FINAL DOS TEMPOS
Escatologia
Das muitas perguntas que se deparam ao estudioso de escatologia, nenhuma é
mais importante que a questão do método empregado na interpretação das Escrituras
proféticas.
A adoção de diferentes métodos de interpretação produziu as várias posições
escatológicas e dá conta das diversas concepções de cada sistema em desafio
ao estudioso da profecia. As diferenças básicas entre a escola pré-milenarista
e a amilenarista e entre os defensores do arrebatamento pré-tribulacionalista
e os do pós-tribulacionalista são hermenêuticas, provenientes da adoção de
métodos de interpretação divergentes e inconciliáveis. Um antigo método de interpretação que passou por um reavivamento nos últimos tempos é o método alegórico.
Uma alegoria (Gr. αλλος, allos, "outro", e
αγορευειν, agoreuein, "falar em público") é uma
figura de linguagem, mais especificamente de uso retórico, que produz a virtualização do
significado, ou seja, sua expressão transmite um ou mais sentidos que o da
simples compreensão ao literal. Diz b para
significar a. Uma alegoria não precisa ser expressa no texto
escrito: pode dirigir-se aos olhos e, com freqüência, encontra-se na pintura, escultura ou
noutras formas de linguagem.
Embora opere de maneira semelhante a outras figuras retóricas, a alegoria vai
além da simples comparação da metáfora.
A fábula e a parábola são exemplos genéricos (isto é,
de gêneros textuais) de aplicação da alegoria, às vezes acompanhados de uma
moral que deixa claro a relação entre o sentido literal e o sentido figurado. A) A
definição do método alegórico. Angus e Green definem alegoria da seguinte forma: Qualquer
declaração de supostos fatos que aceita interpretação literal e, no entanto,
requer ou simplesmente admite interpretação moral ou figurada, é
chamada alegoria.
E para a narrativa ou para a história o que as figuras de linguagem são para
as palavras simples, adicionando ao sentido literal dos termos empregados um
sentido moral ou espiritual. Às vezes a alegoria é pura, ou
seja, sem referência direta à sua aplicação, como na história do filho
pródigo. Às vezes é mista, como no salmo 80, em que simplesmente se insinua
(v. 17) que os judeus são o povo que a videira tem por objetivo representar. B) Os perigos
do método alegórico. o método alegórico é repleto de perigos que o tornam inaceitável ao
intérprete da Palavra. 1º) O
primeiro grande perigo do método alegórico é que ele não interpreta as
Escrituras.
Terry afirma: ... será
imediatamente percebido que seu hábito é desprezar o significado comum das
palavras e dar asas a todo tipo de especulação fantasiosa. Ele
não extrai o sentido legítimo da linguagem de um autor, mas insere nele todo
tipo de extravagância ou fantasia que um intérprete possa desejar. Como
sistema, portanto, ele se coloca além de todos os princípios e leis bem
definidos. Existe [...] uma
liberdade ilimitada para a fantasia, basta que se aceite o princípio, e a
única base da exposição encontra-se na mente do expositor.
2º) A
citação anterior deixa prever, também, um segundo grande perigo no método
alegórico. A autoridade
básica da interpretação deixa de ser a Bíblia e passa a ser a mente do
intérprete. A interpretação pode então ser distorcida pelas posições
doutrinárias do intérprete, pela autoridade da igreja à qual ele pertence,
por seu ambiente social e por sua formação ou por uma enormidade de fatores.
Jerônimo ... reclama que o
estilo mais errôneo de ensino é corromper o sentido das Escrituras e arrastar
sua expressão relutante para nossa própria vontade, produzindo mistérios
bíblicos a partir de nossa própria imaginação. 3º) Um
terceiro grande perigo do método alegórico é que não há meios de provar as
conclusões do intérprete. Ramm, citado
anteriormente, afirma: Ele não pode estar
seguro de coisa alguma, exceto do que lhe for ditado pela igreja, e em todas
as eras a autoridade da "igreja" tem sido falsamente reivindicada
pela presunçosa tirania das falsas opiniões dominantes.
Assim, os grandes perigos inerentes a esse sistema são a eliminação da
autoridade das Escrituras, a
falta de bases pelas quais averiguar as interpretações, a redução das
Escrituras ao que parece razoável ao intérprete e, por conseguinte, a
impossibilidade de uma interpretação verdadeira das Escrituras. C) O
uso da alegoria no Novo Testamento. Para justificar o uso do método alegórico, freqüentemente se argumenta
que o próprio Novo Testamento o emprega, por isso, só pode tratarse de um
método justificável de interpretação. 1º) Em
primeiro lugar, faz se referência a Gálatas 4.21 31, em que o próprio Paulo
teria usado o método alegórico. Quanto a esse suposto emprego da alegoria.
Farrar observa: ... alegoria que
de alguma forma se assemelhe às de Filo, ou à dos pais, ou à dos
escolásticos, só consigo encontrar uma no Novo Testamento [Gl 4.21-31]. Ela
pode ter sido usada por Paulo como simples argumento ad
hominem; não é, de maneira alguma, essencial ao argumento; não tem
uma partícula de força demonstrativa e, além de tudo, deixa
intocada a história real. No entanto, seja qual for nossa opinião sobre a
passagem, a ocorrência de uma alegoria na epístola de Paulo não sanciona a
aplicação universal do método, assim como umas poucas alusões
neo-testamentárias a Hagada [*Conjunto de tradições narrativas e
interpretativas judaicas, algumas delas lendárias, associadas às narrativas
do Antigo Testamento. (N. do T.)] não nos obrigam a aceitar todos os Midrashim
[** Interpretações rabínicas em que sentidos secundários e esotéricos
eram propostos para passagens do Antigo Testamento. (N. do T.)] rabínicos, nem
umas poucas citações de poetas gregos provam a autoridade divina dos escritos
pagãos... 2º) O
segundo argumento para justificar o método alegórico é o uso que o Novo
Testamento faz de tipos. Sabe-se que o Novo Testamento faz uma aplicação
tipológica do Antigo. Com base
nisso, argumenta-se que o Novo Testamento emprega o método alegórico de
interpretação, afirmando-se que a interpretação e o uso de tipos constituem o
método alegórico de interpretação.
Allis argumenta:
...Embora os dispensacionalistas sejam literalistas extremados, são também incoerentes. São
literalistas ao interpretar profecia. Na interpretação da história, todavia,
levam o princípio de tipificação a um extremo que raramente foi alcançado
sequer pelo mais ardente alegorista.
Sentido literal é
o sentido próprio da palavra ou expressão, compreendido sem ajuda do
contexto. Uma
palavra ou enunciado em sua forma usual, adquire valor denotativo. Por exemplo: Fomos à floricultura e compramos uma flor. Nesse
caso, flor possui o mesmo sentido apresentado no dicionário, o que se entende
sem que seja necessário uma análise do termo no contexto em que está inserido. Em
oposição direta ao método alegórico de interpretação encontra-se o método
literal ou histórico-gramatical. A) A definição do método literal. O método literal de interpretação é o que dá a cada palavra o mesmo
sentido básico e exato que teria no uso costumeiro, normal, cotidiano,
empregada de modo escrito, oral ou conceitual.
Chama-se método histórico-gramatical para ressaltar o conceito de que o
sentido deve ser apurado mediante considerações históricas e gramaticais. O
sentido "literal" de uma palavra é o seu significado
básico, costumeiro, social. O
sentido espiritual ou oculto de uma palavra ou expressão é o que deriva do
significado literal e dele depende para sua existência. Interpretar
literalmente significa nada mais, nada menos que interpretar sob o aspecto
do significado normal, costumeiro. Quando o manuscrito
altera seu significado, o intérprete imediatamente altera seu método de
interpretação. B) As evidências a favor do método literal. Podem-se apresentar fortes evidências em apoio ao método literal de
interpretação.
Ramm aposenta um resumo abrangente. Ele diz: Em defesa da abordagem literal, podemos sustentar que: a) O sentido
literal das frases é a abordagem normal em todas as línguas [...] b) Todos os
sentidos secundários de documentos, parábolas, tipos, alegorias e símbolos dependem,
para sua própria existência, do sentido literal prévio dos termos [...] c) A maior
parte da Bíblia tem sentido satisfatório se interpretada literalmente. d) A
abordagem literalista não elimina cegamente as figuras de linguagem, os símbolos, as
alegorias e os tipos; no entanto, se a natureza das frases assim exigir, ela
se presta prontamente ao segundo sentido. e) Esse
método é o único freio sadio e seguro para a imaginação do homem. f) Esse
método é o único que se coaduna com a natureza da inspiração. A inspiração
completa das Escrituras ensina que o Espírito Santo guiou homens à verdade e
os afastou do erro. Nesse processo, o Espírito de Deus usou a linguagem, e as
unidades de linguagem (como sentido, não como som) são palavras e
pensamentos. O pensamento é o fio que une as palavras. Portanto, nossa
própria exegese precisa começar com um estudo de palavras e de gramática, os
dois elementos fundamentais de toda linguagem significativa.
Tomada como evidência, essa pressuposição favorece a interpretação literal,
pois um método
alegórico de interpretação turva-ria o sentido da mensagem entregue por Deus
ao homem. O
fato de que as Escrituras continuamente remetem para interpretações literais
e o que foi anteriormente escrito serve de prova adicional quanto ao método a
ser empregado para interpretar a Palavra. C) As vantagens do método literal. Há certas vantagens neste método que o tornam preferível em relação ao alegórico. Resume algumas
delas: a) Baseia a
interpretação em fatos. Procura estabelecer-se sobre dados
objetivos — gramática, lógica, etimologia, história, geografia, arqueologia,
teologia [...] b) Exerce
sobre a interpretação um controle semelhante ao que a experiência exerce sobre o
método científico [...] a justificação é o controle das
interpretações. Qualquer coisa que não se conforme aos cânones
do método literal-cultural-crítico deve ser rejeitada ou vista
com suspeita. Além disso, esse método oferece a única
fiscalização fidedigna para a constante ameaça de aplicar uma
interpretação de duplo sentido às Escrituras [...] c) Tem obtido
o maior sucesso na exposição da Palavra de Deus. A exegese não
começou a sério até a igreja já ter mais de um milênio e meio de idade. D) O método literal e a linguagem
figurada. Todos
reconhecem que a Bíblia está repleta de linguagem figurada. Com base nisso,
muitas vezes afirma-se que o uso de linguagem figurada exige interpretação
figurada. Figuras de linguagem, no entanto, são usadas como meios de revelar
verdades literais. O que
é literalmente verdadeiro em determinado campo, com o qual estamos
familiarizados, é transposto literalmente para outro campo, com o qual talvez
não estejamos tão familiarizados, para nos ensinar alguma verdade nesse campo
menos conhecido.
Dentre os pares terminológicos escolhidos para designar as duas grandes
escolas de exegetas proféticos, nenhum poderia ser mais infeliz que literal e espiritual. Esses
termos não são antitéticos, nem retratam da maneira devida as peculiaridades
dos respectivos sistemas para cuja caracterização são utilizados. São
indiscutivelmente enganosos e tendenciosos. Literal não é antônimo de espiritual, mas de
figurado; espiritual está em antítese, por um lado, a material e,
por outro, a carnal (num mau sentido). O
(chamado) literalista não é quem nega o uso na profecia
de linguagem figurada ou de símbolos; tampouco
nega que grandes verdades espirituais se-jam ali propostas;
sua posição é, simplesmente, que as profecias devem ser interpretadas normalmente (i.e.,
de acordo com as leis aceitas da Linguagem) como quaisquer outros
pronunciamentos considerando-se como tal qualquer que seja
manifestamente figurado. E) Algumas objeções ao método
literal. Allis aponta três
objeções ao método literal de interpretação: 1) A
linguagem da Bíblia muitas vezes contém figuras de linguagem. É o caso sobretudo da poesia [...] Na poesia dos Salmos, no estilo elevado da profecia e mesmo na simples narrativa histórica, surgem figuras de linguagem que obviamente não tinham o propósito de ser entendidas literalmente, e não podem sê-lo. 2) O grande
tema da Bíblia é Deus e Seus atos redentores para com a humanidade. Deus é Espírito; os ensinos mais preciosos da Bíblia são espirituais, e essas realidades espirituais e celestiais são muitas vezes apresentadas sob a forma de objetos terrenos e relacionamentos humanos [...] 3) O fato de
que o Antigo Testamento é ao mesmo tempo preliminar e preparatório ao Novo
Testamento é tão óbvio que dispensa prova. Ao remeter os crentes de Corinto,
a título de advertência, aos acontecimentos do Êxodo, o apóstolo Paulo
declarou que aquelas coisas lhes haviam sobrevindo como "exemplos"
(tipos). Isto é, prefiguravam coisas por vir. Isso confere a muito do que está
no Antigo Testamento significância e importância especiais [...] Tal
interpretação reconhece, à luz do cumprimento no Novo Testamento, um sentido mais
profundo e muito mais maravilhoso nas palavras de muitas passagens do Antigo
Testamento do que aquele que, tomadas em seus antecedentes
veterotestamentários, elas parecem possuir. A)- Este curso é uma introdução ou visão geral de escatologia, o estudo do Fim dos Tempos, elaborado para informar sobre as tendências, as pessoas e os eventos mais importantes e proeminentes no Fim dos Tempos. B)- Não
estou pedindo que aceite minha visão, mas ao invés disto, eu os motivo a
desafiá-la com intensidade e ousadia à medida que recusa qualquer idéia que
não consegue ver claramente por si mesmo na Bíblia. A verdade nunca é
ferida quando é examinada cuidadosamente, porém, ela é confirmada. Quando temos a
verdade somos sustentados por ela, até em tempos de aflição. Os antigos diziam
“seja um bereano”. Esta postura é
bastante apropriada quando estudamos a
liderança escatológica de Jesus. Os bereanos examinavam as Escrituras a fim
de verificar a veracidade das coisas que Paulo ensinava (At 17:10-11). 11 Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim. (At 17:11) C)- Gaste tempo discutindo este assunto em pequenos grupos, para examinar juntos as Sagradas Escrituras. O processo de aprendizagem é multiplicado quando se dialoga as diversas idéias junto com outras pessoas famintas pela verdade. D)- Se você
é um novato no estudo do Fim dos Tempos, prepare-se para o fato que o Jesus
visto em diversos textos bíblicos é muito diferente do Jesus que muitas
pessoas da Igreja no ocidente O visualizam. Jesus
não é um Papai Noel celestial comprometido em tornar a vida fácil para as
pessoas durante esta era. Ele é um Rei-Guerreiro muito zeloso, que está vindo
para estabelecer a glória do Seu Pai (Ez 36:22-23), vindicar Sua noiva
perseguida (Ap 19:2) e substituir todos os governos malignos da terra.
Portanto, Ele matará multidões de pessoas e esmagará as nações hostis que
recusam a Sua liderança, à medida que Ele toma posse do controle da liderança
de toda terra (Sl 2:8-9; 110:6; Is 63:1-6; Ap 14:20). É muito importante ficarmos fieis ao que a Bíblia nos diz, e não às nossas tradições cristãs e sentimentos religiosos. O
ponto de maior controvérsia deste curso encontra-se na convicção de que a
Igreja estará presente na terra durante a Tribulação (sendo vitoriosa e
operando com grande poder). Isto difere com a visão popular do
arrebatamento pré-tribulação, no qual ensina que a Igreja será arrebatada a
qualquer momento, ficando de fora e não participando do grande avivamento e
da crise mundial que haverá no Fim dos Tempos. Sim,
a Bíblia ensina que a Igreja será arrebatada. Porém, a questão é quando isto
acontecerá. A Igreja será arrebatada no final da tribulação, e não no início
dela. FUNDAMENTOS
BÍBLICOS DE ESCATOLOGIA:
Devemos honrar a genuinidade, sinceridade e sabedoria de muitas pessoas
convencidas da visão do arrebatamento pré-tribulação. Entretanto, esta visão
é um erro sério, pois deixará multidões de pessoas despreparadas e ofendidas
com Jesus durante o tempo de grande crise mundial e de avivamento. Nós
devemos adquirir a teologia escatológica da Bíblia e não das tendências
populares.
Podemos discordar desta visão, e assim fazemos, porém em espírito de amor e
mansidão, e não no espírito de debate. A realidade do Arrebatamento e da
Grande Tribulação é muito mais importante do que reduzi-las simplesmente a um
espírito argumentador.
2 – Porque estudar o Fim dos
Tempos ? 4 RAZÕES PORQUE A
GERAÇÃO DA VOLTA DE JESUS É ÚNICA E SEM IGUAL. A)-Primeiro, nós devemos estudar o Fim dos Tempos porque a geração da volta de Jesus é a geração mais dramática de toda história humana, incluindo dois grandes extremos. Antes da volta de Jesus, as nações testemunharão o maior avivamento e as mais severas pressões (os juízos de Deus, a fúria de Satanás e os pecados humanos) jamais vistas. B)- Segundo, nós devemos estudar o Fim dos Tempos porque a geração da volta de Jesus é a geração que o coração e a liderança de Jesus mais se manifesta abertamente às nações. Os quatro Evangelhos (totalizando 89 capítulos) registram o coração e o poder de Jesus durante a Sua primeira vinda, quando completou e consumou a nossa redenção. De form similar, os textos
bíblicos escatológicos (cerca de 150 capítulos) revelam o coração e o poder
de Jesus, enquanto toma posse da liderança de toda terra durante a Sua
Segunda Vinda. Em outras palavras, os quatro Evangelhos e as passagens bíblicos escatológicas revelam o mesmo Jesus e o mesmo poder através do mesmo Espírito na mesma Bíblia. Por exemplo, o livro de Apocalipse é chamado da “Revelação de Jesus Cristo”, porque revela o coração, o poder e a liderança de Jesus. O livro de Apocalipse não é um livro opcional para a Igreja. 1 Revelação
de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos ... (Ap 1:1) C)- Terceiro,
nós devemos estudar o Fim dos Tempos porque a geração da volta de Jesus é a
geração mais referida e citada na Bíblia. A Bíblia possui aproximadamente 150
capítulos cujo tema principal é o Fim dos Tempos. As Sagradas Escrituras
revelam informações divinas importantes sobre o Fim dos Tempos. Jesus fez
mais citações da última geração da história natural do que a própria geração
que Ele vivia. Ele fez isto com o intuito de preparar a Sua Noiva para ser
vitoriosa, em amor e poder, durante o período de tempo mais dramático da história mundial. D)- Quarto,
nós devemos estudar o Fim dos Tempos porque a geração da volta de Jesus é a
geração que Deus escolheu revelar e anunciar sinais proféticos, crescentes em
intensidade, à medida que se aproxima da Sua volta. Estes sinais proféticos
incluem sinais sobrenaturais nos céus, tendências na sociedade e
desenvolvimentos políticos, militares, religiosos, científicos, tecnológicos
e econômicos. Deus considera o entendimento dos sinais proféticos como uma
sabedoria (Ap 13:18; 17:9). Não é uma questão de mera curiosidade, mas
sim, uma questão de vida ou morte. E)- A Bíblia
exige que as pessoas vivas na geração da volta do Senhor saibam que estão
vivendo nesta geração, além de corresponderem e se prepararem
apropriadamente. Jesus e Paulo enfatizaram a habilidade de discernir e
conhecer os sinais proféticos do Fim dosTempos (Mt 24:32-34; Lc 21:25-29; 1
Ts 5:1-6; 2 Ts 2:1-11 F)- Deus
prometeu demonstrar sinais proféticos na geração da volta de Jesus, como uma
expressão de Sua misericórdia, a fim das pessoas se prepararem para o que
está por vir. Estes
sinais proféticos servem para a Igreja como uma estação do tempo, que
sinaliza e antecipa as tempestades, para que pessoas possam se preparar e
salvar suas vidas e de outros. Considere o exemplo do tsunami no sudeste
asiático causado pelo terremoto de Sumatra no dia 26 de dezembro de 2004. Se
as pessoas soubessem uma hora antes que o tsunami estaria vindo, muitos
pessoas que morreram poderiam ter sido salvas.
3 - Mentiras relacionadas a
Escatologia. QUATRO MENTIRAS
COMUNS RELACIONADAS ÀS PROFECIAS ESCATOLÓGICAS Mentira
n° 1: As profecias escatológicas não são relevantes, somente os
curiosos vêem relevância.
Conhecer e entender o Fim dos Tempos é a peça-chave que irá preparar a Igreja
ser vitoriosa quando
experimentar a maior e extrema glória e pressão da história. A Igreja, então, será provida de uma bússola na tempestade. Naquele dia, conhecer e entender o Fim dos Tempos será uma questão de vida ou morte para muitas pessoas. Nós devemos interpretar corretamente a crise, e então, poder explicá-la à maioria das pessoas.
Conhecer as Escrituras nos torna mais confiantes na soberania de Deus e nos
dá certeza da vitória. Revela-nos a beleza de Jesus e providencia-nos o
“combustível” para o mover de oração e adoração. Mentira n°
2: A maioria das profecias escatológicas devem ser
interpretadas simbolicamente, ao
invés do entendimento literal. Os
eventos e os números descritos no livro de Apocalipse devem sim ser
entendidos de forma literal, a não ser que identificados especificamente como
simbólicos pela própria Escritura Sagrada.
(Ap 1:20; 5:6; 11:8; 12:1, 3, 9; 17:7, 9). Mentira n°
3: As profecias relativas escatológicas são
impossíveis de entender, somente os estudiosos e os teólogos podem. As
passagens bíblicos escatológicas foram escritos para serem
compreendidos por todas as pessoas, uma vez que foram escritos para todas as
nações. A grande maioria
das pessoas durante a história eram camponeses e não possuíam instrução
intelectual. Não é verdade que os textos bíblicos escatológicos são
complicados e difíceis. Todo
cristão pode e deve compreender o livro de Apocalipse e as profecias
relativas ao Fim dos Tempos. Não são literaturas opcionais escritas somente
para cristãos excêntricos. Mentira n °
4: Todas as gerações da Igreja acreditavam que eram
a última geração. É
verdade que um grupo muito pequeno (provavelmente menos que 1%) de cada
geração acreditava que estava no tempo do fim. Somente na geração dos
primeiros apóstolos existia um consenso entre a maioria do povo de Deus que
estavam da geração da volta de Jesus. Isto está começando a acontecer
novamente no Corpo de Cristo ao redor do mundo, pela segunda vez na história.
Podemos crer que estamos vivendo nos estágios iniciais do Fim dos
Tempos, porém, se a Grande Tribulação seguida da Segunda Vinda de Jesus
começará daqui a 5 ou 50 anos, não sabemos. Provavelmente, está mais perto de
50 do que 5 anos.
4 – As Principais Pessoas e
Eventos. AS
PRINCIPAIS PESSOAS E EVENTOS POSITIVOS NO FIM DOS TEMPOS A)- O
principal tema profético escatológico é a Segunda Vinda de Jesus para
estabelecerSeu Reino Milenar sobre a terra. (Ap 19:11-21; Zc 14; 1 Ts 4-5; Mt 24; Lc
21; Mc 13). 1- Ao
retornar e habitar permanentemente sobre a terra, Jesus aparecerá fisicamente
nos ares à vista de todas as pessoas. Ele assentará no Seu Trono e governará,
será o Rei sobre todos os outros reis da terra (Ap 19:15-16). Ele
estabelecerá Seu Reino na terra como é no Céu. 10 venha o
teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; (Mt 6:10) 2- O
próximo estágio no plano de Deus será o governo do Rei Jesus sobre toda terra
porum período de 1.000 anos (Ap 20:4-6).Será o Reino Milenar de Cristo. O
termo milênio provem do Latim “mille” (mil) e “annus” (ano). 3- 6
… serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos. (Ap
20:6) 4- Jesus
governará o mundo inteiro de Jerusalém em perfeita justiça e paz contínua,
enquanto restaura a terra às condições do Jardim do Éden. Jesus estabelecerá
a justiça, e o Seu Reino afetará a terra em todas as esferas da vida
(política, econômica, educacional, agrícola, familiar, mídia, artística,
tecnológica, ambiental, social, etc.). (Ap 20:1-6; Is 2:1-4; 9:6-9; 11:1-16;
51:1-8; 60-62; 65:17-25; Sl 2; 110; Mt 6:10; 17:11; 19:28; 28:19; At 3:21). 17 Naquele
tempo, chamarão a Jerusalém de Trono do SENHOR; nela se reunirão
todas as nações em nome do SENHOR e já não andarão segundo a dureza do
seu coração maligno. (Jr 3:17) 5- Os
cristãos ressuscitados com corpos glorificados reinarão juntos com Jesus sobre
osgovernos da terra durante o milênio. (Ap 2:26-27; 3:21; 5:10; 20:4-6; 22:5;
Mt 19:28;20:21-23; 25:23; Lc 19:17-19; 22:29-30; 1 Cor. 6:2-3; 2 Tm 2:12; Rm
8:17).
B)- O
Arrebatamento da Igreja acontecerá, à media que Jesus “apanha” ou
“captura” os cristãos aos céus (ares) de uma extremidade a outra. O
Arrebatamento não será um evento secreto, porém, um evento muito dramático
testemunhado por todas as pessoas da terra, cristãos e não-cristãos, acontecendo
no contexto da Segunda Vinda de Jesus no final da Tribulação (1 Ts 4:13-5:11;
Ap 11:15-18). Quase todos os cristãos da história concordam com o fato do
acontecimento do Arrebatamento, porém a ocorrência antes da Tribulação é um
grande erro que traz muita confusão às muitas pessoas, além de deixar
multidões de pessoas despreparadas quando vier o tempo da grande crise e
pressão. Devemos honrar a genuinidade, sinceridade e a sabedoria das pessoas
que têm a visão do Arrebatamento pré-tribulação. C)- As
Duas Testemunhas (Ap 11:3-6) serão dois grandes profetas que
pregarão e profetizarão com muito poder durante os 3 ½ anos da Grande
Tribulação. Eles farão grandes milagres (sinais e maravilhas), assim como
Moisés e Elias fizeram (Ml 4:5). D)- Os
144.000 Judeus Selados serão cantores proféticos, e pregarão o
evangelho compoder durante os 3 ½ anos da Grande Tribulação. Eles serão
selados e protegidos sobrenaturalmente pelo poder de Deus para não sofrerem
dano algum.Outros cristãos (gentios) também serão protegidos
sobrenaturalmente por Deus e também não sofrerão dano algum (Ap 9:4; Ez 9:6). E. A Ceia
das Bodas do Cordeiro e as recompensas dos santos acontecerá no
contexto da Segunda Vinda de Jesus (Ap 19:7-10). F. A Nova
Jerusalém descerá à terra em duas ocasiões, na Segunda Vinda de
Jesus e logo após o Reino Milenar. Como Homem, Jesus usará as chaves do Reino
para trazer a descer a Nova Jerusalém Céu à terra. Em corpos ressuscitados, a
nossa residência será na Nova Jerusalém, entretanto, a nossa função
governamental se manifestará sobre a terra. 10 (o anjo) me
mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu... (Ap 22:10) 2
Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu... (Ap 22:2) G. O juízo
de Deus sobre a Grande Meretriz Babilônia (Ap 17) acontecerá em dois
estágios. O anjo proclamou uma dupla queda da Babilônia (Ap 14:8). Os
capítulos 17 e 18 do livro de Apocalipse descrevem as duas quedas da
Babilônia. A primeira queda (Ap 17) está relacionada com o sistema religioso
mundial de tolerância e sincretismo. A queda deste sistema acontecerá na
metade do último período de 7 anos nas mãos dos dez reis (Ap 17:16). Os dez
reis incendiarão este sistema religioso e substituirão pelo sistema religioso
do Anticristo, e re-estabelecerá a cidade da Babilônia como uma sede governamental e
militar do Anticristo. A segunda queda e juízo (Ap 18) será o colapso do
sistema mundial econômico do Anticristo no final do período de 7 anos nas
mãos de Deus (Ap 18:8). H. A
derrota do Anticristo, Falso Profeta e seus exércitos. Os dois primeiros
serão capturados vivos e lançados no Lago de Fogo (Ap 19:19-20). Jesus
consumirá e destruirá o Anticristo com o sopro de Sua boca e com o esplendor
de Sua Vinda (2 Ts 2:8).
19 E vi a besta (Anticristo) e os reis da terra, com os seus
exércitos, congregados para pelejarem contra aquele (Jesus) ... 20
Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta ... Os dois foram
lançados vivos dentro do lago de fogo ... (Ap 19:19-20) I. O
aprisionamento de Satanás no abismo por mil anos (Ap 20:1-3). Ao
retornar, Jesus usará as chaves do Reino para lançar Satanás e prendê-lo no
abismo.
O Cristo
Triunfante O livro de
Apocalipse retrata Cristo triunfante sobre Satanás e suas forças. É triste
que esta mensagem confortante seja freqüentemente objeto de amargo debate.
Estes artigos ressaltarão o propósito de Apocalipse, e não a especulação. Indicações para
interpretação: João
escreveu o que ele viu (1:11,19), que era basicamente uma peça vívida,
emocionante. Para entendê-la, precisamos visualizar as cenas em nossa
imaginação. Jesus
enviou a mensagem de Apocalipse às sete igrejas (1:4,11) que estavam
passando por um período de dura perseguição (1:9). Como em qualquer carta,
nós a entenderemos melhor vendo a mensagem através dos olhos de seus
destinatários originais. Em certo sentido, estamos lendo a correspondência de
alguém. O
livro revela as coisas que aconteceriam logo (1:1,3; 22:6,10). Em todos
os séculos, os intérpretes da Bíblia têm pensado que o Apocalipse descreve os
eventos políticos de sua própria época. Na realidade, esses símbolos
especiais e predições foram cumpridos pouco tempo depois de serem escritos.
Considere: quando Daniel escreveu sobre acontecimentos que ocorreriam 400
anos mais tarde, ele selou as palavras porque elas se referiam a um futuro
muito distante (Daniel 8:26). Quando João escreveu Apocalipse ele não selou
as palavras porque o tempo estava próximo (22:10). Apocalipse foi
escrito com símbolos (veja 1:20). Os candelabros que João viu, por
exemplo, simbolizavam igrejas; as estrelas significavam anjos. Precisamos
distinguir entre o que João viu e o significado do que ele viu. Livros como
Daniel, Zacarias, Ezequiel e Isaías usam linguagem figurada semelhante. Aparição de
Cristo: Em Apocalipse 1,
Jesus apareceu a João. Que cena aterradora! Ele era enorme: sete estrelas em
uma mão. Seu semblante resplandecia como o sol. Sua voz troava como as
cataratas de Iguaçu. Seus pés eram como o bronze refinado no fogo,
incinerando tudo em sua passagem. Seus olhos flamejantes poderiam penetrar
como uma "visão raio X". Cristo tinha entrado no reino da morte e
emergiu vitorioso possuindo as chaves da morte e do inferno (Hades). João desmaiou. Ele
nunca tinha visto o exaltado Jesus. Muitos, hoje, jamais perceberam a glória
do Senhor. Eles ainda imaginam Jesus como um recém-nascido numa manjedoura ou
uma figura patética na cruz. Mas Cristo está, hoje, exaltado e
extraordinariamente poderoso. Indicações para estudar: Leia o livro de
Apocalipse ligeiramente algumas vezes, tentando ver em sua imaginação o que
João descreveu. Não se preocupe, desde logo, com a interpretação; veja apenas
o quadro. Observe os
aspectos de Jesus descritos no capítulo 1. Olhe para os elementos descritivos
no resto do livro (especialmente capítulos 2-3). Compare os
símbolos usados no capítulo 1 com outras passagens para ajudar a
interpretá-los: sete Espíritos (Isaías 11:2-3); pés como bronze polido
(Miquéias 4:13; Malaquias 4:3); espada de dois gumes (Hebreus 4:12). Cartas às
Sete Igrejas da Ásia Jesus incumbiu
João de enviar o livro de Apocalipse a sete igrejas. Nos capítulos 2 e 3, o
Senhor deu mensagens especiais a cada uma dessas igrejas. Cada carta segue
quase o mesmo modelo: ì uma comunicação ao anjo que representava a igreja; í
uma frase descrevendo Jesus; î um comentário das boas coisas feitas pela
igreja (em um caso nada de bom é mencionado S veja 3:14-22); ï uma repreensão
pelas más coisas que Jesus observava (em duas cartas nada de mau é mencionado
S veja 2:8-11 e 3:7-13); ð encorajamento para corrigir o erro (exceto para as
igrejas em que nada de mau tinha sido notado): ñ uma exortação a ouvir; ò uma
promessa àquelas que triunfassem (em alguns casos a ordem destas últimas duas
é invertida). Lições: Éfeso; uma
igreja doutrinariamente sólida e ativa, ainda que seu amor tivesse ficado
frio. É perigoso permitir que nosso serviço a Deus se torne mecânico e
ritual; o primeiro mandamento é amar a Deus com todo o coração. Quando uma
igreja deixa de amar a Deus ela prejudica sua relação com ele. Esmirna: esses
irmãos estavam sofrendo perseguição e dificuldades econômicas, mas Deus
estava orgulhoso deles. O mito que a fidelidade a Deus sempre traz
prosperidade e termina o sofrimento é falso. Pérgamo: esse
grupo permanecia fiel mesmo quando um membro foi martirizado, mas tinha um
grande problema: tolerava o ensino de falsas doutrinas que encorajavam
idolatria e imoralidade. O Senhor ameaçou fazer guerra contra ele.
Sardes: essa
igreja tinha grande reputação, mas a realidade desmentia o nome. Não podemos
descansar sobre nosso passado. As igrejas vivem por causa de seu atual
serviço a Deus. Filadélfia: as
duas igrejas que não foram criticadas (Esmirna e Filadélfia) eram as igrejas
que sofriam maior perseguição. O Senhor reassegurou-as de que era ele quem
tinha a chave, e que quando ele abrisse a porta para elas, ninguém seria
capaz de fechá-la. Laodicéia: Se
autoconfiança fosse o padrão, essa igreja seria proeminente. Sua
autoconfiança era imensa, mas sua falta de fervor tinha deixado o Senhor do
lado de fora, batendo na porta para entrar em sua própria igreja. Arrogância
e prosperidade material freqüentemente produzem cristãos complacentes. Indicações para
Estudar: Usando os sete
pontos no começo deste artigo, esboce a carta para cada igreja. Em cada carta,
observe as ligações entre a descrição de Cristo e o resto da mensagem. Encontre
cumprimentos de promessas feitas aos vencedores (veja capítulos 21-22). Um
Vislumbre do Céu Não seria
maravilhoso ver o céu? O apóstolo João viu. No começo de Apocalipse 4, ele
foi convidado a subir e ter uma visão da morada de Deus. Através de sua
descrição escrita podemos "ver" o trono do Senhor. O quadro: O trono de
Deus: No centro do universo, tudo o mais irradiando dele. É
significativo que aquele que ocupava o trono nunca foi diretamente descrito
(veja 1 Timóteo 6:16). Várias
criaturas: Quatro eram semelhantes aos querubins em Ezequiel; elas
estavam constantemente louvando a Deus. Vinte e quatro eram anciãos,
gloriosos e exaltados; eles lançaram suas coroas diante do Senhor supremo. Em volta do
trono: Como um mar de vidro! Imagine as cores vívidas refletindo desse
mar tremeluzente. Luzes celestiais e trovões emanavam do trono. O livro: Selado,
na mão de Deus. Um anjo forte perguntou, mas em todo o céu e a terra não
havia ninguém digno de abri-lo. Subitamente, o Cordeiro (Jesus) prevaleceu e
veio até aquele que ocupava o trono. Ele tomou o livro e começou a abrir os
selos. Isso descreve a perspectiva do céu da ascensão vitoriosa de Jesus de
volta para o Pai (veja Atos 1:9-11 para a perspectiva terrestre). Os
capítulos subseqüentes informam sobre a abertura desse livro selado. Orações dos
discípulos: Bem no meio desse esplendor empolgante. O grande Deus do
universo em toda a sua glória ouve os seus filhos. Louvor: Um
aumento progressivo de adoração ao Cordeiro e seu Pai. Ouçamos com João
quando ele ouve, primeiro, as criaturas viventes e os anciãos em volta do
trono, depois milhões de anjos com altas vozes, e, finalmente, todas as
criaturas do universo juntam-se para honrar e glorificar a Deus. Sugestões para
aplicações: Esses capítulos
requerem mais do que estudo; eles exigem meditação e aplicação em nossas
vidas. Imagine João, imediatamente após ele ter visto tudo isso, ou na semana
seguinte ... O resto de sua vida deve ter sido profundamente afetado por
causa dessa cena. Ele escreveu o que viu para que nós possamos ver e ouvir
também. E, assim, precisamos deixar-nos comover profundamente. Adoração: Devemos
participar ansiosamente, de coração, da adoração a Deus, uma vez que
partilhamos desse vislumbre da realidade do louvor celestial. Reverência: Deus
é um grande Deus; ele merece e exige respeito. Precisamos respeitar o nome de
Deus (nunca usando em vão frases como "meu Deus"), a palavra de
Deus (estudando cuidadosamente e obedecendo tudo o que ele diz) e a presença
de Deus (reconhecendo que estamos sempre em sua presença e procurando nunca
fazer nada que possa ofendê-lo). Perspectiva: Os
cristãos tendem a se distrair com as atividades da vida diária. Precisamos
aprender a concentrar o coração e a vida no Senhor. O Cordeiro
Abre os Selos A hora de abrir o
livro tinha chegado. Imagine-se sentado na platéia de um teatro. Quando se
descerra a cortina, o Cordeiro abre os primeiros quatro selos e quatro
cavalos galopam através do palco. Cada um é de uma cor diferente e tem uma
missão diferente. O quinto selo revela as almas dos mártires em baixo do
altar clamando por vingança contra aqueles que derramaram seu sangue. Quando
o sexto selo foi aberto, houve um terremoto e catástrofes horríveis; os
homens estavam tomados de pânico.
Aqui estão três
lições importantes: Deus está no
comando de tudo. Ainda que seus cavalos sejam invisíveis, ele executa seus
planos por meio deles, como lhe agrada. Deus corrigirá os
agravos que os cristãos sofrem. Ainda que o horário de Deus não seja nosso,
no fim ele fará sua causa prevalecer. A ira de Deus é
feroz e inescapável. Leia 6:15-17 de novo e observe o terror daqueles que
estão enfrentando a fúria de Deus. O Sétimo
Selo No início de Apocalipse 7, seis selos são abertos e um permanece fechado. O sexto selo era especialmente dramático e sem dúvida João estava esperando ansiosamente a abertura do sétimo. Mas permaneceu fechado. Houve um intervalo na ação (compare com os programas de televisão, que fazem intervalos para os comerciais no momento mais emocionante). Pelo menos três cenas ocorrem antes que o conteúdo do sétimo selo fosse revelado: a selagem do povo de Deus na terra, a celebração do povo de Deus no céu e trinta minutos de silêncio. Estas demoras certamente aumentaram a sensação de maravilha e expectativa de João. Finalmente, as sete trombetas (o conteúdo do sétimo selo) começam a soar. Interpretação: Os 144.000 são
selados (7:1-8). Antes que Deus permitisse mais destruição na terra, ele
selou seu povo; isto é, ele marcou-o como pertencentes a ele, de modo a
protegê-los do desastroso julgamento que ele estava impondo sobre e terra. O
número 144.000 (12x12x1000) simboliza o total do povo de Deus, uma vez que 12
representa o número especial do povo de Deus (12 tribos, 12 apóstolos, etc), e
1000 é um número significando totalidade. Celebração da
grande multidão (7:9-17). A grande multidão reunida em volta do trono
representa aqueles cristãos que tinham morrido. Sua morte não era uma
tragédia, pois eles se regozijavam num grande festival em torno do trono de
Deus. Trombetas (8:1-9;19).
As primeiras seis trombetas eram julgamento parcial da terra. As trombetas de
1 a 4 revelavam a destruição de um terço da terra, do mar, dos rios e dos
corpos celestiais. A quinta era uma horrorosa praga de gafanhotos que
resultou no desejo do povo morrer. A sexta era um pavoroso exército de
cavalos que expeliam fogo de suas bocas. Todos estes quadros simbolizam a
advertência de Deus aos ímpios para que se arrependam. Não devem ser vistos
literalmente, mas como meios de representar dramaticamente a poderosa mão de
Deus quando castiga aqueles que estavam perseguindo os cristãos Recusa a
arrepender (9:20-21). A reação às trombetas foi surpreendente: nenhum
arrependimento. Quando o Senhor adverte, mas os homens recusam
arrependerem-se, não há outra alternativa para ele que não seja destruir
totalmente os objetos de sua ira. Sugestões para
estudar: Estude Ezequiel 9
para ver um paralelo ao episódio da selagem e considere o motivo porque os
servos de Deus foram marcados. Observe a
localização dos 144.000 e da grande multidão. Como isto se compara com o
ensinamento das Testemunhas de Jeová que 144.000 estarão no céu e uma grande
multidão restará na terra? Faça uma lista dos
aspectos maravilhosos da comemoração celestial (7:9-17). Considere a
localização das orações dos santos e como são relacionadas com os
acontecimentos descritos nos capítulos 8 e 9. Veja como as
trombetas mostram o domínio soberano de Deus. A Sétima
Trombeta O que o Senhor
pode fazer com aqueles que se recusam a arrepender? Depois de ter
visto o arsenal de armas de Deus (Apocalipse 6:1-8) e o desesperado apelo dos
cristãos perseguidos (6:9-11), João presenciou devastadores julgamentos de
advertência do Senhor (6:12-17; 8:1-9:19). Através de todo o sexto selo e as
primeiras seis trombetas do sétimo, os perseguidores experimentaram todos os
dolorosos chamados de Deus ao arrependimento. O resultado: teimosa recusa a
mudar (9:20-21). O verdadeiro
castigo tinha que vir, e não podia esperar mais. Ainda que houvesse sete
trovões prontos para fazer mais advertências, eles foram selados (10:4) pois
não poderia haver mais demora (10:6). O livro dos julgamentos foi dado a João
para comer e ele foi mandado profetizar contra as nações e os reis que se
tinham aliado contra o povo de Deus (10:8-11). Mas, antes que o
julgamento fosse revelado, houve um intervalo para mostrar o que estava
acontecendo ao povo de Deus durante sua terrível perseguição. O templo deles
foi medido e assim protegido por Deus, ainda que o átrio externo fosse
pisoteado por incrédulos durante três anos e meio (11:1-2; veja as sugestões
para estudo). Eles profetizaram com tristeza durante este período, foram
brevemente dominados, mas Deus os reergueu tomando sua causa e derrotou seus
inimigos (11:3-13). Conquanto houvesse dor, perseguição e aflição, no final o
povo de Deus sairia vitorioso. Finalmente, a
sétima trombeta soou e Deus manifestou sua soberania sobre o mundo, obteve a
vitória e derrotou os perseguidores (11:14-19). O apelo dos mártires foi
atendido (6:9-11). Deus reina supremo. Sugestões para
estudar: Leia Ezequiel 2:8
- 3:3. Observe as semelhanças e medite por que o livro era doce na boca e
amargo no estômago. Lembre-se de que o
templo significa o lugar onde Deus mora. Examine 1 Coríntios 3:16-17; 6:19-20
para ajudar no entendimento do que é o templo hoje. Como Mateus 10:28 faz
distinção entre o templo e o átrio externo? Assim, qual parte de nós o Senhor
protege? Que parte ele permite que seja perseguida? Há muita
especulação quanto à identidade das duas testemunhas. Uma comparação de
Apocalipse 1:20 e 11:4 ajuda no entendimento do que elas representam? Quanto
às "duas" testemunhas, pense na importância de duas testemunhas
para confirmação em textos como Deuteronômio 19:15; Mateus 18:16; 2 Coríntios
13:1; 1 Timóteo 5:19; Hebreus 10:28. Faça uma lista das
coisas que haveriam de acontecer em 3½ anos = 42 meses = 1260 dias = tempo,
tempos e meio tempo: Daniel 7:25; 12:7; Apocalipse 11:2,3; 12:6,14; 13:5.
Examine a relação entre 3½ e o número completo, 7. Volte e percorra
através de Apocalipse 1-11. Tente memorizar os eventos chaves em cada
capítulo. A Derrota
do Diabo No fim de
Apocalipse 11 a sétima trombeta soou, marcando o fim da primeira metade do
livro. Nos capítulos 12-22 os mesmos eventos são apresentados de um ponto de
vista diferente. A atenção muda para os instrumentos específicos que o diabo
usa para atacar os cristãos e o modo com que Cristo derrota cada um. As personagens
(12:1-6) Uma mulher deu à
luz um menino a quem o dragão tentou devorar. A mulher representa o povo de
Deus (veja Miquéias 4:9 - 5:4). A criança é o Cristo (veja Salmo 2:7-9). O
dragão é Satanás (12:9). Durante a vida terrestre de Jesus o diabo tentou
repetidamente destruí-lo matando os recém nascidos em torno de Belém,
tentando-o, e pregando-o na cruz. Deus protegeu seu Filho e todo esforço do
diabo não teve sucesso. A batalha
celestial (12:7-11) Este parágrafo
pinta a derrota de Satanás, quando Miguel e seus anjos arremessaram do céu o
diabo e seus anjos. Esta cena não é uma descrição de alguma queda do diabo no
começo dos tempos, mas descreve a vitória decisiva contra o diabo através da
morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. Esta vitória ocorreu no tempo
quando a salvação e o reino de Cristo vieram (12:10). Satanás trabalha
para acusar os homens de pecado e provocar sua morte. Antes da vinda de Jesus
ele tinha pleno sucesso ("todos pecaram," Romanos 3:23). Mas a
morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo derrotaram Satanás (note
Mateus 12:28-29; João 12:31; 14:30; 16:11; Colossenses 2:15; 1 Pedro 3:22),
porque sua morte expiou o pecado (João 1:29) e sua ressurreição deu-lhe as
chaves da morte (2 Timóteo 1:10; Apocalipse 1:17-18). Agora, acusação contra
o povo de Deus é impossível; o diabo está vencido (Romanos 8:33; Hebreus
2:14-15; 1 João 3:8). A vitória de Miguel simboliza os resultados do
sacrifício de Cristo. A batalha
terrestre (12:12-17) Porque Jesus
venceu Satanás, o diabo ficou furioso e desceu à Terra para tentar destruir a
mulher e seus filhos. Os cristãos primitivos sentiram em primeira mão a
ferocidade da ira do diabo perseguindo-os. Alguns deles talvez imaginassem
que a intensidade dos ataques fosse um sinal da vitória iminente de Satanás;
de fato, era um sinal da enormidade de sua derrota. Ele não mais podia acusar
os homens diante do Pai; tudo o que lhe resta é tentar desviá-los do Senhor
na terra. Sugestões para
aplicações: O diabo foi
chicoteado. Não há desculpa para os cristãos serem vencidos na batalha da
tentação por alguém que já perdeu a guerra! Observe o
versículo 11 e exatamente o que é necessário para sobrepujar Satanás. Considere quanto encorajamento este capítulo dá aos cristãos que enfrentam oposição do diabo. A força dos ataques dele é um mero sinal da frustração por ter sido vencido. As Bestas
do Mar e da Terra Satanás quer
desesperadamente vencer os cristãos. Por causa do sacrifício de Jesus ele não
pode mais acusá-los de pecado; assim sendo, agora ele só pode perseguir,
enganar e seduzir. Para fazer isto, ele convoca todos os aliados possíveis. A Besta do Mar A primeira besta
surgiu do mar e guerreou contra os cristãos durante quarenta e dois meses.
Esta besta representa a persegui-ção, que é uma das táticas do diabo para
tentar render-nos. Toda oposição nos aflige, mas o ataque físico é uma prova
especialmente severa. Somente pela fé e pela perseverança podemos permanecer
fortes (Apocalipse 13:10). Sabemos que esta
besta do mar é o "monstro" de Daniel 7 por causa das semelhanças:
emergência do mar (7:3), dez chifres (7:7), nomes blasfemos (7:8, 21),
leopardo/urso/leão (7:4-6, 12), grande poder (7:7), palavras arrogantes (7:8,
21), período de tempo (7:25), guerra contra os santos (7:21, 25), etc. Estas
comparações são tão próximas que não poderia haver dúvida de que a besta do
mar em Apocalipse 13 é a mesma besta monstruosa de Daniel 7. Desde que a
besta de Daniel é a quarta na série de impérios mundiais (os três primeiros
são Babilônia, 2:37-38; Medo-Pérsia, 8:20; e Grécia, 8:21), ela deve ser o
Império Romano. Durante os primeiros dias da igreja Satanás usou o Império
Romano para perseguir os cristãos. A Besta da Terra A segunda besta
saiu da terra. Esta besta produziu grandes sinais para fazer os homens
adorarem a primeira besta. A besta da terra ilustra a segunda arma que o
diabo usa para tentar conquistar os cristãos: a falsa religião. Observe como
a besta da terra imitou Cristo: o cordeiro (Apocalipse 5:6), os sinais
(11:4-5), marca nos seguidores (7:1-8), número seis (o número de Deus através
de todo o livro é sete). Satanás é um mestre do disfarce (2 Coríntios
11:13-15). E procura constante-mente falsificar as verdades de Deus. Neste contexto
histórico, a besta da terra simbolizava provavelmente a adoração do imperador
Romano. Muitos dos impera-dores consideravam-se divindades e exi-giam que
seus súditos se prostrassem diante da imagem deles e lhes oferecessem
incenso. Aqueles que se recusassem eram perseguidos. Aplicação É uma infelicidade que o sensacionalismo domine a interpretação de Apocalipse. Alguns imaginam a marca da besta e o número 666 espreitando em cada esquina. Fazendo assim, eles não somente não entendem o significado do livro, mas também se descuidam das reais ameaças de Satanás hoje em dia. A marca da besta não era mais literal do que o selo de Deus (Apocalipse 7); 6 (repetido três vezes para ressaltar) é principalmente uma referência ao fracasso, em contraste com 7, que representa o sucesso. Tudo isto tinha referência principalmente aos aconteci-mentos daqueles dias e se aplica a nós somente no sentido que o diabo continua a usar os aliados da perseguição e falsa religião em suas batalhas contra nós. Fiquemos firmes: assim como Jesus derrotou o diabo, assim nós também podemos (17:14). A Batalha
do Armagedom Conflito! O livro
de Apocalipse está cheio de guerras: o dragão contra o filho varão, Miguel
contra os anjos de Satanás, as bestas contra os cristãos. Quando cada lado é
descrito, a tensão aumenta. Qual será o resultado da batalha? Quando as almas
sob o altar serão vingadas (6:9-11)? Seja bem vindo ao Apocalipse 14-16. Pré-estréia No capítulo 14 os
anjos anunciam as manchetes dos próximos capítulos. A primeira (14:6-7)
revela que a hora do julgamento de Deus chegou, que é o tema dos capítulos
15-16. A segunda (14:8) declara a queda de Babilônia (capítulos 17-18). A
terceira (14:9-11) descreve o castigo dos adoradores da besta (capítulos
19-20). A quarta (14:12-13) comemora a vitória dos santos (capítulos 21-22).
Finalmente, a ceifa (14:14-16) e a vindima das uvas (14:17-20) simbolizam o
julgamento de Deus contra os perseguidores. Execução de
julgamento Os capítulos 15-16 descrevem as taças da ira, que completam o julgamento abrasador de Deus (15:1). Enquanto os selos feriram 1/4 e as trombetas destruíram 1/3, as taças devastam tudo. Cada praga continua quando a próxima começa: ferimentos em todos os ímpios, o mar se torna sangue, rios viram sangue, o sol abrasa os homens, há trevas sobre o reino da besta, os exércitos do oriente marcham. Qual foi o efeito destas taças? O altar regozijou porque o apelo dos mártires por vingança foi respondido. Desde que seus perseguidores "derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tens dado a beber; são dignos disso" (16:5-6). Os ímpios, por outro lado, não se arrependeram, mas blasfemaram contra Deus. Pessoas castigadas deveriam desistir, mas estes apoiaram o esforço do diabo para retaliar quando enviou três espíritos imundos semelhantes a rãs para reunir tropas para a batalha do Armagedom. A imagem de rãs convocando o exército é para provocar riso; ela simboliza a impotência das forças do mal. Uma estreita
passagem entre montanhas, Megido serviu como uma localização ideal para
emboscadas. Débora, Saul e Josias lutaram ali em tempos críticos na história
de Israel; portanto, Armagedom (a montanha de Megido) tornou-se um símbolo de
batalhas decisivas. Quando o exército do Senhor enfrenta o de Satanás em
Megido o suspense é grande, na expectativa de ataque e contra-ataque, de
estratégia e táticas, de montes de mortos e feridos, finalmente um lado
emergindo como vitorioso de uma batalha sangrenta. Mas o texto não descreve
nenhuma ação militar. Logo que os exércitos se reúnem, o anjo anuncia,
"Feito está!" (16:17). O que aconteceu com a batalha? Quando Deus e
o diabo se encontram para uma demonstração, o Senhor vence sem luta. A
batalha termina antes de começar. A terra treme e o céu deixa cair pedras de
granizo de 35 quilos. Mas nenhum julgamento jamais muda os corações dos
ímpios incorrigíveis; apesar do granizo, eles continuam blasfemando contra
Deus. - por Gary Fisher A Grande
Meretriz Em Apocalipse 17,
João viu uma prostituta, vestida sensualmente, seduzindo os reis da terra.
Seu nome era Babilônia, a Grande, e ela representa a terceira maior
ferramenta que o diabo maneja em sua luta para conquistar a humanidade. Em
capítulos anteriores foram apresentadas a besta do mar, representando a
perseguição, e a besta da terra, representando a falsa religião. A prostituta
representa a imoralidade, uma das ferramentas mais eficazes de Satanás, uma
que ele jamais hesitou em usar. Cada uma das
ferramentas do diabo tinha uma manifestação concreta nos dias de João. A
besta do mar era o Império Romano; a besta da terra era a adoração do
imperador. Não é difícil ver quem era Babilônia. Era uma grande cidade que
dominava sobre os reis da terra (17:18), construída sobre sete colinas
(17:9). Ela era rica (18:11-13), arrogante (18:7) e absolutamente ímpia
(17:5). Ela era a cidade de Roma. A história da
queda de Babilônia, narrada em Apocalipse 18, mostra a derrota de um dos
principais aliados do diabo. No capítulo 19, a queda das bestas será descrita
e no capítulo 20 o próprio diabo será amarrado. Desde que Babilônia estava
embriagada com o sangue dos santos (17:6), o julgamento contra ela respondia
aos gritos dos mártires (6:9-11). Finalmente, a espera terminou e Deus vingou
o sangue de seus servos (18:20; 19:2). Lições Os fiéis serão
vitoriosos. Não importa o que
possa parecer a qualquer tempo, aqueles que estão com o Senhor vencerão,
porque Ele é Senhor de senhores e Rei de reis (17:14). Mas para estar com o
Senhor precisamos separar-nos do mundo e de suas más influências (18:4). É
perigoso se permitirmos que riqueza e cobiça nos atraiam para longe de Deus. O egoísmo .penetra
por todo o caráter dos ímpios. A lamentação pela
queda de Babilônia (18:9-19) mostra os reis, os negociantes e a indústria de
navegação lamentando seu falecimento porque ela lhes dava lucro e prazer.
Eles eram tão "amigos leais" que, quando ela começou a cair,
ficaram à distância porque temiam serem feridos pela queda. Não pode haver
amor verdadeiro, lealdade ou amizade entre os ímpios. Cedo ou tarde o mal se
destrói (observe 17:12-13,16-17). Para mais estudo Faça uma lista de
comparações e contrastes entre a mulher do diabo, Babilônia, e a mulher de
Deus, descrita nos capítulos 12 e 21. Percorra o livro e
faça uma lista das referências ao quinto selo, que é o tema do livro
(6:9-11). Inclua passagens que mencionem o altar, aqueles que foram
martirizados por causa de Cristo, o curto tempo durante o qual a perseguição
continuaria, a vingança do sangue dos mártires, etc. Ver o quinto selo como o
princípio de organização do livro ajuda a interpretar o Apocalipse
corretamente. Considere a identidade dos reis em 17:10-11 (para auxílio, veja "Entendendo o Livro de Apocalipse" por Dennis Allan). A Vitória
dos Santos As visões de Apocalipse começam com os santos sendo martirizados sob o altar no céu, clamando por vingança (6:9-11). Eles tinham sido derrotados; Satanás tinha vencido. O livro termina com Satanás amarrado e com os santos martirizados erguidos para sentarem-se em tronos (20:1-4?). Em Cristo os vencidos vencem. Apocalipse 19 - 22
não pode ser entendido fora do contexto. Muitos usam este texto para
sustentar sua doutrina de um reino de Cristo de um milênio na terra. Mas cada
ponto desta doutrina é errado. O reino não é de Cristo, mas dos mártires com
Cristo. Não é na terra, mas no céu. Os 1000 anos não são literais, mas
simbolizam uma vitória completa. A ressurreição não é de corpos, mas das almas
dos mártires que são erguidos de debaixo do altar para reinar em tronos. Apocalipse 19-22 se ajusta ao resto do livro como uma luva. Depois de guerrear com o Cordeiro e Seus seguidores, o diabo e seus instrumentos são esmagados. O livro começou com o grito angustiado dos cristãos derrotados implorando justiça. Foi-lhes dito que esperassem um pouco. Os capítulos 6-18 descreveram esse pouco tempo. Agora o clamor deles é respondido; eles estão se regozijando (19:1-10) e reinando (20:4-6), tendo conseguido a vitória através de Jesus Cristo (note 19:11-21). Quando o Senhor escreveu a cada uma das sete igrejas, Ele prometeu que os vencedores seriam abençoados. Agora eles o são, e quase todas as promessas são especialmente cumpridas nos capítulos 19 - 22. A mulher de Deus do capítulo 12 foi perseguida no deserto; no capítulo 17 a mulher/cidade do diabo estava embriagada com o sangue dos santos. Agora a mulher do diabo é destruída em uma hora (capítulo 18) e a mulher de Deus é uma cidade majestosa, vitoriosa (21:9-27). Arrancando estes capítulos de seu contexto de modo a "provar" algum esquema de eventos do fim dos tempos destrói a unidade do livro. Deus é um Deus de
reversões. Nele, os humildes são exaltados, os pobres são enriquecidos, os
loucos recebem sabedoria e os derrotados reinam (veja 1 Samuel 2:1-10). Mas a
vitória em Cristo não é imediata. A curto prazo, o povo de Deus
freqüentemente sofre. Mesmo depois de sua derrota e de ser amarrado, Satanás
voltaria e usaria Gogue e Magogue para assediar o campo dos santos. Gogue e
Magogue simbolizam os inimigos que o diabo usaria contra o povo de Deus. Mas
assim como Deus derrotou-o na batalha do livro de Apocalipse, assim ele
derrotará o diabo novamente e conquistará até estes terríveis reinos
mítológicos. Não importa quanto os cristãos sofram, eles sempre vencem em
Cristo, no final.
Note as duas ceias
descritas no capítulo 19. Quem é convidado a cada uma e o que elas
simbolizam? Compare com Ezequiel 39. Mostre o
cumprimento (capítulos 19-22) de cada promessa aos vencedores (capítulos
2-3). Faça uma lista de
itens mencionados na introdução (1:1-11) que são repetidos na conclusão
(22:6-21). Observe as
comparações e os contrastes entre a mulher de Deus (capítulos 12, 21) e a mulher
do diabo (capítulos 17-18). O Livro de
Apocalipse (Conclusão) A Revelação
de Cristo O maior perigo no
estudo de Apocalipse é ficar-se desencaminhado por assuntos de menor
importância. Esta é uma revelação de Jesus Cristo (1:1): Ele é tanto o
revelador da mensagem como o centro dela. Muitos, em suas explicações de
Apocalipse, chamam a atenção para o diabo e fazem dele o personagem
principal. Mas o papel do diabo nessa profecia serve para ressaltar a glória
e a grandeza do Cordeiro, pois este derrota Satanás. Outros olham mais para a
terra, mas João viu estas cenas no céu. Ele estava vendo a perspectiva
espiritual, simbólica, celestial. O estudo de Apocalipse não nos deve
direcionar para o jornal diário, mas para o trono de Deus. Muitos usam as
visões para incentivar a especulação sobre o fim dos tempos, e assim desviam
a atenção das pessoas da soberania do Senhor para a engenhosidade do
especulador. Se entendemos corretamente esse livro maravilhoso, vemos Cristo. O que você vê
quando olha para Jesus? Uma criancinha numa manjedoura? Um meigo pastor? Uma
figura trágica na cruz? Nenhuma dessas coisas está completamente errada, mas
todas estão desatualizadas. Jesus está hoje exaltado e glorioso. Queira ler
novamente os retratos de Cristo em 1:12-18; 5:1-14; 19:11-16. Feche seus
olhos e tente ver o Jesus que João viu. A emocionante majestade de Jesus deve
inspirar-nos, fortalecer-nos e levar-nos à adoração. O Apocalipse
significa guerra. Batalha no passado: Cristo venceu a morte, o hades e
expulsou Satanás do céu (veja 1:17-18; 12:7-12). Batalha no presente: o
diabo, enfurecido como um tirano derrotado, veio para a terra com grande ira
porque ele sabe que seu tempo é curto. Batalha no futuro: a vitória de Jesus.
Apocalipse começa com os cristãos sofrendo grande tribulação; termina com os
cristãos triunfantes. Apocalipse começa com Satanás perseguindo os cristãos e
termina com Satanás amarrado durante mil anos. Foi Jesus que obteve essa
notável vitória. Os mitos correntes
sobre Jesus enganam. De algum modo, chegamos a ver Jesus como um avô brando,
indulgente, que raramente altera sua voz acima de um sussurro e está sempre
sorrindo. Apocalipse ajuda a corrigir esse retrato distorcido. E ajuda a
refutar a noção popular de que o Deus do Velho Testamento era um Deus de ira,
mas o Deus do Novo Testamento é um Deus de amor. Em nenhum lugar da Bíblia a
ira de Deus é mostrada mais claramente do que no livro de Apocalipse (veja
especialmente 14:9-11; 19:1-4, 15-21). Apocalipse revela
Jesus. Não deveria causar especulação, mas inspirar adoração, admiração e
confiança. Indicações para
estudar Reveja e anote os
elementos da descrição de Jesus (especialmente capítulos 1, 5, 19); medite
sobre cada ponto. Leia de novo
através do livro, anotando os vários aspectos de Deus que são mencionados.
Faça algumas anotações de tudo que você entenderia sobre ele, caso esse livro
fosse o único na Bíblia. |
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