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Dificuldade
de relacionamento
Nem
sempre as pessoas que se isolam apresentam dificuldade de relacionamento. Em
alguns casos, pode se tratar de uma preferência pessoal, em que a pessoa
prefere ficar isolada para colocar suas ideias em ordem. Por que existem algumas pessoas
com dificuldade de relacionamento? São pessoas que não conseguem sentirem-se a
vontade em reuniōes com grupos maiores, as vezes, nem mesmo entre pessoas
conhecidas.
A
dificuldade de relacionamento pode ser entre
1.
Pais e Filhos;
2.
Conjugues;
3.
Colegas de trabalho, incluindo gestores e colaboradores;
4.
Alunos e professores;
5.
Interpessoal, com qualquer outra pessoa.
O
tema é bastante extenso e pode incluir muitas alteraçōes, de acordo com as
mudanças culturais e sociais, o que reflete na modificação de comportamentos,
pensamentos e atitudes.
Na
atualidade, alguns relacionamentos são mediados pelas redes sociais, onde é
possível filtrar as pessoas que queremos que entrem em contato conosco.
Vamos
analisar as diferentes dificuldades de relacionamentos em tópicos separados e
por fim, fazer uma análise macro.
1.Dificuldades
nos relacionamentos familiares
Infelizmente,
trata-se de algo bastante comum, uma vez que a simples dificuldade de
relacionamento em família não caracteriza desamor, ou desprezo por parte dos
familiares. Na maioria das vezes, são apenas pontos de vistas diferentes que
geram conflitos.
Entretanto,
se esta situação impossibilita a vivência de situações gratificantes, é
importante verificar quais são os aspectos da história familiar que
determinaram este padrão de comportamento.
2.Dificuldade
nos relacionamentos afetivos:
Alguns
indivíduos se queixam da dificuldade em encontrar o “par perfeito”, a “alma
gêmea”, etc, e nesta busca enveredam por mil caminhos diferentes, percorrendo
caminhos tortuosos.
Quando
finalmente encontram alguém que tenha similaridade comportamental, tendem a
ampliar estas qualidades para outros aspectos da personalidade, e isto
fatalmente gera decepções, porque as pessoas nunca se revelam antes da hora.
Quando
as máscaras do outro caem, é comum que as pessoas se sintam enganadas, e nesta
hora começam as dificuldades no relacionamento:
Algumas
pessoas tendem a “jogar na cara” do outro erros que há muito tempo foram
superados ou reparados; apontam o dedo, criando sentimentos desnecessários de
culpas; expõe o (a) parceiro(a) a situações vexatórias, etc.
E
neste ponto, muitos relacionamentos fracassam.
Dai,
a importância de buscar terapia de casal quando os desentendimentos começam,
para manter a qualidade do relacionamento amoroso.
Considerando que as relações se estabelecem em função das gratificações que
proporcionam, é natural que os indivíduos busquem se relacionar com pessoas que
possam “preencher” suas necessidades mais elementares de afeto.
a)
da mesma forma que a criança, o adulto tende procurar seu parceiro nos momentos
de grande ansiedade;
b)
a imagem de seu cônjuge é associada à conforto e segurança (base segura); c) a
separação gera ansiedade, tanto na criança que se separa dos cuidadores, quanto
no adulto que se separa do seu par.
Naturalmente esta categorização é aproximada, pois é comum observar algumas
crianças que tiveram uma infância dramática tornarem-se adultos confiantes e
vice-versa.
Razões
para dificuldade de relacionamento
3.
Dificuldades de relacionamento no trabalho
Neste
aspecto, sempre é válido alertar as pessoas para que não romantizem trabalho.
A
romantização do trabalho leva, muitas pessoas a projetarem no ambiente de
trabalho iodeacoes pessoais, que, obviamente, não irão se concretizar.
E
isto, com o tempo acaba criando situações difíceis para todos os envolvidos.
Por
exemplo, um gestor que não tem família, e trata seus colaboradores como filhos,
certamente ficara magoado quando um deles arrumar um emprego melhor e for
embora;
Um colaborador que criou para si mesmo o mito do super herói (imaginando que e
a pessoa certa no lugar certo), pode, sem perceber deixar os colegas pouco a
vontade.
Nos
casos em que não há romantização, ainda assim, os relacionamentos podem ser
complicados, especialmente com aquelas pessoas que tem certa dificuldade em
compreender seus erros dentro do papel que ocupam.
Estou
me referindo aos gestores que culpam seus colaboradores pelos projetos
fracassados, quando na realidade caberia a ele cuidar do andamento. E também
aquele colaborador que abusou da confiança dos gestores, não fez sua parte,
atrasou o projeto de todos, e não concorda com o feedback negativo.
Neste
ponto a única forma de lidar é promovendo a maturidade das equipes, delineando
para cada uma sua tarefa, seu tempo e suas responsabilidades, evitando a
excessiva romantização do trabalho.
4.
Dificuldades nos ambientes escolares
Cada
vez mais frequentes, as queixas de professores e alunos nos consultórios de
psicologia, estão relacionadas a dificuldade de dialogo entre alunos e
professores.
De
ambas as partes, ouço queixas de professor e alunos que perdem a paciência uns
com os outros.
Isto
pode estar relacionado ao estresse da vida escolar: agendas apertadas e muito
conteúdo.
Quando
os relacionamentos escolares estiverem muito tensos, sugere-se que os
responsaveis busquem a orientação de um Psicólogo Escolar.
4.
Dificuldades interpessoais
As
dificuldades interpessoais estao relacionadas a incapacidade de um individuo se
relacionar em qualquer ambiente, com qualquer pessoa.
Isto
pode estar relacionado a 3 variaveis;
1.
Medo do Outro;
2.
Raiva do Outro; Sentimento de superioridade sobre o outro (narcisismo)
3.
Timidez excessiva: Os ansiosos e os evitativos
O
medo do outro
A
educação preventiva que algumas pessoas tiveram na infância, levou muitas
crianças a terem medo do outro. Refiro-me ao habito que os nossos cuidadores
bem intencionados por sinal, tinham, de apontar perigos, onde eles não
existiam.
Por
exemplo: uma adolescente de 16 anos, tinha poucos amigos e não conversava com
nenhuma pessoa estranha. Numa sessão com os pais, estes me relataram que nunca
permitiam que a jovem saísse desacompanhada, nem mesmo pra ir a escola, pois
era uma menina extremanente bonita e portanto, poderia ser raptada, sequestrada
etc.
Esta
menina, que vivia na cidade de São Paulo, nunca tinha andado de metrô.
Infelizmente, ela apresentava um desenvolvimento cognitivo-emocional
ligeiramente abaixo da média, e isto em função da vida confinada que levava.
Note
bem: Não estou dizendo que devemos levar uma vida muito louca, sem atentar para
os possíveis perigos. Porem precisamos encontrar um meio termo para nossas
crianças, para que consigam viver com naturalidade numa sociedade hostil como a
nossa.
Precisamos
orientar bem nossos filhos, para que saibam como proceder em caso de perigos, e
não confina-los, pois isto e prejudicial para seu desenvolvimento intelectual e
emocional.
A
Raiva do outro
Infelizmente,
algumas pessoas criam seus filhos para sentirem raiva dos que são diferentes, e
isto pode gerar ondas sociais de intolerância na idade adulta, se manifestando
como atitudes xenofóbicas, homofóbicas, e de pseudo-superioridade intelectual,
social, estética, financeira e/ou cultural.
Felizmente,
estas atitudes hoje são crimes. Se alguém sente raiva pelo fato do outro ser
diferente, deve fazer muita Psicoterapia para extirpar este sentimento horrível
e vencer a dificuldade de relacionamento com as pessoas, de um modo geral.
A
Timidez excessiva
Pessoas
excessivamente tímidas apresentam dificuldade de relacionamento em todos os
contextos.
Geralmente
não sentem raiva, nem medo, nem superioridade em relação aos outros; ao
contrario: sentem-se inferiores, diminuídos, inadequados, estão sempre com a
sensação de estar sobrando.
Pessoas
excessivamente tímidas fazem de si mesmas uma autoimagem negativa,
acreditando-se inferiores aos demais.
A
timidez ansiosa:
Os
tipos ansiosos geralmente exigem atenção e demonstração de afeto, a fim de que
conseguirem a confirmação que são realmente amados. Entendem que uma relação
seja como uma fogueira que deve ser cuidada para que não se extinga. Para quem
se relaciona com indivíduos que se aproximam deste padrão de apego, os autores
(op. cit.) sugerem que ofereçam a eles a base segura que lhes falta.
O
desafio de oferecer segurança a quem não adquiriu ao longo do desenvolvimento
exige muita sabedoria e é fundamental que haja uma real compreensão dos motivos
que levam um indivíduo a demonstrar tamanha timidez diante dos outros.
Pessoas
excessivamente tímidas precisam ressignificar a auto imagem, quebrar
autoconceitos e autopreconceitos, desfazer ideias cristalizadas a respeito de
si mesmo e do mundo, abrir-se ao outro, para vencer a dificuldade de
relacionamento.
A
timidez evitativa
Tambem
conhecidos como “Falsos tímidos”, estes indivíduos, no fundo querem garantir
sua independência a qualquer custo.
São
aquelas pessoas que não sentem raiva nem medo do outro, não tem qualquer
preconceito, de qualquer natureza, não se julga superior ou inferior, mas
prefere distanciar-se dos outros e vier na maior parte do tempo em seu mundo,
dentro da sua cabeça.
Estas
pessoas são geralmente bem resolvidas quanto a isso. Não podemos caracterizar
este comportamento como dificuldade de relacionamento, uma vez que quando
houver necessidade, a pessoa consegue se relacionar, mesmo de maneira
superficial, ate que tenha a oportunidade de voltar para seu mundo interior.
Segundo
Levine e Heller (2013) isto significa que precisam manter seu espaço
preservado.
Tais
indivíduos geralmente não costumam partilhar seu afeto além daquilo que julgam
adequando, pois temem que serão invadidos e terão sua individualidade
comprometida.
A
melhor forma de se relacionar com estes indivíduos é oferecendo a eles o espaço
necessário para viverem de forma autêntica.
Se
você convive com algum evitante, é importante ter paciência e compreensão, para
negociar os espaços necessários no relacionamento.
Convém
não forçá-lo a estabelecer relações mais íntimas do que podem oferecer, uma vez
que esta atitude evitativa possivelmente foi adquirida ao longo do
desenvolvimento. Por isso “forçar a barra” só vai fazer com que ele se afaste
ainda mais.
Se
você tem dificuldade de relacionamento com pessoas evitantes, verifique
prioritariamente as próprias necessidades afetivas e a disposição em negociar.
Se
o relacionamento for gratificante, convém buscar Psicoterapia para mediar os
conflitos e ajustar as necessidades.
Apesar
das diferenças pessoais, um relacionamento afetivo dar certo, mas é necessário
que os pares se apropriem das suas diferenças, sem negá-las, assumindo defeitos
e qualidades e mantendo sempre um diálogo aberto.
Conclusão
Relacionamentos
são vias de mão dupla: é preciso dar para receber.
De
modo geral, todo relacionamento tem seu grau de dificuldade, uma vez que
estamos lidando com pessoas que tem sentimentos, e que podem mudar subitamente
de opinião. Faz parte da natureza humana ter mobilidade afetiva.
É
tendência do ser humano se relacionar com seus pares, ou seja, aqueles que têm
interesses em comum. Mas como lidar quando os interesses deixam de serem
comuns?
Não
existe uma regra para que tenhamos bons relacionamentos. Mas existem dicas, que
talvez possam ajudar em alguma coisa:
1º
Compreender que Relacionamentos são vias de mão dupla.
É
preciso disposição para compreender e se adaptar ao outro. Isto inclui uma
certa dose de tolerância, paciência, resignação.
Especialmente
nos relacionamentos de trabalho e escolares, tente não levar as atitudes dos
outros de forma pessoal, porque na maioria das vezes, não são pessoais. A
dificuldade de relacionamento, muitas vezes surge da expectativa que se cria em
torno do relacionamento com pessoas que não estão disponíveis para estabelecer
uma relação mais próxima.
2º
Romper as barreiras
Passar
em revista seus valores e verifique se não é você que está rejeitando o mundo a
sua volta. Algumas pessoas tendem a eliminar certos relacionamentos por medo de
perder sua essência.
Não tenha medo. Conviva com pessoas diferentes de você e aprenda com elas.
Todos temos muito a aprender e ensinar.
Em todo caso, a decisão é sua: verifique o que é melhor: conviver com suas
ideias cristalizadas e na solidão ou abrir mão delas e estabelecer
relacionamentos saudáveis?
3º
Estar disponível:
Bons
amigos ou parceiros afetivos não caem do céu. Estas relações precisam ser
cultivadas.
Por isso é importante sair do ostracismo e demonstrar desejo de proximidade por
meio de atitudes simples.
Se
você convive com pessoas que têm dificuldade de relacionamento
Compreenda
que a solução não é forçar o indivíduo a se relacionar, ao contrário, devem-se
buscar os reais motivos que conduziram este indivíduo a esta situação de
isolamento, portanto cuidado para não invadir o espaço da pessoa ao tentar
ajudar.
Pode
ser que ela não queira a sua ajuda, e isto pode agravar ainda mais a
dificuldade de relacionamento com esta pessoa.
Seja
lá qual for o motivo que leva o indivíduo a não se expor, só podemos considerar
como problemático o comportamento de esquiva que tiver trazendo sofrimento para
o indivíduo. Nestes casos, sugiro que busque por Psicóloga
perto de você.
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