Definindo a Religião

 

Definindo a Religião



Muitas pessoas já tentaram definir religião, buscando uma fórmula que se adequasse a todos os tipos de crenças e atividades religiosas — uma espécie de mínimo denominador comum. Existe, naturalmente, até um risco nessa tentativa, já que ela parte do princípio de que as religiões podem ser comparadas.

Esse é um ponto em que nem todos os crentes concordam: eles podem dizer, por exemplo, que sua fé se distingue de todas as outras por ser a única religião verdadeira, ao passo que todas as outras não passam de ilusão, ou, na melhor das hipóteses, são incompletas. Há também pesquisadores cuja opinião é que o único método construtivo de estudar as religiões é considerar cada uma em seu próprio contexto histórico e cultural. Contudo, há mais de um século os estudiosos da religião tentam encontrar traços comuns entre as religiões.

O problema é que eles interpretam as semelhanças de maneiras diferentes. Alguns as consideram resultado do contato e do intercâmbio entre grupos raciais; segundo eles, as diferentes fés e idéias se espalharam do mesmo modo que outros fenômenos culturais, como a roda e o arado. Outros pesquisadores fazem comparações a fim de descobrir o que caracteriza o conceito de religião em si.

E aí que as definições entram em cena. Vamos começar por algumas das mais famosas:

“A religião é um sentimento ou uma sensação de absoluta dependência.” - Friedrich Schleiermacher (1768-1834).

“Religião significa a relação entre o homem e o poder sobrehumano no qual ele acredita ou do qual se sente dependente.

Essa relação se ex-pressa em emoções especiais (confiança, medo), conceitos (crença) e ações (culto e ética).” - C. P. Tiele (1830-1902).

“A religião é a convicção de que existem, poderes transcendentes, pessoais ou impessoais, que atuam no mundo, e se expressa por insight, pensamento, sentimento, intenção e ação.” - Helmuth von Glasenapp (1891-1963).


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