Igreja Complicada. Conhece Alguma?
INTIMIDADE AMOROSA
1 Coríntios 11
Para
ler e meditar durante a semana
D-Cl
2 - Supremacia de Cristo;
S-Jo
15.13 - Maior amor;
Q-2Tm
4.8 - Coroa da justiça;
Q-1Co
3.11-15 - Palha ou ouro?;
S-1Co
10.16 - Corpo e sangue de Jesus;
S-Jo 13.35-O maior argumento
Leitura
Bíblica em Classe
1
Coríntios 11
INTRODUÇÃO
A Santa Ceia representa o sacrifício de Jesus
na cruz. Ele a instituiu para nos lembrarmos do que ele fez por nós. Os
elementos da Ceia são o pão e o vinho. O pão simboliza seu corpo, que foi
partido por amor de nós. Na cruz ele sofreu a dor que nós merecíamos. O cálice
representa uma nova aliança. O sangue de Jesus pagou os nossos pecados e
estabeleceu uma nova aliança entre nós e Deus, um pacto não dependente do
sacrifício contínuo de animais, mas selado com o sangue de seu Unigênito,
derramado de uma vez por todas em nosso lugar. Ele morreu a morte que nós
deveríamos ter mor- rido e nos conquistou a vida que não merecíamos. Mas nem
sempre a Ceia é celebrada corretamente.
I. DATA E OCASIÃO
Na igreja primitiva, a celebração da Ceia
acontecia após uma grande refeição, e esta expressava amor e fraternidade. A
Bíblia fala dessa festa em Judas 12. Um dos objetivos deste momento era oferecer
aos crentes mais pobres e a uma refeição farta. Nesses encontros, quem tinha
mais abençoava quem tinha menos. Todos podiam usufruir de uma mesa bem servida.
Os coríntios, no entanto, foram se afastando paulatinamente do propósito dessa
festa pão e ágape (amor). Ao invés de promoverem uma comunhão fraterna e
solidária, eles transformaram a participação na mesa do Senhor num ambiente de
disputas nova mesquinhas, esnobismo e divisões. O evento criado para unir,
acabou nova segregando a igreja em classes sociais. Vejamos como essa igreja
estava.
II. DIVISÕES (v.18)
Possivelmente, os quatro partidos da igreja
(Paulo, Apolo, Cefas e Cristo) podiam ser vistos na celebração da Ceia. A
comunidade estava fragmentada em eia é "panelinhas". Era uma família
dividida. Paulo expõe o pecado dos coríntios e condena as relações espúrias que
eles construíram entre si. Deus usou essa ação cenário de divisão para revelar
aqueles que eram verdadeiros crentes. As divisões ao redor da mesa do Senhor
eram idas apenas evidências de problemas mais profundos, como a soberba, o orgulho
ores e a vaidade. Os coríntios achavam-se, super-espirituais por causa de seus
dons, mas eles estavam enganados, uma vez que maturidade espiritual se comprova
pelo amor, não pelo mero exercício de dons. Sem unidade, não há maturidade.
Vejamos como a desunião e imaturidade eram percebidas na igreja.
A.
Acepção de pessoas (v.21-22)
Os irmãos na fé viviam como estranhos num mesmo
ambiente. Além da competição entre eles, existiam muros de separação entre
ricos e pobres. Os ricos se afastavam dos pobres para comer e se embebedar
enquanto os pobres não tinham alimento. Os crentes de condição mais simples
eram desprezados e discriminados naquela igreja.
B.
Descaracterização da Ceia (ข.17,20)
Divisão e acepção de pessoas geraram distorção
e negligência para com o real significado da Ceia do Senhor, e todas as vezes
que os membros da comunidade se reuniam, a culpa deles só aumentava. Não havia
graça, misericórdia e afeto nas relações entre eles, as pessoas eram feridas
(11.22) e Cristo era desonrado (11.27).
III. A UNIDADE À LUZ DA CEIA
A. Jesus amou
"(...) eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão" دو (ν.23).
Paulo faz menção à traição sofrida por Jesus.
Se o apóstolo destaca isso é porque esse relato tem muita importância à luz do
contexto da igreja. Parece que Paulo ressalta a condescendência exercício de do
Senhor em nos salvar, pelo seu amor maturidade. abnegado e sacrificial. Com
certeza, um amor que estava faltando aos membros da comunidade de Corinto.
Enquanto Judas, incitado por Satanás e por sua (1.21-22) própria ganância,
arquitetava um plano perverso para entregar Jesus por dinheiro, o Filho de Deus
se preparava para entregar a sua vida em favor dos peca- dores. Na noite de sua
traição, Cristo foi às últimas consequências para resgatar pobres não homens e
mulheres que nada mereciam de condi- dele, a não ser a sua justa condenação.
Dessa forma, somos constrangidos a amar não apenas aquelas pessoas que temos da
Ceia todas as razões para amar, mas também aquelas que não temos nenhuma razão
humanamente aceitável para amar.
B. Jesus se entregou
"Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim" (v24).
A cruz de Cristo não acontece u por tre eles, acaso. Jesus caminhou voluntariamente Cristo para o local de sua morte porque o Pai o entregou por amor. Jesus declarou que ninguém tirava a vida dele (Jo 10.18). A cruz não simboliza o fracasso do Deus Filho, mas a vitória dele sobre poderes do inferno e da morte. A Bíblia diz que Deus amou ao mundo de tal maneira o pão" que deu o seu Filho unigênito (Jo 3.16), e Paulo declara que Deus não poupou o seu próprio Filho, ao contrário, por sofrida todos nós o entregou (Rm 8.32).
A Ceia nos faz lembrar o quanto o nosso
Salvador sofreu por amor a nós. Parece Ele deixou a glória, esvaziou-se, fez-se
servo e se humilhou até à morte de cruz. Que graça maravilhosa! Nada ele fez
por PAR constrangimento. Essa demonstração de amor sacrificial e abnegação deve
reger as relações entre irmãos na fé. Somos desafia- dos a amar com o mesmo
amor de Jesus. Assim como ele partilhou seu corpo por amor à igreja, assim
devemos dar a nossa vida em favor de nossos irmãos e irmãs em Cristo (1Jo
3.16).
C. Jesus vai voltar
"(...) todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (v.26).
A pregação da cruz deve ser a mensagem central
da comunidade cristã. Ela é poderosa para transformar pessoas. A celebração da
Ceia é a recordação da morte de Jesus e o anúncio do seu retorno. A volta do
Senhor é certa. Ele morreu, ressuscitou, foi elevado aos céus e um dia voltará
para consumar o seu reino de paz e justiça. Um dia nos apresentaremos diante do
Trono do Julgamento de Deus e as obras dos salvos passarão pelo fogo (1Co 3.9-
15). Daquilo que foi edificado com palha, madeira e feno queimará, nada
sobrará. Ficarão o ouro, a prata e pedras preciosas. A maneira como servimos a
noiva de Cristo vai determinar o que receberemos no retorno de seu Noivo. Todos
os crentes terão de comparecer diante desse "tribunal", que nada tem
a nossas ver com o Juízo Final ao qual os ímpios serão submetidos, mas um
tribunal para julgar as obras e os atos dos cristãos, sendo galardoados pelo
que fizeram de bem à comunidade.
IV. RECOMENDAÇÕES PARA A por PARTICIPAÇÃO DA CEIA
A.
Discernimento
(...) quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si" (11.29).
Paulo está se referindo ao significado da obra
de Cristo e o corpo ao qual ele se refere é o corpo de Jesus (v.24,27). Se não
houver compreensão do que ele realizou no Calvário não haverá participação
benéfica da Ceia. Esse corpo refere-se também à igreja, denominada corpo de
Cristo. Se a obra de Jesus não é compreendida, o entendimento do que Ela é a
igreja, seu significado e importância, igualmente se distorcem. Entender o ato
de amor de Jesus por nós na cruz, nos torna mais inclinados a amar a igreja Ele
pecadora pela qual ele morreu, a fim de santificá-la (cf. 1Co 10.17). A igreja
é mar uma família na qual todos são iguais em dia Cristo e, por isso, não se
devemos fazer no acepção de pessoas.
B. Temor
"(...) aquele que comer o pão ou nada beber o cálice do Senhor, indignamente, dras será réu do corpo e do sangue do Senhor" (ν.27).
Que palavra dura! De fato, não podemos zombar de Deus achando que nossas posturas pecaminosas passam despercebidas diante dele. Mas, afinal, quem é digno de participar desta mesa? os, Participar indignadamente significa de vivenciar esse momento crucial para o fortalecimento da fé da comunidade cristă, o qual evoca amor e perdão, desprezando e ferindo discípulos de Jesus. Assentar-se à mesa do Senhor de forma leviana e irrefletida é um erro gravíssimo. A melhor maneira de parti- cipar de forma digna da mesa de Jesus é ter consciência da nossa indignidade, confessar os nossos pecados, clamar pela misericórdia do Senhor e obedecer ao mandamento que diz: "fazei isto em memória de mim."
Mais à frente, o apóstolo Paulo afirma que
algumas pessoas estavam doentes e outras mortas porque participavam da Ceia
indignadamente (11.29-32). Ele termina o capítulo 11 admoestando a comunidade
"a fim de não vos reunirdes para juízo". Se houvesse temor eles não
estariam passando por tantas lutas. Deus estava disciplinando os coríntios com
rigor, porque o amor fraterno daquela comunidade tinha esfriado. O Senhor não é
complacente com uma igreja que celebra o amor na formalidade, mas que não se
ama de fato, ou o perdão sem se perdoar, ou finge aceitar os irmãos, mas faz
acepção de pessoas. A atitude reconciliação de desprezo dos crentes de Corinto
na celebração da Ceia se opunha à atitude amorosa de Cristo manifestada no pão
e no cálice.
C. Auto-exame
"Examine-se (...) a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice (v.28).
Um auto-exame é exigido. Em outras palavras, você não deve tentar examinar seu irmão; a ordem bíblica é: "examine-se a si mesmo". Temos a responsabilidade de examinar a nossa própria vida, não a dos outros. Note, no entanto, que essa avaliação pessoal do coração tem como erro objetivo nos afastar de nossos maus caminhos em vez de nos afastar da participação do pão e do cálice. A Santa Ceia, é um convite para fugirmos do pecado e renovarmos o nosso compromisso de fidelidade àquele que partiu o seu corpo e em derramou o seu sangue para nos resgatar da condenação de nossos pecados. Não se esqueça de que Ceia é um meio de graça, um instrumento de crescimento 1 da espiritual que Jesus concedeu à igreja.
V. MENSAGEM PARA HOJE
A. Um autoexame em seu coração
Qual o nível de consciência que você tem do significado da Ceia? Você consegue participar dela tranquilamente quando lembra que existem raízes profundas de amargura em seu coração contra alguma pessoa da comunidade? Você pede perdão a Deus se comprometendo a caminhar sempre na direção da reconciliação? As respostas afirmativas a essas perguntas são evidências de que você sabe discernir o corpo. Mas essa autoavaliação deve ser uma prática para além de nossos encontros regulares de adoração. O nosso desafio é estar o tempo todo examinando a nós mesmos para ver se estamos na verdade (Ef 4.21)
B. Participe da Ceia
S A Ceia do Senhor nos dá uma oportunidade de
crescimento espiritual e bênçãos se nos aproximarmos dela corretamente. Não
fuja dessa responsabilidade, nem
despreze esse privilégio. Não deixe de usufruir desse do amo meio de graça.
Esteja sempre pronto a se arrepender de seus pecados e celebrar o perdão de
Jesus simbolizados no pão e no cálice.
CONCLUSÃO
Temos o compromisso de "partir o pão"
com alegria e singeleza de coração (cf. At 2.42). Desse modo, a sociedade será
atraída para perto da comunidade dos discípulos, e a desunião dos membros da
igreja gera enfraquecimento na missão de Deus no mundo. Dedique todos os seus
esforços para que a Ceia seja uma festa que relembre a morte e ressurreição de
Jesus e que nos motive a dois movimentos:
1. Gratidão em vista do
sublime esse do amor divino;
2. Demonstração de amor
aos nossos irmãos mais necessitados.
APLICAÇÃO
Deus exige que a igreja viva
em unidade (1Co 1.10). Jesus rogou ao Pai pela unidade de seus discípulos (Jo
17.11). Portanto, se mantemos a vinculação da comunhão, agradamos a Deus (Ef
4.3). Sim, esse é o vínculo da perfeição que tem como base o amor; conforme em-
ensina o apóstolo Paulo: "(...) com toda na humildade e mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor" (Ef 4.2). Afinal,
Jesus morreu te e na cruz para constituir um povo unido tive que irradia a luz
do amor dele através do amor.
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