Discipulado 3º Módulo - Lição 3

 

ORAÇÃO 



Oração

    É um dos assuntos mais difíceis de estudar na Bíblia é a oração, porque não se aprende a orar ensinando, e sim praticando a oração. A oração não é um dever piedoso. O apóstolo Paulo dá ênfase total a oração, mostrando que ela deve ocupar lugar  lugar  de destaque em nossas vida (I Tm2:1).

Analogia: (do Gr. αναλογία – analogia, "proporção) é um processo cognitivo de transferência de informação ou significado de um sujeito particular (fonte) para outro sujeito particular (alvo), e também pode significar uma expressão linguística correspondendo a este processo. Num sentido mais específico, analogia é uma inferência ou um argumento de um particular para outro particular, em oposição à dedução, indução e abdução, nas quais pelo menos uma das premissas ou conclusão é geral. A palavra analogia também pode se referir à relação entre fonte e alvo, que pode ser, não necessariamente, uma similitude, como na noção biológica de analogia.

Deus criou a oração e a instalou em nós. William James disse que "a razão pela qual oramos é que simplesmente não podemos evitar a oração".

De verdade, todos temos a intuição de buscar a Deus através da oração. Prova disso é que, como uma criança chora quando está com fome, nos momentos de maior angústia e adversidade nossas entranhas clamarão pelo Senhor. Ao invés de enxergar a oração como um sacrifício ou uma penitencia, a palavra a revela como uma disciplina, não é um sacrifício, ou um esforço para se obter um prêmio, devemos compreender que a oração é o desenvolvimento de um relacionamento natural com Deus. Esse ponto de partida é libertador, pois deixa de lado as muitas regras, modelos, legalismos que impomos a nós mesmos. A oração que Jesus ensinou, segundo esse texto, apresenta algumas dimensões desse relacionamento:

 

1º - Ensinamentos de Jesus.

Jesus está ensinando como orar.  Depois de expor a oração do Pai Nosso, ele traz uma figura bastante conhecida de todos os seus ouvintes mostrando uma analogia de súplica em exposição: O que um amigo faz ao outro? Ele sabe que a oração é o ambiente onde transcorre a melhor amizade, pois podemos abrir nosso coração, necessidades, ou simplesmente estarmos juntos pelo prazer da convivência.

a) Um relacionamento entre amigos.

O relacionamento de amigos (v. 5-8 NVI "... suponham que um de vocês tenha um amigo...")

Amigo que é amigo será sensível, atenderá nos momentos de lutas, muitas vezes oferecendo seu ombro e capacidade de ouvir. Assim como temos amigos na terra, podemos ter um amigo nos céus. Somos convidados a desenvolvermos essa amizade através da oração, afinal Jesus nos chamou de amigos (João 15.15).

 

b) Um relacionamento de Pai pra Filho.

O relacionamento pai/filho (v 11-13 - NVI "... qual pai, entre vocês, se o filho pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra?...")

A segunda analogia de Cristo é ainda mais chocante.

Como pai você consegue imaginar-se dando uma pedra (Mateus 7:9) para seu filho comer? Ou, pior ainda, dando-lhe um escorpião? O Senhor nos vê como filhos. Por essa razão ele abre-se para um relacionamento nessa dimensão. Como pai ele é provedor, responsável, cuidador, orientador e tantas virtudes mais que possam ser elencadas. Nós recebemos espírito de filhos, por isso podemos chamá-lo de papai (Romanos 8.15; Gálatas 4.6-7). Só os filhos têm acesso ao quarto dos pais, desfrutam das refeições juntos, levam "palmadas", são herdeiros e levam em seu DNA a semelhança hereditária. Como é bom ser filho e poder desfrutar dessa dimensão do relacionamento através da oração.

 

c) Um relacionamento de Noivo pra Noiva.

Esse trecho não apresenta expressamente Jesus como noivo e seus    discípulos como noiva, mas o narrador já havia revelado anteriormente essa analogia (Lucas 5.34-35). Aqui temos uma nova e amplificada dimensão de nosso relacionamento em oração. Essa analogia expressa o prazer de estar juntos, a alegria de sonhar juntos, o amor latente, as confidências, a proteção, o comprometimento.

A oração é um grande momento de prazer, mas poucos se entregam nesta dimensão. Ela contém um potencial de alegria e júbilo, pois é o próprio Deus se movendo em nós através do seu Espírito Santo.

 

2º - Como devo orar.

Como Jesus Nos Ensinou...

A oração deve ser pessoal, praticada e refletida. A oração que Jesus ensinou aos seus discípulos deve ser um modelo estrutural, e não uma “reza” ou uma vã repetição, como está escrito em (Mateus 6:7) “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito repetir serão ouvidos”. (BLH)

 

3º - Para que devemos orar...

Para enfrentarmos as agruras deste mundo, e mantermos nossa comunhão com nosso Pai Celestial. “...A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos...”  (Tiago 5:16), o poder da oração atua em nossas vidas: nos educandos, trazendo a confiança, esperança e paciência, para esperar-nos na soberana vontade de Deus e no seu tempo. Pois tudo está sob seu controle absoluto em conhecer todas as coisas.

As recomendações bíblicas abaixo, nos estimulam a orar porque o homem natural precisa ser educado a esperar em Deus.

 “...Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença...”  (Salmos 42:5)

§ Vigiar - Disse Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26:41). O apostolo Paulo nos recomenda vigiarmos sempre: “Orai sem cessar” (1Ts 5:17).

§ Dar Graças - Por tudo que o Senhor nos tem concedido “A ti, ó Deus de meus pais, eu te rendo graças e te louvo, porque me desta sabedoria e poder” “Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (Dn 2:23; 1Ts 5:18).

§ Recebermos - “E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mt 21:22);

§ Alcançarmos Graça – “Isaque orou ao Senhor por sua mulher, que era estéril; e o Senhor lhe ouviu as orações, e Rebeca concedeu” (Gn 25:4);

§ Cura - “Aconteceu achar-se enfermo de disenteria, ardendo em febre, o pai de Públio, Paulo foi visitá-lo e, orando, impôs-lhe as mãos e o curou” (At 28:8);

§ Libertação – “Por volta de meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas; soltaram-se as cadeias de todos “. (At 16:25 e 26);

§ Termos Discernimento - “Para que Deus do Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação do pleno conhecimento dele” (Ef 1:17);

§ Mudar O Destino - “... quando me buscardes de todo vosso coração. Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte...” (Jr 29:13 e 14);

§ Expulsar - “...esta casta não pode sair senão por meio de oração e jejum” (Mc 9:29)

 

4º - Jejum

O que é jejum?

É Um Processo De Abstenção De Alimentos...

Se abster de alimentação sólida ou líquida (com exceção da água – vital) ou mesmo restringir sua dieta por um período de tempo ou por dias (Mt 4:2; At 9:9; Dt 9:9; I Reis 19:8; Dn 10:3).

Tem Como Propósito...

A santificação individual, como exercício espiritual de domínio sobre a própria carne, com propósitos bem definidos e não como uma dieta estética.

§ O jejum é um exercício espiritual; nos prepara, quebra o orgulho e enfraquece os instintos humanos. (Salmo 69:10; 35:13);

§ Para fazer com que Deus mude a direção das coisas. No livro de Jonas, a cidade prevaleceu pelo jejum e oração. (Jonas 3:4-10);

§ Para soltar os cativos e derrotar a Satanás. O jejum nos fortalece para “em nome de Jesus” enfrentarmos os principados e potestades. (Isaías 58:6; 49:24-25);

§ Para receber revelação específica de Deus para nossas vidas (Daniel 9:2-3; 21-22);

§ Para subjugar o corpo O jejum nos ajuda a disciplinar o corpo. Os apetites do corpo são lícitos, mas temos que tê-los sob controle; o físico submisso ao espiritual. (I Cor 9:27; Êx 16:3; Nm 11:4-5);

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