Igreja Complicada. Conhece Alguma? - Lição 06

 

Igreja Complicada. Conhece Alguma?

 

Lição 06
INTIMIDADE AMOROSA

A igreja unida... com Jesus
1 Coríntios 11

 


 


Para ler e meditar durante a semana

D-Cl 2 - Supremacia de Cristo;

S-Jo 15.13 - Maior amor;

Q-2Tm 4.8 - Coroa da justiça;

Q-1Co 3.11-15 - Palha ou ouro?;

S-1Co 10.16 - Corpo e sangue de Jesus;

S-Jo 13.35-O maior argumento

 

Leitura Bíblica em Classe

1 Coríntios 11


INTRODUÇÃO

A Santa Ceia representa o sacrifício de Jesus na cruz. Ele a instituiu para nos lembrarmos do que ele fez por nós. Os elementos da Ceia são o pão e o vinho. O pão simboliza seu corpo, que foi partido por amor de nós. Na cruz ele sofreu a dor que nós merecíamos. O cálice representa uma nova aliança. O sangue de Jesus pagou os nossos pecados e estabeleceu uma nova aliança entre nós e Deus, um pacto não dependente do sacrifício contínuo de animais, mas selado com o sangue de seu Unigênito, derramado de uma vez por todas em nosso lugar. Ele morreu a morte que nós deveríamos ter mor- rido e nos conquistou a vida que não merecíamos. Mas nem sempre a Ceia é celebrada corretamente.

 

I. DATA E OCASIÃO

Na igreja primitiva, a celebração da Ceia acontecia após uma grande refeição, e esta expressava amor e fraternidade. A Bíblia fala dessa festa em Judas 12. Um dos objetivos deste momento era oferecer aos crentes mais pobres e a uma refeição farta. Nesses encontros, quem tinha mais abençoava quem tinha menos. Todos podiam usufruir de uma mesa bem servida. Os coríntios, no entanto, foram se afastando paulatinamente do propósito dessa festa pão e ágape (amor). Ao invés de promoverem uma comunhão fraterna e solidária, eles transformaram a participação na mesa do Senhor num ambiente de disputas nova mesquinhas, esnobismo e divisões. O evento criado para unir, acabou nova segregando a igreja em classes sociais. Vejamos como essa igreja estava.

 

II. DIVISÕES (v.18)

Possivelmente, os quatro partidos da igreja (Paulo, Apolo, Cefas e Cristo) podiam ser vistos na celebração da Ceia. A comunidade estava fragmentada em eia é "panelinhas". Era uma família dividida. Paulo expõe o pecado dos coríntios e condena as relações espúrias que eles construíram entre si. Deus usou essa ação cenário de divisão para revelar aqueles que eram verdadeiros crentes. As divisões ao redor da mesa do Senhor eram idas apenas evidências de problemas mais profundos, como a soberba, o orgulho ores e a vaidade. Os coríntios achavam-se, super-espirituais por causa de seus dons, mas eles estavam enganados, uma vez que maturidade espiritual se comprova pelo amor, não pelo mero exercício de dons. Sem unidade, não há maturidade. Vejamos como a desunião e imaturidade eram percebidas na igreja.

 

A.   Acepção de pessoas (v.21-22)

Os irmãos na fé viviam como estranhos num mesmo ambiente. Além da competição entre eles, existiam muros de separação entre ricos e pobres. Os ricos se afastavam dos pobres para comer e se embebedar enquanto os pobres não tinham alimento. Os crentes de condição mais simples eram desprezados e discriminados naquela igreja.

 

B.   Descaracterização da Ceia (.17,20)

Divisão e acepção de pessoas geraram distorção e negligência para com o real significado da Ceia do Senhor, e todas as vezes que os membros da comunidade se reuniam, a culpa deles só aumentava. Não havia graça, misericórdia e afeto nas relações entre eles, as pessoas eram feridas (11.22) e Cristo era desonrado (11.27).

 

III. A UNIDADE À LUZ DA CEIA

A. Jesus amou

"(...) eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão" دو (ν.23).

Paulo faz menção à traição sofrida por Jesus. Se o apóstolo destaca isso é porque esse relato tem muita importância à luz do contexto da igreja. Parece que Paulo ressalta a condescendência exercício de do Senhor em nos salvar, pelo seu amor maturidade. abnegado e sacrificial. Com certeza, um amor que estava faltando aos membros da comunidade de Corinto. Enquanto Judas, incitado por Satanás e por sua (1.21-22) própria ganância, arquitetava um plano perverso para entregar Jesus por dinheiro, o Filho de Deus se preparava para entregar a sua vida em favor dos peca- dores. Na noite de sua traição, Cristo foi às últimas consequências para resgatar pobres não homens e mulheres que nada mereciam de condi- dele, a não ser a sua justa condenação. Dessa forma, somos constrangidos a amar não apenas aquelas pessoas que temos da Ceia todas as razões para amar, mas também aquelas que não temos nenhuma razão humanamente aceitável para amar.

 

B. Jesus se entregou

"Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim" (v24).

A cruz de Cristo não acontece            u por tre eles, acaso. Jesus caminhou voluntariamente Cristo para o local de sua morte porque o Pai o entregou por amor. Jesus declarou que ninguém tirava a vida dele (Jo 10.18). A cruz não simboliza o fracasso do Deus Filho, mas a vitória dele sobre poderes do inferno e da morte. A Bíblia diz que Deus amou ao mundo de tal maneira o pão" que deu o seu Filho unigênito (Jo 3.16), e Paulo declara que Deus não poupou o seu próprio Filho, ao contrário, por sofrida todos nós o entregou (Rm 8.32).

A Ceia nos faz lembrar o quanto o nosso Salvador sofreu por amor a nós. Parece Ele deixou a glória, esvaziou-se, fez-se servo e se humilhou até à morte de cruz. Que graça maravilhosa! Nada ele fez por PAR constrangimento. Essa demonstração de amor sacrificial e abnegação deve reger as relações entre irmãos na fé. Somos desafia- dos a amar com o mesmo amor de Jesus. Assim como ele partilhou seu corpo por amor à igreja, assim devemos dar a nossa vida em favor de nossos irmãos e irmãs em Cristo (1Jo 3.16).

 

C. Jesus vai voltar

"(...) todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (v.26).

A pregação da cruz deve ser a mensagem central da comunidade cristã. Ela é poderosa para transformar pessoas. A celebração da Ceia é a recordação da morte de Jesus e o anúncio do seu retorno. A volta do Senhor é certa. Ele morreu, ressuscitou, foi elevado aos céus e um dia voltará para consumar o seu reino de paz e justiça. Um dia nos apresentaremos diante do Trono do Julgamento de Deus e as obras dos salvos passarão pelo fogo (1Co 3.9- 15). Daquilo que foi edificado com palha, madeira e feno queimará, nada sobrará. Ficarão o ouro, a prata e pedras preciosas. A maneira como servimos a noiva de Cristo vai determinar o que receberemos no retorno de seu Noivo. Todos os crentes terão de comparecer diante desse "tribunal", que nada tem a nossas ver com o Juízo Final ao qual os ímpios serão submetidos, mas um tribunal para julgar as obras e os atos dos cristãos, sendo galardoados pelo que fizeram de bem à comunidade.

 

IV. RECOMENDAÇÕES PARA A por PARTICIPAÇÃO DA CEIA

A.   Discernimento

(...) quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si" (11.29).

Paulo está se referindo ao significado da obra de Cristo e o corpo ao qual ele se refere é o corpo de Jesus (v.24,27). Se não houver compreensão do que ele realizou no Calvário não haverá participação benéfica da Ceia. Esse corpo refere-se também à igreja, denominada corpo de Cristo. Se a obra de Jesus não é compreendida, o entendimento do que Ela é a igreja, seu significado e importância, igualmente se distorcem. Entender o ato de amor de Jesus por nós na cruz, nos torna mais inclinados a amar a igreja Ele pecadora pela qual ele morreu, a fim de santificá-la (cf. 1Co 10.17). A igreja é mar uma família na qual todos são iguais em dia Cristo e, por isso, não se devemos fazer no acepção de pessoas.

 

B. Temor

"(...) aquele que comer o pão ou nada beber o cálice do Senhor, indignamente, dras será réu do corpo e do sangue do Senhor" (ν.27).

Que palavra dura! De fato, não podemos zombar de Deus achando que nossas posturas pecaminosas passam despercebidas diante dele. Mas, afinal, quem é digno de participar desta mesa? os, Participar indignadamente significa de vivenciar esse momento crucial para o fortalecimento da fé da comunidade cristă, o qual evoca amor e perdão, desprezando e ferindo discípulos de Jesus. Assentar-se à mesa do Senhor de forma leviana e irrefletida é um erro gravíssimo. A melhor maneira de parti- cipar de forma digna da mesa de Jesus é ter consciência da nossa indignidade, confessar os nossos pecados, clamar pela misericórdia do Senhor e obedecer ao mandamento que diz: "fazei isto em memória de mim."

Mais à frente, o apóstolo Paulo afirma que algumas pessoas estavam doentes e outras mortas porque participavam da Ceia indignadamente (11.29-32). Ele termina o capítulo 11 admoestando a comunidade "a fim de não vos reunirdes para juízo". Se houvesse temor eles não estariam passando por tantas lutas. Deus estava disciplinando os coríntios com rigor, porque o amor fraterno daquela comunidade tinha esfriado. O Senhor não é complacente com uma igreja que celebra o amor na formalidade, mas que não se ama de fato, ou o perdão sem se perdoar, ou finge aceitar os irmãos, mas faz acepção de pessoas. A atitude reconciliação de desprezo dos crentes de Corinto na celebração da Ceia se opunha à atitude amorosa de Cristo manifestada no pão e no cálice.

 

C. Auto-exame

"Examine-se (...) a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice (v.28).

Um auto-exame é exigido. Em outras palavras, você não deve tentar examinar seu irmão; a ordem bíblica é: "examine-se a si mesmo". Temos a responsabilidade de examinar a nossa própria vida, não a dos outros. Note, no entanto, que essa avaliação pessoal do coração tem como erro objetivo nos afastar de nossos maus caminhos em vez de nos afastar da participação do pão e do cálice. A Santa Ceia, é um convite para fugirmos do pecado e renovarmos o nosso compromisso de fidelidade àquele que partiu o seu corpo e em derramou o seu sangue para nos resgatar da condenação de nossos pecados. Não se esqueça de que Ceia é um meio de graça, um instrumento de crescimento 1 da espiritual que Jesus concedeu à igreja.

 

V. MENSAGEM PARA HOJE

A. Um autoexame em seu coração

Qual o nível de consciência que você tem do significado da Ceia? Você consegue participar dela tranquilamente quando lembra que existem raízes profundas de amargura em seu coração contra alguma pessoa da comunidade? Você pede perdão a Deus se comprometendo a caminhar sempre na direção da reconciliação? As respostas afirmativas a essas perguntas são evidências de que você sabe discernir o corpo. Mas essa autoavaliação deve ser uma prática para além de nossos encontros regulares de adoração. O nosso desafio é estar o tempo todo examinando a nós mesmos para ver se estamos na verdade (Ef 4.21)

 

B. Participe da Ceia

S A Ceia do Senhor nos dá uma oportunidade de crescimento espiritual e bênçãos se nos aproximarmos dela corretamente. Não fuja dessa   responsabilidade, nem despreze esse privilégio. Não deixe de usufruir desse do amo meio de graça. Esteja sempre pronto a se arrepender de seus pecados e celebrar o perdão de Jesus simbolizados no pão e no cálice.

 

CONCLUSÃO

Temos o compromisso de "partir o pão" com alegria e singeleza de coração (cf. At 2.42). Desse modo, a sociedade será atraída para perto da comunidade dos discípulos, e a desunião dos membros da igreja gera enfraquecimento na missão de Deus no mundo. Dedique todos os seus esforços para que a Ceia seja uma festa que relembre a morte e ressurreição de Jesus e que nos motive a dois movimentos:

1. Gratidão em vista do sublime esse do amor divino;

2. Demonstração de amor aos nossos irmãos mais necessitados.

 

APLICAÇÃO

Deus exige que a igreja viva em unidade (1Co 1.10). Jesus rogou ao Pai pela unidade de seus discípulos (Jo 17.11). Portanto, se mantemos a vinculação da comunhão, agradamos a Deus (Ef 4.3). Sim, esse é o vínculo da perfeição que tem como base o amor; conforme em- ensina o apóstolo Paulo: "(...) com toda na humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor" (Ef 4.2). Afinal, Jesus morreu te e na cruz para constituir um povo unido tive que irradia a luz do amor dele através do amor.



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