NORMAS E CREDO DA IGREJA
(DOUTRINAS, COSTUMES E TRADIÇÕES)
DOUTRINA
O
termo doutrina pode ser definido como o conjunto de princípios que servem de
base a um sistema religioso, político, filosófico,militar, pedagógico, entre
outros.
A Integridade da Doutrina Cristã.
“...Toda
a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir,
para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra...” (2Tm 3.16,17).
O texto
de ouro apresenta a palavra Gr. ‘theopneustos’ que literalmente significa tendo
assimilado Deus’, sendo esta a declaração mais importante da Escritura sobre si
mesma e nos informa que ela é produto da mente divina, e é apropriadamente
chamada de a ‘Palavra de Deus’. Claro que Paulo afirma apenas a inspiração
divina eximindo-se de tratar acerca do seu processo, que por sua vez o faz em
outros lugares explicando a atuação do Espírito Santo na produção da palavra
escrita (1Co 2.9-15).
A doutrina cristã é o conjunto de ensino ou
instrução deixado por Cristo, registrado na Bíblia Sagrada. O cristão deve
estar preparado com o conhecimento da doutrina
(II T 2:15).
A
doutrina responde as grandes perguntas do homem, por isso todo o cristão deve
conhecê-las para refutar os falsos
ensinos.
Existem
diferenças entre doutrina e costume. A doutrina age diretamente com a salvação
(At 5:28 – I Co 14:26). A doutrina é geral enquanto o costume e local, a
doutrina é imutável e eterna, os costumes são mutáveis e temporários.
O
costume em exercício deve observar as normas, mostram o limite entre o
religioso e o social no relacionamento do cristão equilibrando entre o
espiritual e o social em sua ética.
O valor da doutrina é inestimável para o crente e a igreja (I Tm 4:16), pois a doutrina aplicada na vida do crente promove a obediência e sub-missão dele para com Deus (Gn 26:5)
COSTUME
Designam-se como costumes as regras sociais
resultantes de uma prática reiterada de forma generalizada e prolongada, o que
resulta numa certa convicção de obrigatoriedade, de acordo com cada sociedade e
cultura específica dos seus hábitos.
Hábito - é o ato ou efeito de praticar algo; é
a maneira de proceder; é a disposição adquirida pela repetição freqüente de um
ato (rotina).
USOS, COSTUMES E NORMA DE CONDUTA. É UM
PROBLEMA.
A questão cultural
Os cristãos devem entender também que há
costumes diferentes em culturas diferentes, há lugares onde os trajes devem
adaptar-se a condições climáticas. Temos que tomar cuidado em chamarmos o
diferente de errado e fazermos disso uma barreira para a pregação do evangelho.
Conta-se que o grande herói da fé, chamado
Hudson Taylor, teve grande sucesso na obra missionária entre os chineses após
deixar seu traje ocidental que incomodava muito os chineses da época. Ele se
adaptou aos costumes daquele povo, rapando sua cabeça e usando um traje
despojado, assim tornou-se um dos missionários mais reconhecido da história,
pelo grande trabalho que desenvolveu entre os chineses.
A RESPEITO DO USO DE JÓIAS
É pecado usar brincos? E outras jóias como
anéis, pulseiras, correntes, etc...?
Só poderemos responder essas questões se
respondermos uma outra pergunta a luz da Palavra de Deus:
É pecado se enfeitar?
A bíblia vai nos dizer isso:
Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em
traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas,
ou vestidos preciosos. 1Tm 2.9
Ataviar - Adereçar(-se), adornar(-se),
aformosear(-se), enfeitar(-se), ornar(-se).
Qualquer leitor coerente vai notar que Paulo
não proíbe o enfeite, mas ensina a forma que deve-se enfeitar. “Que do mesmo
modo as mulheres se enfeitem...”
O enfeite delas não seja o exterior, no frisado
dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos. 1Pe 3.3
O apóstolo Pedro proibiu o enfeite?
O comentarista Roger Stronstad, ao escrever sobre este versículo no:
“COMENTÁRIO BÍBLICO PENTECOSTAL”(Publicado pela
CPAD, Casa Publicadora das Assembléias de Deus) diz:
- Tendo discutido as virtudes das esposas, tais como submissão, castidade e respeito, Pedro passa a instrui-las sobre sua beleza que não deve ser no “exterior”(isto é, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes). Pedro não proíbe os adornos exteriores, mas sabe que a santidade é uma questão de atitude e conduta (1.13—2.3) e nunca de austeridade exterior. Antes, como mostra o verso seguinte, ele faz o contraste entre os dois tipos de beleza – um que é meramente o resultado de decoração (3.3) e outro que vem de uma qualidade interior (3.4).
Mas o homem encoberto no coração; no
incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de
Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que
esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos; 1Pe.3.4,5
Tratando do mesmo assunto, Pedro cita as santas mulheres que esperavam em Deus.
A título de conhecimento, essas santas mulheres
usavam enfeites.
No cap. 24 do livro de Gênesis Abraão ao mandar
Eleazar buscar uma esposa para Isaque, manda com ele um pendente (brinco) e
duas pulseiras.
Esse costume dos tempos de Abraão não teve
reprovação de Deus.
As jóias são citadas na bíblia muitas vezes
como alegoria a coisas virtuosas
Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro
fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido atento. Pv 25.12
Formosas são as tuas faces entre os teus
[enfeites], o teu pescoço com os colares. Ct 1.10
Distorções bíblicas acerca do assunto
Algumas interpretações usadas para proibir o uso de jóias:
Os israelitas usaram as jóias para fazerem o bezerro
de ouro.
Objeção - Isso não quer dizer que as jóias se
tornaram em algo abominável, pois posteriormente as jóias também foram usadas
para oferta ao Senhor.
Assim vieram homens e mulheres, todos dispostos
de coração; trouxeram fivelas, e pendentes, e anéis, e braceletes, todos os
objetos de ouro; e todo o homem fazia oferta de ouro ao SENHOR. Ex 35.22
Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver. 1Pe 1.15
A RESPEITO DO CABELO E DO VÉU
Alguns grupos também proíbem a depilação e até o uso da barba ou bigode. Não comentaremos sobre isso pois não há nenhuma proibição bíblica . Os mestres que atam esses fardos terão que dar uma explicação ao Senhor quanto ao porque dessas proibições.
Um passeio em 1Co 11.1-16
Sendo
este o texto usado na polêmica da questão do cabelo, façamos uma exegese do
mesmo.
Começamos com algumas perguntas:
-
O Assunto tratado por Paulo era uma doutrina ou um costume?
-
A questão era de ética ou de salvação?
-
Devemos aderir aquele costume ou ao principio que nos é ensinado?
Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a
cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou
profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como
se estivesse rapada.
·
Paulo começa elogiando os corintios por reterem suas tradições e faz
mais recomendações, talvez por ter recebido informações quanto a conduta de
alguns no culto público.
·
O uso do véu era um costume de todos os orientais, independente de serem
ou não cristãos.
·
A instituição do véu não é originada da lei de Deus, e sim uma tradição
muito antiga e preservada até hoje em muitas culturas.
·
O ensino de Paulo não dizia respeito a salvação e sim ética cristã.
·
Não se trata de uma nova doutrina para a igreja, caso fosse assim
haveria uma contradição, visto que estava claramente definido o que seria
passado aos gentios. Note também que este ensino não se encontra nos 613
preceitos da lei nem nas palavras de Jesus Cristo. “Na verdade pareceu bem ao
Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas
necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do
sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se
vos guardardes. Bem vos vá. At 15.28,29”.
Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se
para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu.
·
O não uso do véu para mulher era vergonhoso pelo que ele representava;
principalmente na cidade de Corinto por sua importância comercial e pelo seu
paganismo. Nesta cidade havia um templo consagrado a Afrodite, neste lugar
serviam mil sacerdotisas prostitutas sem contar com os outros atos de
leviandade que atraía os comerciantes que lá passavam.
O PERIGO DA LIBERTINAGEM
Quando falamos de libertinagem, falamos da
falsa liberdade, da vida devassa, da falta de respeito quanto aos mandamentos
Divinos. Este é um outro extremo que presenciamos na Igreja do Senhor.
Uma igreja que pensa como o mundo, segue a
filosofia do mundo e menospreza os valores bíblicos.
Tudo isso aumenta assustadoramente, mas foi
predito na Palavra de Deus.
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias
sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos,
avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães,
ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados,
orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus 2Tm 3.1-4.
E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de
muitos esfriará. Mt 24.12
A prostituição da Palavra de Deus
Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que
fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!
As práticas libertinas têm levado cristãos a
transformarem antigas verdades em atuais mentiras e antigas mentiras em verdade
atuais. Pecados sendo defendidos, pecadores não arrependidos sendo tolerados em
seus postos ministeriais, etc...
A porta larga e o caminho espaçoso
Entrai pela porta estreita; porque larga é a
porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram
por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e
poucos há que a encontrem. Mt 7.13,14
O padrão bíblico da caminhada cristã sempre foi
e sempre será o mesmo! Estamos na contramão do mundo, somos diferentes do
mundo.
O
verbo temer está em toda a bíblia com as palavra hebraicas, “yare”, “pachad”,
“morah” e as palavras gregas “phobeo” e “phobos”. Todas elas indicam medo.
Isso não quer dizer que devamos ter medo de
Deus como um ser mau que quer nos destruir, mas devemos temer a ira de Deus, e
para isso, estarmos sempre debaixo de sua graça.
Ao
SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; e seja ele o vosso temor e seja ele o vosso assombro. Is
8.13
De
sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha
presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa
salvação com temor e tremor; Fp 2.12
TRADIÇÃO
Tradição (do latim: traditio, tradere = entregar; em grego, na acepção religiosa do termo, a expressão é paradosis παραδοσις) é a transmissão de práticas ou de valores espirituais de geração em geração, o conjunto das crenças de um povo, algo que é seguido conservadoramente e com respeito através das gerações.
Paulo
recomenda e ordena a manutenção da Tradição Oral. Em1 Cor 11,2, por exemplo,
lemos: “Eu vos felicito por vos lembrardes de mim em toda ocasião e
conservardes as tradições tais como eu vo-las transmiti”.
Paulo
está claramente recomendando que mantenham a tradição oral, e deve ser notado
em particular que ele congratula os fiéis por fazê-lo (Eu vos felicito...).
Também é explícito no texto o fato de que a integridade desta Tradição oral
apostólica era claramente mantida, da mesma forma como Nosso Senhor havia
prometido, sob o auxílio do Espírito Santo (cf. Jo 16,13).
Talvez o mais claro apoio bíblico para a Tradição oral seja (2 Ts 2,15) onde os cristãos são enfaticamente advertidos: “Assim, pois, irmãos, ficai inabaláveis e guardai firmemente as tradições que vos ensinamos, de viva voz ou por carta”.
Esta passagem é significante porque:
a) mostra uma tradição oral apostólica vivente,
b) diz que os cristãos estarão firmemente
fundamentados na fé se aderirem a estas tradições.
c) claramente afirma que estas tradições eram
tanto escritas como orais.
A Bíblia distintamente mostra aqui que as
tradições orais - autênticas e apostólicas em sua origem - deveriam ser
seguidas como componente válido do Depósito da Fé, então por quais razões ou
desculpas os protestantes a rejeitam? Com que autoridade podem rejeitar uma
exortação clara do apóstolo Paulo?
Além
do mais, devemos considerar o texto desta passagem. A palavra Gr. krateite,
traduzida aqui como “guardar”, significa
“estar firme”, “forte”, “prevalecer”. Esta linguagem é enfática, e
demonstra a importância da manutenção destas tradições. Obviamente, devemos
diferenciar o que seja Tradição (com T maiúsculo), que é parte da revelação
divina, das tradições da Igreja (com t minúsculo) que, mesmo que sejam boas,
desenvolveram-se tardiamente e não fazem parte do Depósito da Fé.
A
tradição para o cristão tal como o costume, precisa estar abalizados com
doutrinas da igreja de Cristo.
A Igreja de Cristo
Credos da Igreja
As
afirmações que se seguem, especificam claramente a posição do nosso ensino
quanto às principais Doutrinas Bíblicas e que, portanto, providenciam as bases
do currículo e da instrução do Instituto Bíblico das Assembléias de Deus –
IBAD.
Esta
declaração de fé oferece também um modelo e escudo protetor que visa preservar
a Instituição e seus alunos contra desvios teológicos.A base do nosso Credo e
Ensino são a Bíblia Sagrada e as doutrinas criadas e postuladas pela Igreja.
1)-A Bíblia
Nós
ensinamos que as Sagradas Escrituras são a revelação escrita de Deus para o
homem e assim, os sessenta e seis livros da Bíblia que nos foi dado pelo
Espírito Santo, constituem a plena Palavra de Deus ( I CO 2.7-14; II Pe
1.20,21). Nós ensinamos que a Bíblia é verbalmente inspirada em cada palavra
(II Tm 3.16) e absolutamente inerrante e inspirada e infalível.Ensinamos que a
interpretação das Escrituras deve ser feita sob ótica literal,
gramática-histórica, com exceção dos trechos que clara e irrefutavelmente
indicam ser simbólicos. Ensinamos que
a Bíblia constitui a única regra infalível de fé e prática (Mateus 5.18; 24,35;
JO 10.35; 16.12,13; 17.17; I CO 2.13; II Tm 3.15-17; Hb 4.12: II Pe 1.20,21).
Nós ensinamos que Deus falou em Sua Palavra escrita Inspirada pelo Espírito
Santo através de um processo de dupla autoria.
2)-Deus
Nós
ensinamos que há um só Deus vivo e verdadeiro (Dt 6.4; Is 45.5-7; I Co 8.4), um
Ser Infinito e Conhecedor de todas as coisas. Perfeito em todos os seus
atributos; Um em essência, mas eternamente existente em três pessoas – Pai,
Filho e Espírito Santo (Mt 28.19; II Co 13.14), cada um merecedor igualmente de
adoração e obediência
.
3)-Deus Pai
Nós
ensinamos que Deus Pai, a primeira pessoa da Trindade, ordena e dispõe todas as
coisas de acordo com o seu propósito e graça (Sl 145. 8-9: I Co 8.6). Ele é o
Criador de todas as coisas (Gn 1.1-31; Ef 3.9). Como o Único, o Absoluto e Onipotente
Regente do universo, Ele é Soberano na criação, na providência e redenção (Sl
103.19; Rm 11.36).
4)-Deus Filho
Nós
ensinamos que Jesus Cristo, a segunda pessoa da Trindade, possui todas as
prerrogativas divinas, sendo Co-igual, Consubstancial e Co-Eterno com o Pai (Jo
14.9). Nós ensinamos que o Deus Pai criou os Céus e a terra e tudo o que neles
há, de acordo com a Sua vontade, através de Seu Filho, Jesus Cristo, por quem
todas as coisas continuam a existir e a operar (Jô 1.3; Cl 1.15,17; Hb 1.2).Nós
ensinamos que na encarnação Deus tornou-se homem. Ele colocou de lado todas as
prerrogativas da sua Deidade, tomando a forma de servo, mas sem deixar de
possuir, em Sua vida terrena, a totalidade da essência Divina.
5)-Deus, Espírito Santo
Ensinamos
que o Espírito Santo é uma pessoa Divina, eterna, infinita, possuindo todos os
atributos de uma personalidade da Deidade, incluindo intelecto (I Co 2.10,13),
emoção (Ez 4.30), vontade (I Co 12.11); eternidade
(Hb
9.14); onipresença (Sl 139.7-10); onisciência (Is 40.13,14); onipotência (Rm
15.13); e verdade (Jo 16.13). Em todos os divinos atributos, Ele é Co-igual e
Consubstancial com o Pai e o Filho (Mt 28.25,26; I Co 12.4-6; 2Co 13.14;
Hb 10.15-17), que Ele é Deus (At 5.3,4).
Ensinamos que um trabalho singular do Espírito Santo começou no
Pentecostes, quando Ele veio do Pai como uma promessa de Cristo (Jo 14.16,17;
15.26) para iniciar e completar a edificação do Corpo de Cristo (I Co 12.13).
6)-O Homem
Ensinamos que o homem foi criado por Deus em sua imagem e semelhança. O
homem foi criado livre do pecado, com uma natureza racional, intelectual,
volitiva e moralmente responsável perante Deus. (Gn 2.7; 15.25; Tg 3.9). Ensinamos que a intenção de Deus na criação
do homem foi que este pudesse glorificá-lo, mantendo comunhão com Ele e fazendo
a Sua vontade (Is 43.7; Cl 1.16; Ap 4.11).Ensinamos que no pecado de
desobediência de Adão, o homem perdeu sua inocência, trazendo a penalidade da
morte física e espiritual, tornando-se merecedor da ira de Deus. Assim a queda
de Adão deixou o homem totalmente incapaz de escolher ou fazer o que é
aceitável diante de Deus.
7)-Salvação
Ensinamos que a salvação é totalmente pela graça de Deus, fundamentada
na redenção de Jesus Cristo, no mérito do seu sangue derramado, e não por
méritos pessoais ou obras (Jo 1.12; Ef 1.7; 2.8-10; I Pe 1.18,19).
Ensinamos que a justificação (Rm 8.33) é um ato pelo qual Deus declara
justos todos aqueles que através da fé em Jesus arrependeram-se dos seus
pecados (Lc 13.3; At 2.38; 3.19; 11.18; Rm 2.4; II Co 7.10; Is 55.6,7) e
confessam-no como Soberano Senhor (Rm 10.9,10; I Co 12.3; II Co 4.5; Fp 2.11).
Esta
justiça é separada de qualquer virtude ou obra humana (Rm 3.20; 4.6), e
consiste em aceitar o sacrifício vicário de Jesus para a redenção dos nossos
pecados (Cl 2.14; I Pe. 2.24) e imputar a justiça de Cristo a nós (I Co 1.30;
II Co 5.21).Ensinamos que a regeneração é um trabalho sobrenatural do Espírito
Santo através do qual uma natureza e uma vida divina é dada (Jo 3.3-7-Tt 3.5).
8)-A Igreja
Ensinamos que todo aquele que colocar sua fé em Jesus Cristo, fará parte
imediatamente da unidade do seu Corpo Espiritual, a Igreja (I Co 12.12,13), a
qual é também chamada sua noiva (II Co 11.2; Ef 5.23-32; Ap 19.7,8); e da qual
Cristo é a cabeça (Ef 1.22; 4.15; Cl 1.18).
Ensinamos que a Igreja, o Corpo de Cristo, começou formalmente no dia de
Pentecostes (At 2.1-21, 38-47) e Ela estará de pé (Mt 16.18) até que Cristo
venha, e haja o seu rapto (I Co 15.51,52; I Ts 4.13-18).
Ensinamos que a Igreja é um organismo espiritual designado por Cristo,
formada por todos os nascidos de novo na presente época (Ef 2.11 – 3.6). Entendemos que o estabelecimento e a
continuidade das Igrejas locais é ensinada no Novo Testamento (At 14.23,27;
20.17,28; Cl 1.2; Fp 1.1; I Ts 1.1; II Ts 1.1).
Ensinamos que os líderes devem dirigir a Igreja como servos de Cristo
(ITm 5.17-22). E como eles tem a autoridade divina na direção da Igreja,
espera-se que a congregação se submeta à sua liderança (Hb 13.7,17).
Ensinamos como padrão o sistema eclesiástico hierárquico utilizado pela
Assembléia de Deus no Brasil. Os vínculos organizacionais se articulam a partir
do nível municipal (igreja local – sede e suas congregações), nível estadual
(Convenção Estadual), nível nacional (C.G.A.D.B.), nível internacional.
Concílio Geral das Assembléias de Deus
9)-Os Anjos
Ensinamos que os anjos são seres criados, não devem portanto ser
adorados. Foram criados para servir e adorar a Deus (Lc 2.9-14; Hb 1.6,7,14;
2.6,7; Ap 5.11-14; 19.10; 22.9).Ensinamos que Satanás também é um anjo criado e
autor do pecado.
10)-O Inferno
Ensinamos que o inferno é um lugar real e que é
a habitação e a condição final dos pecadores. Assim como o céu é um lugar,
tendo sua localização difinida, assim também é o inferno. Isso é visto pelo
fato que é representado como possuidor de habitantes. Seus habitantes possuem
alma e corpo (Lc 16,28; Ap 20.14; 21.8).
Escatologia
11)-A Morte
Ensinamos que a morte é a separação entre a alma e o corpo (Fp 1.23), e
nela não está envolvida a perda da consciência imaterial (Ap 6.9-11), pois a
alma do redimido passa imediatamente à presença de Cristo (Lc 23.4; Fp 1.23; II
Co 5.8).
Esta
separação continuará até o rapto da igreja (I Ts 4.13-17), onde se dará a
primeira ressurreição e onde ocorrerá a reunificação da nossa alma e corpo, os
quais serão glorificados para sempre (Fp 3.21; I Co 15.35-44,50-54). Até aquele
momento da glorificação, as almas dos redimidos em Cristo estarão gozando da
comunhão com Ele (II Co 5.8).
12)-O Rápto da Igreja
Ensinamos o retorno pessoal e corporal do Senhor Jesus Cristo antes dos
sete anos da tribulação (I Ts 4.16; Tt 2.13), para transladar Sua Igreja da
Terra (Jo 14.1-3; I Co 15.51-53; I Ts 4.15; 5.11), é entre esse evento de Seu
retorno glorioso com os Santos, no fim do período da tribulação, que haverá o
galardoamento dos crentes de acordo com suas obras, no evento que chamamos de
“Bodas do Cordeiro” (I Co 3.11-15; II Co 5.10).
13)-A Tribulação:
Ensinamos que imediatamente após a remoção da Igreja da Terra (Jo
14.1-3; I Ts 4.13-18), iniciará um período de julgamento divino sobre o mundo
descrente (Jr 30.7; Dn 9.23;12.1; II Ts 2.7-12; Ap 16). Este julgamento findará
com o retorno de Cristo em glória (Mt 24.27-31; 25.31-46).
14)-A Segunda Vinda e o Milênio
Ensinamos que, após o período da Tribulação, Cristo retornará à Terra e
ocupará o trono de Davi (Mt 25.31; Lc 1.31-33; At 1.10-11; 2.29-30) e
estabelecerá Seu Reino Messiânico por mil anos (Ap 20.1-7). Durante esse tempo,
os Santos ressurretos reinarão com Ele sobre as nações (Ez 37.21-28; Dn
7.17-22; Ap 19.11,16).
15)-O Julgamento dos Perdidos
Ensinamos que após o Milênio, Satanás será
solto (Ap 20.7), e enganará as nações da terra e as arregimentará à guerrearem
contra os santos e a cidade amada. Neste ponto, Satanás e seu exército serão
destruídos por fogo vindo do céu (Ap 20.9). A seguir Satanás será lançado no
lago de fogo e enxofre (Mt 25.41; Ap 20.10). E então Cristo, que é o juiz de
todos os homens (Jo 5.22), julgará no Grande Trono Branco, os grandes e
pequenos que ressuscitarão para serem julgados.Esclarecemos que esta é a
ressurreição para julgamento dos que morreram sem salvação (Rm 14.10-13). Todos
os ressurretos aqui serão julgados e condenados a uma punição consciente e
eterna no lago de fogo (Mt 25.41; Ap 20.11-15).
16)-A Eternidade
Ensinamos que, após o julgamento dos não salvos
(Ap 20.7-15), os elementos desta terra serão destruídos (II Pe 3.10) e
aparecerá um novo céu e uma nova terra onde habita a justiça (Ef 5.5; Ap 20.15,
21,22). A seguir, a Nova Jerusalém descerá dos céus (Ap 21.2) e será o local de
habitação dos santos, onde gozarão a eterna comunhão com Deus (Jo 17.3; Ap
21.22).
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