Psicologia da religião
A Psicologia, como área da ciência vem se desenvolvendo na história desde 1875, quando Wilhelm Wundt (1832-1926) criou o primeiro Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia, em Leipzig, na Alemanha. Esse marco histórico significou o desligamento das idéias psicológicas de idéias abstratas e espirituais que defendiam a existência de uma alma nos homens, a qual seria a sede da vida psíquica.
A partir daí, a história da Psicologia é de fortalecimento de seu vínculo com os princípios e métodos científicos. A idéia de um homem autônomo, capaz de se responsabilizar pelo seu próprio desenvolvimento e pela sua vida, também vai se fortalecendo a partir desse momento.
Hoje, a Psicologia ainda não consegue explicar muitas coisas sobre o homem, pois é uma área da Ciência relativamente nova (com pouco mais de cem anos). Além disso, sabe-se que a Ciência não esgotará o que há para se conhecer, pois a realidade está em permanente movimento e novas perguntas surgem a cada dia, o homem está em movimento e em transformação contínua, colocando também novas perguntas para a Psicologia.
A psicologia da religião é um tema bastante
abrangente e complexo, pois trata de questões relacionadas ao que há de mais
íntimo no ser humano, sua vida psíquica e sua fé ou religiosidade. São questões
muitas vezes difíceis de serem
comprovadas cientificamente, a não ser pela observação de seus efeitos revelados no comportamento das pessoas. A psicologia da religião se interessa pelo estudo das funções psíquicas que intervêm na vida psíquica religiosa, como o sentimento, o desejo, à vontade, o pensamento e a representação mental ou imagem, e também pelos modos unitários de funcionamento das vivências religiosas e a atitude diante do sagrado, tal como aparecem em múltiplas formas da atividade religiosa.
A psicologia da religião é uma ciência
relativamente jovem. O seu tema central é a vivência religiosa, suas causas e
seus efeitos. Trata-se de um estudo fenomenológico, levando em consideração as
diversas manifestações de religiosidade. Utiliza-se de exemplos bíblicos para
explicar diversas situações, pois existem profundas observações sobre a vida
religiosa interior no Livro Sagrado; temas de psicologia religiosa podem ser
dali extraído. Entretanto, apenas recentemente a investigação da vida interior
religiosa tem sido feita de forma metódica, baseando-se na observação empírica.
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