Estudando a divindade do Espírito Santo encontramos uma tendência moderna que procura minimizar a importância das doutrinas. Em nenhum lugar essa apatia em relação as doutrinas é tão perigosa, a não ser quando tem em vista o conhecimento de Deus.
Errar em relação à doutrina acerca de qualquer
Pessoa de Deus é o mesmo que perverter a doutrina da Trindade, perdendo assim a
pureza do real conhecimento que é proveniente do Deus verdadeiro. Não há
salvação ou serviço quando não existe um conhecimento puro a respeito da Pessoa
de Deus (Jr 9:23,24; João 17:3; Daniel 11:32; Oséias 6:6).
Estudar a pessoa de Deus é a atividade de maior
proveito na qual o Seu povo pode se ocupar (Fil 3:8). Nada mais expande a nossa
mente enquanto nos humilha. Quando aprendemos de Deus fica fortalecida a nossa
comunhão com Ele e nossos corações ficam tranqüilizam-se (Jó 22:21). Sabendo
que temos o Espírito Santo habitando em nós recebemos gozo e confiança de Deus.
Estas verdades devem animar a nossa fé (I João 4:4)
e provocar repúdio do pecado (I Cor 6:18,19).
Que Deus use essa lição para confirmar essa grande verdade da divindade do
Espírito Santo.
2.1. A Trindade
A Bíblia nos ensina que enquanto há um só Deus (Deuteronômio 6:4), há três personalidades na divindade (Mateus 28:19; I João 5:7). Neste estudo da divindade do Espírito Santo seria ajudador se relembrássemos do relacionamento entre as Pessoas do Deus Trino.
A. Deus, o Espírito Santo - Teologicamente falamos do Espírito Santo como a Terceira Pessoa da Trindade e é Ele quem Procede do Pai e do Filho (João 15:26; Salmos 104:30; Gálatas 4:6; Filipenses 1:19). “Processão Eterna” esta frase é usada para descrever o relacionamento do Espírito Santo com o Pai e o Filho.
B. Deus, o Filho - Jesus Cristo é o Filho unigênito do Pai. Cristo tem sido sempre o Filho do pai (Gálatas 4:4; João 3:16; Isaías 9:6). “Geração Eterna” esta frase é usada para descrever o relacionamento do Filho entre o pai. Teologicamente falamos de Cristo como a Segunda Pessoa da Trindade.
C. Deus, o Pai - O pai nem “procede” e nem é
“gerado” por ninguém e assim falamos dEle como a Primeira Pessoa da Trindade.
Devemos lembrar-nos que estes termos nunca podem implicar inferioridade às
Pessoas Divinas. Mesmo que estes relacionamentos a nos não sejam compreendidos
mentalmente, eles devem ser aceitos ou logo nos afastaremos da doutrina do
Trinitarianismo para o Unitarianismo. Talvez fosse bom concluirmos esta parte
do estudo com uma citação da velha Confissão da Fé Batista da Filadélfia:
“Neste Ser divino e infinito há três Pessoas, o
Pai, a Palavra (Filho), e o Espírito Santo, de uma só substância, poder e
eternidade, cada uma tendo toda a essência divina, sem dividir a tal: O pai não
é gerado nem procedido de; o Filho é gerado eternamente pelo Pai; o Espírito
Santo procede do Pai e do Filho; completamente infinito, sem começo, portanto, só
um Deus, Que não é dividido em natureza nem ser, mas distingüido por
propriedades peculiares e relativas, e por relações pessoais; qual doutrina
senão a da Trindade é o alicerce de toda e qualquer comunhão com Deus, e
dependência confortável nEle.”
2.2. A Divindade do Espírito Santo
As provas da divindade do Espírito Santo podem
ser divididas em cinco categorias.
A. O Espírito Santo é chamado Deus - (Atos
5:3-4, 9; I Coríntios 3:16; Efésios 2:22; II Coríntios 3:17). O Espírito é
chamado Adonai (Compare Atos 28:25 com Isaías 6:8-9). O Espírito é chamado
Jeová (Compare Hebreus 10:15-16 com Jeremias 31:31-34).
B. O Espírito Santo está associado ao Pai e
ao Filho num mesmo nível de igualdade - (Mateus 28:19) [Observe que a palavra
“nome” está no singular significado assim que o poder, a glória e a autoridade
do Pai, do Filho, e do Espírito Santo é uma só] (I João 5:7; II Coríntios
13:14).
C. Os atributos de Deus são dados ao
Espírito Santo.
Eternidade (Hebreus 9:14).
Vida (Romanos 8:2).
Onipresença (Salmos 139:7-8).
Santidade (Mateus 28:19).
Onisciência (I Coríntios 2:10).
Soberania (João 3:8; I Coríntios 12:11).
Onipotência (Gênesis 1:1-2; João 3:5).
D. As obras de Deus são dadas ao Espírito
Santo.
A criação (Jó 33:4).
A encarnação (Mateus 1:18).
A Regeneração (Compare João 3:8 com I João
4:7).
A Ressurreição (Romanos 8:11).
A inspiração da Palavra de Deus (Compare II
Pedro 1:21 com II Reis 21:10).
E. A natureza do pecado ‘sem perdão’ revela a
dignidade do Espírito Santo (Mateus 12:31-32). A importância desta lição tem
ênfase quando contabiliza o grande número de seitas que Satanás tem instigado a
atacar a verdade da divindade do Espírito Santo. Que isso possa incitar-nos a
um maior cuidado ao darmos ao Espírito Santo Seu devido lugar em nosso amor e
adoração.
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