Foram registradas várias formas de religião
durante toda a história. Já houve muitas tentativas de explicar como surgiram
as religiões. Uma das explicações é que o homem logo começou a ver as coisas a
seu redor como animadas. Ele acreditava que os animais, as plantas, os rios, as
montanhas, o sol, a lua e as estrelas continham espíritos, os quais era
fundamental apaziguar.
O antropólogo E. B. Tylor (1832-1917) batizou
essa crença de animismo. Tylor foi influenciado pela teoria de Darwin sobre a
evolução. Segundo ele, o desenvolvimento religioso caminhou paralelamente ao
avanço geral da humanidade, tanto cultural como tecnológico, primeiro em
direção ao politeísmo (crença em diversos deuses) e depois ao monoteísmo
(crença num só deus). Tylor concluiu que os povos tribais não haviam ido além
do estágio da Idade da Pedra e, portanto, praticavam esse mesmo tipo de
animismo. Hoje essa teoria do desenvolvimento foi rejeitada, e há um consenso
geral de que animismo não é uma caracterização adequada para a religião dos
povos tribais.
Alguns pesquisadores vêem a religião como um
produto de fatores sociais e psicológicos. Essa explicação é conhecida como um
modelo reducionista, pois reduz a religião a apenas um elemento das condições
sociais ou da vida espiritual do homem. Karl Marx, por exemplo, sustentava que
a religião, assim como a arte, a filosofia, as idéias e a moral, não passava de
um dossel por cima da base, que é econômica. O que dirige a história, de acordo
com ele, é o modo como a produção se organiza e quem possui os meios de
produção, as fábricas e as máquinas. A religião simplesmente refletiria essas
condições básicas.
Nas modernas ciências da religião predomina a
idéia de que a religião é um elemento independente, ligado ao elemento social e
ao elemento psicológico, mas que tem sua própria estrutura. Os ramos mais
importantes das ciências da religião são a sociologia da religião, a psicologia
da religião, a filosofia da religião e a fenomenologia religiosa.
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