Oração
É um dos assuntos mais difíceis de estudar na Bíblia é a oração, porque não se aprende a orar ensinando, e sim praticando a oração. A oração não é um dever piedoso. O apóstolo Paulo dá ênfase total a oração, mostrando que ela deve ocupar lugar lugar de destaque em nossas vida (I Tm2:1).
Analogia: (do Gr. αναλογία – analogia, "proporção) é um processo cognitivo de transferência de informação ou significado de um sujeito particular (fonte) para outro sujeito particular (alvo), e também pode significar uma expressão linguística correspondendo a este processo. Num sentido mais específico, analogia é uma inferência ou um argumento de um particular para outro particular, em oposição à dedução, indução e abdução, nas quais pelo menos uma das premissas ou conclusão é geral. A palavra analogia também pode se referir à relação entre fonte e alvo, que pode ser, não necessariamente, uma similitude, como na noção biológica de analogia.
Deus criou a oração e a instalou em nós.
William James disse que "a razão pela qual oramos é que simplesmente não
podemos evitar a oração".
De verdade, todos temos a intuição de buscar a
Deus através da oração. Prova disso é que, como uma criança chora quando está
com fome, nos momentos de maior angústia e adversidade nossas entranhas
clamarão pelo Senhor. Ao invés de enxergar a oração como um sacrifício ou uma
penitencia, a palavra a revela como uma disciplina, não é um sacrifício, ou um
esforço para se obter um prêmio, devemos compreender que a oração é o
desenvolvimento de um relacionamento natural com Deus. Esse ponto de partida é
libertador, pois deixa de lado as muitas regras, modelos, legalismos que
impomos a nós mesmos. A oração que Jesus ensinou, segundo esse texto, apresenta
algumas dimensões desse relacionamento:
1º - Ensinamentos de Jesus.
Jesus está ensinando como orar. Depois de expor a oração do Pai Nosso, ele
traz uma figura bastante conhecida de todos os seus ouvintes mostrando uma
analogia de súplica em exposição: O que um amigo faz ao outro? Ele sabe que a
oração é o ambiente onde transcorre a melhor amizade, pois podemos abrir nosso
coração, necessidades, ou simplesmente estarmos juntos pelo prazer da
convivência.
a) Um relacionamento entre amigos.
O relacionamento de amigos (v. 5-8 NVI "...
suponham que um de vocês tenha um amigo...")
Amigo que é amigo será sensível, atenderá nos
momentos de lutas, muitas vezes oferecendo seu ombro e capacidade de ouvir.
Assim como temos amigos na terra, podemos ter um amigo nos céus. Somos
convidados a desenvolvermos essa amizade através da oração, afinal Jesus nos
chamou de amigos (João 15.15).
b) Um relacionamento de Pai pra Filho.
O relacionamento pai/filho (v 11-13 - NVI
"... qual pai, entre vocês, se o filho pedir um peixe, em lugar disso lhe
dará uma cobra?...")
A segunda analogia de Cristo é ainda mais
chocante.
Como pai você consegue imaginar-se dando uma
pedra (Mateus 7:9) para seu filho comer? Ou, pior ainda, dando-lhe um
escorpião? O Senhor nos vê como filhos. Por essa razão ele abre-se para um
relacionamento nessa dimensão. Como pai ele é provedor, responsável, cuidador,
orientador e tantas virtudes mais que possam ser elencadas. Nós recebemos
espírito de filhos, por isso podemos chamá-lo de papai (Romanos 8.15; Gálatas
4.6-7). Só os filhos têm acesso ao quarto dos pais, desfrutam das refeições
juntos, levam "palmadas", são herdeiros e levam em seu DNA a
semelhança hereditária. Como é bom ser filho e poder desfrutar dessa dimensão
do relacionamento através da oração.
c) Um relacionamento de Noivo pra Noiva.
Esse trecho não apresenta expressamente Jesus
como noivo e seus discípulos como
noiva, mas o narrador já havia revelado anteriormente essa analogia (Lucas
5.34-35). Aqui temos uma nova e amplificada dimensão de nosso relacionamento em
oração. Essa analogia expressa o prazer de estar juntos, a alegria de sonhar
juntos, o amor latente, as confidências, a proteção, o comprometimento.
A oração é um grande momento de prazer, mas
poucos se entregam nesta dimensão. Ela contém um potencial de alegria e júbilo,
pois é o próprio Deus se movendo em nós através do seu Espírito Santo.
2º - Como devo orar.
Como Jesus Nos Ensinou...
A oração deve ser pessoal, praticada e
refletida. A oração que Jesus ensinou aos seus discípulos deve ser um modelo
estrutural, e não uma “reza” ou uma vã repetição, como está escrito em (Mateus
6:7) “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam
que pelo seu muito repetir serão ouvidos”. (BLH)
3º - Para que devemos orar...
Para enfrentarmos as agruras deste mundo, e
mantermos nossa comunhão com nosso Pai Celestial. “...A oração feita por um
justo pode muito em seus efeitos...”
(Tiago 5:16), o poder da oração atua em nossas vidas: nos educandos,
trazendo a confiança, esperança e paciência, para esperar-nos na soberana
vontade de Deus e no seu tempo. Pois tudo está sob seu controle absoluto em
conhecer todas as coisas.
As recomendações bíblicas abaixo, nos estimulam
a orar porque o homem natural precisa ser educado a esperar em Deus.
“...Por
que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera
em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença...” (Salmos 42:5)
§ Vigiar - Disse Jesus: “Vigiai e orai, para
que não entreis em tentação. Na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é
fraca” (Mt 26:41). O apostolo Paulo nos recomenda vigiarmos sempre: “Orai sem
cessar” (1Ts 5:17).
§ Dar Graças - Por tudo que o Senhor nos tem
concedido “A ti, ó Deus de meus pais, eu te rendo graças e te louvo, porque me desta
sabedoria e poder” “Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em
Cristo Jesus para convosco” (Dn 2:23; 1Ts 5:18).
§ Recebermos - “E tudo quanto pedirdes em
oração, crendo, recebereis” (Mt 21:22);
§ Alcançarmos Graça – “Isaque orou ao Senhor
por sua mulher, que era estéril; e o Senhor lhe ouviu as orações, e Rebeca
concedeu” (Gn 25:4);
§ Cura - “Aconteceu achar-se enfermo de disenteria,
ardendo em febre, o pai de Públio, Paulo foi visitá-lo e, orando, impôs-lhe as
mãos e o curou” (At 28:8);
§ Libertação – “Por volta de meia-noite, Paulo
e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão
escutavam. De repente sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da
prisão; abriram-se todas as portas; soltaram-se as cadeias de todos “. (At
16:25 e 26);
§ Termos Discernimento - “Para que Deus do
Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de
revelação do pleno conhecimento dele” (Ef 1:17);
§ Mudar O Destino - “... quando me buscardes de
todo vosso coração. Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mudar a vossa
sorte...” (Jr 29:13 e 14);
§ Expulsar - “...esta casta não pode sair senão
por meio de oração e jejum” (Mc 9:29)
4º - Jejum
O que é jejum?
É Um Processo De Abstenção De Alimentos...
Se abster de alimentação sólida ou líquida (com exceção da água – vital) ou mesmo restringir sua dieta por um período de tempo ou por dias (Mt 4:2; At 9:9; Dt 9:9; I Reis 19:8; Dn 10:3).
Tem Como Propósito...
A santificação individual, como exercício
espiritual de domínio sobre a própria carne, com propósitos bem definidos e não
como uma dieta estética.
§ O jejum é um exercício espiritual; nos
prepara, quebra o orgulho e enfraquece os instintos humanos. (Salmo 69:10;
35:13);
§ Para fazer com que Deus mude a direção das
coisas. No livro de Jonas, a cidade prevaleceu pelo jejum e oração. (Jonas
3:4-10);
§ Para soltar os cativos e derrotar a Satanás.
O jejum nos fortalece para “em nome de Jesus” enfrentarmos os principados e
potestades. (Isaías 58:6; 49:24-25);
§ Para receber revelação específica de Deus
para nossas vidas (Daniel 9:2-3; 21-22);
§ Para subjugar o corpo O jejum nos ajuda a
disciplinar o corpo. Os apetites do corpo são lícitos, mas temos que tê-los sob
controle; o físico submisso ao espiritual. (I Cor 9:27; Êx 16:3; Nm 11:4-5);
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