“…Perdão, por não perdoar!…”

 

“…Perdão, por não perdoar!…” 



43 Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. 45 Deste modo, sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos. 46 Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? 47 Se saudais apenas nossos irmãos, que fazem de extraordinário? Não fazem isso também os pagos? 48 Portanto, sede perfeita, assim como seu Pai Celeste é perfeito.

Neste momento ápice do Sermão da Montanha, Jesus não quer dizer que todos os ensinamentos do Antigo Israel estavam errados, mas resgata muita beleza do Antigo Testamento.

O Deuteronômio, por exemplo, no capítulo 10, versículo 19, diz de forma bem clara: “Por isso amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito”. Há uma noção clara de misericórdia com o diferente, com aquele que não pertence ao próprio grupo. E essa mesma ideia é repetida em Ex 22, 21; 23, 9. 

As exigências de Jesus soam muito árduas para os dias de hoje. Como poderemos amar nossos inimigos? Na verdade, quando nos aproximamos de pessoas que não nos agradam ou que nos maltratam, queremos mais é que elas desapareçam da nossa frente. Essa seria uma atitude, à primeira vista, completamente normal. Mas, como cristãos, temos de amolecer o nosso coração, amando aqueles que nos odeiam.

Como ouvimos de Jesus, é muito fácil amar aqueles que são sempre bondosos e determinados! Aqueles que nos elogiam e que nos dão prazer não nos apresentam contrariedades! Mas, também, conseguimos amar os que nos aborrecem: pensamos numa mãe que sempre tem dor de cabeça por causa de um filho sem juízo! Ou seja, se a mãe consegue amar aquele filho que lhe traz muitos problemas, Jesus sabe que temos a capacidade de amar aqueles que só nos fazem o mal!

Para amar, precisamos sempre perdoar! Mas é claro que amar não significa “fingir” um pedido de perdão. O verdadeiro perdão, brota do profundo de nossas mentes e de nosso coração. Podemos até falar com uma pessoa, mas, ao mesmo tempo, nutrir por ela grande antipatia. Primeiramente, é melhor que amemos em nosso coração, antes de qualquer outra atitude.

A perfeição do Pai é o parâmetro, o nosso grande exemplo, para progredirmos em nossa caminhada cristã. Temos de buscar sempre mais a perfeição do Pai, sem negar a nossa imperfeição humana. Jesus não pede para que sejamos puros e perfeitos, mas que nos lapidemos sempre mais, baseando-nos na perfeição de Deus.

Na nossa imperfeição, com os nossos erros e limitações, devemos acreditar que todos são amados por Deus; Afinal, Ele faz o sol nascer para os bons e maus, a chuva cair para os justos e injustos. E nós somos tudo isso: bons e maus, justos e injustos! Quantas vezes não fomos injustos com nossos irmãos? Mas, também, quantas vezes lutamos pela justiça! Quantas vezes não agimos com maldade nas atitudes de nossas vidas? Por outro lado, quantas vezes fomos doces e amorosos com as pessoas! Por isso devemos amar a todos, pois, assim, Jesus sonhou! 


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