, como existe realmente na terra, foi considerada como a comunidade dos santos. E não é somente a igreja invisível que foi entendida assim, mas a igreja visível também. Estas não são duas igrejas, mas uma somente e, portanto, têm apenas uma única essência. Uma, bem como a outra, é essencialmente a communio sanctorum, mas a igreja invisível é a igreja como Deus a vê, uma igreja que só contém crentes, ao passo que a igreja visível é a igreja como o homem a vê, composta dos que professam a Jesus Cristo, juntamente com seus filhos e, portanto, julgados como sendo a comunidade dos santos.

Esta pode conter, e sempre contém de fato, alguns que ainda não foram regenerados – pode haver joio entre o trigo – porém não pode tolerar incrédulos declarados e pessoas ímpias. Paulo dirige as suas epístolas a igrejas empíricas, e não hesita em tratar os seus membros de “santos”, mas também insiste na necessidade de expulsar os ímpios e os que, praticam delitos, 1 Co 5; 2 Ts 3.6, 14; Tt 3.10. A igreja forma uma unidade espiritual da qual Cristo é o Chefe divino.

É animada por um Espírito, o Espírito de Cristo; professa uma fé, comparte uma esperança e serve a um só Rei. É a cidadela da verdade e a agência de Deus para comunicar aos crentes todas as bênçãos espirituais. Como corpo de Cristo, está destinada a refletir a glória de Deus como esta se vê manifestada na obra de redenção.

 

A DA IGREJA MILITANTE E A IGREJA TRIUNFANTE.

Na presente dispensação, a igreja é militante, isto é, convocada para uma guerra santa, e de fato nela está emprenhada. Isto, naturalmente, não significa que ela deve gastar suas forças em lutas sangrentas de autodestruição, mas, sim, que tem o dever de levar avante uma incessante guerra contra o mundo

hostil em todas as formas em que este se revele, seja na igreja ou fora dela, e contra todos os poderes espirituais das trevas. A igreja não pode passar o tempo todo em oração e meditação, embora estas práticas sejam tão necessárias e importantes, nem tampouco deve parar de agir, no pacífico gozo da sua herança espiritual. Ela tem que estar engajada com todas as suas forças nas pelejas do seu Senhor, combatendo numa guerra que é tanto ofensiva como defensiva. Se a igreja na terra é a igreja militante, no céu é a igreja triunfante.


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