A mulher do fluxo de
sangue
Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia e que havia gastado todos os seus bens com os médicos, sem que ninguém a pudesse curar, veio por trás de Jesus e tocou na borda da capa dele. E logo a hemorragia dela estancou. Mas Jesus perguntou: — Quem me tocou? Como todos negassem, Pedro disse: — Mestre, é a multidão que o rodeia e aperta! Mas Jesus insistiu: — Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder. A mulher, vendo que não podia passar despercebida, aproximou-se trêmula e, prostrando-se diante de Jesus, declarou, à vista de todo o povo, o motivo por que havia tocado nele e como imediatamente tinha sido curada.48 Então Jesus lhe disse: — Filha, a sua fé salvou você. Vá em paz.
A narrativa do evangelho de Lucas se distingue pela sua rica elaboração literária, meticulosamente escrita para oferecer uma representação fiel da vida, do ministério e das obras de Jesus Cristo. Lucas, o autor deste evangelho, é notável por sua abordagem detalhada e organizada.
Escrito por volta de 60-63 d.C., o evangelho de Lucas ocorre num momento de grande turbulência política e social.
A passagem de Lucas 8:43-44, no contexto da a mulher do fluxo de sangue, destaca a fé como catalisadora para a cura física e espiritual, revela camadas de significado que ressoam profundamente na teologia cristã. A mulher com hemorragia por doze anos representa não apenas um caso médico, mas um ícone de marginalização e sofrimento. Sua condição de impureza, conforme estipulado pela Lei Mosaica (Levítico 15:25-27), a isolava social e religiosamente, intensificando o seu desespero.
A passagem de Lucas 8:43-44, ao abordar a cura da mulher do fluxo de sangue, introduz uma tensão notável entre as normas culturais e religiosas da época e a ação transformadora de Jesus.
"...Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador que o buscam..."
* No início das civilizações, as curas de doentes e tratamento de feridas, tinham seus aspectos diferenciados, em alguns casos estavam ligados a religião e muitas vezes eram realizados rituais de magia, que sem sucessos, chegava sacrifício. Com o tempo, surgiram duas importante disciplina relacionadas a exploração do corpo humano: a ANATOMIA e a FISIOLOGIA. Anatomia: é o estudo do corpo humano através de cada estrutura que o compõem. - Fisiologia: É o estudo do corpo através do seu funcionamento.
Hipócrates: nascido na Grécia, 460 a.C. Primeiro médico de função, conhecido na história da humanidade. Mas ele só prescrevia higiene habitual e dietas. - Apesar, que foi Imhotep, no período de Dioser, no Antigo Império da III Dinastia, a cerca de 2815 a.C, onde originou-se as mumificações. E Experiencias com corpos humanos.
- O inglês William Harvey, descobre as veias e artérias.
- Albrecht Haller, descobre que todos os nervos estão ligados a medula e ao encéfalo, essa descoberta chegou a ideia de que o sistema nervoso seria o responsável pelo controle do nosso corpo, e não o coração, como supunham, e que todas as intenções das emoções e demais preceitos estariam ligados a ele.
E, sendo assim, pai e mão da adolescente, fazem um ritual que atravessam a cidade até fora dos muros, sinalizando em alta voz:
“...Essa é nossa
filha, e está impura...”
Até
chegarem na parte externa da cidade, adentrando em um lugar hostil e sem
recurso Chamado de VALE DOS REJEITADOS, habitado pelos, leprosos, cegos,
aleijados e os impuros em geral, que passavam pelo processo de período de
purificação, que levava em torno de 5 ou 7 dias. (Não fazendo referência a
Spinalonga, ilha grega, uma ilha no Golfo de Mirabello, que em 1904, com a
expulsão dos otomanos – uma comunidade turca de Osmã – transformara essa ilha
em uma colônia para os portadores de hanseníase e doenças consideradas
impuras).
Dr.
Lucas, tem dificuldades ao demostrar ou transmitir a hemorragia dessa menina,
trazendo as seguintes hipóteses:
1) Uma gravidez tubária: Quando o feto se forma-se fora do útero, infeccionando as trompas, mas se tratando da menarca era pouco provável.
2) Um mioma: Descartados pelos obstetras (campo medicinal ocupa as relações entre a gravidez e o parto, sendo um mioma, seria um corpo estranho, sendo constituído por fibras porem musculares, expelidos pelas vias de defesas orgânicas.
3) Endometriose: A patologia ginecológica (ramo da medicina que se ocupa nos estudos das doenças do organismo - que junto a citologia ou citopatologia (os: que estudam os ligamentos das: células em modificações produzidas por doenças orgânicas), tem avaliado essa mulher, aparentemente portadora de uma doença, que lhes causavam: hemorragias (derramamento de sangue fora dos vasos: sanguíneos) constante. Clinicamente doença essa, ENDOMETRIOSE (a formação desse tecido, sendo que fora do útero) - Tornando aquela mulher impura pelo "sistema religioso judaico", impossibilitando-a de uma vida normal.
E
aquilo que era para ser 5 ou 7 dias, a levou a perecer por longos 12 anos
(Conf. Lucas 8:43), até o momento em que Jesus vai ao encontro da filha de
Jairo.
TOCOU -
Uma informação de transmissão denominada como um INPULSO NERVOSO. Há cerca de
70 tipos diferentes de NEUROTRANSMISSORES, cada um transmitem várias
informações: acordo com a área do cérebro em que esteja atuando. MAS EXISTE UMA,
em que os cientistas tentam descobrir. QUAL É O TRANSMISSOR RESPONSAVEL PELA
"FE". Quem Pode explicar a FÉ.
(LC: 8:44) “...Tocou...” Estancou o fluxo (paror),
o texto trás o sentido parar para o gr.Histemi: ficar parado definitivo - nao
gr.Histe: parar por momento.
As
palavras τουκρασπίδον constituem um dos chamados pequenos acordos entre Mateus
e Lucas, em contraposição a Marcos.
A comissão considerou isso um acidente e resolveu seguir o peso esmagador da evidência externa em apoio à inclusão das palavras.
A
adição de «c aqueles com ele» pode dever-se à harmonização escribal com as
palavras de Marcos, ou com a tentativa de fazer Pedro com partilhar da culpa de
ter repreendido a Jesus. Seja como for, o peso do testemunho com apoio à forma
mais breve por demais forte para ser posto de lado.
Embora se possa dizer que a omissão da cláusula «E ou dizes, quem me tocou?» se deveu à prosa estilística por copistas alexandrinos, a diversidade do fraseado, nas diversas formas da adição, torna provável que representam esforços escribais de assimilação à narrativa paralela de Marc. 5:31 e Lev. 5.2-3 o toque involuntário d’quela mulher, tornaria Jesus imundo mesmo que oculto.
“...de mim saiu virtude...”
Conclusão eminente, ELA TOCOU EM CRISTO LITERALMENTE. Que de acordo com os copistas escribais e alexandrinos, não haveria possibilidade de sair virtude do manto de Cristo, com a declaração dos discípulos “...a multidão te aperta...”.
Jesus era sim, tocado pela multidão, e o fato D’Ele permanecer em calado perante essa situação, por nada o torna culpado da Lei, mas a mulher sendo imunda tocando Cristo fisicamente o tornaria imundo perante a Lei, mesmo sendo em oculto.
Suponhamos que ela tocando em Jesus, sem Ele se manifesta, e ela permanecesse calada, ninguém iria suspeitar de nada, mas ela obtendo a cura e depois confessar a cura pela fé ao tocar em Cristo, no momento do toque ela ainda estaria na condição de impura, tornando assim, Cristo imundo pela Lei.
Por esse motivo, Cristo exclama “...Quem me tocou...” tirando do seu anonimato, onde a mulher, por sua vez, transferiu para ela a inflação da Lei, evitando assim a imparcialidade de Jesus, perante a Lei.
E,
a anuência entre a septuaginta por parte a permanência em atribuir favorável a Cristo
perante a Lei, conclui. O TOQUE NA ORLA DE SEU VESTIDO.
A
fé não pode ser defendida por termos subjetivos: que está somente no sujeito:
submetido a Depender totalmente dele, "JESUS VAI TER QUE FAZER, ELE
PROMETEU", - Ou sentimentalismo: (mórbido) quando o quadro negativo. das: provações,
nos, deixa ser intimidados pelas ansiedades e depressões "JESUS, EU NÃO
SUPORTO MAIS - que demora é essa.
Também
não é determinação otimista: "QUEM MAIS CRÉ TÁ AQUI", com flauteio
(DEBOCHADO), nem tampouco, uma ortodoxia pertinaz e irracional: (um santarrão
teimoso e que não da lugar razão e a lógica), exemplo: uma pessoa doente, você
movido e JA USADO POR DEUS, compra o remédio, ELE RECUSA. "JESUS DISSE QUE
VAI ME CURAR " - Não mandou ELE o remédio.
E,
também, não é um idealismo: tem pessoas que pensam que Jesus, é um projeto, com
suas argumentações infundada de uma imaginação fértil em suas vãs convicções, e
muitas dessas pessoas praticam uma fé pagã; tais como autoflagelar-se, auto sacrificar-se e mutilar-se.
Necessária
em nossas orações: (Tg 1:6) "...Peça-a porém, com fé, NÃO DUVIDANDO,
porque aquele que duvida semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo
vento."
(Vs. 7) "...não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa..." - (Vs. 8)
VACILANTE
E INCONSTANTE
Dúvida: não acreditar, hesitar, recear e desconfiar.
envolvido na obra), nem estar convencido da verdade que é JESUS.
Os
teólogos pelagianos (doutrina herética que negam o pecado original) e
arminianos (os que defendem que a salvação é adquirida pela fé e obras),
sustentam a cooperação da vontade humana e capacidade parcial no complemento
nos meios eficaz da obra de Deus.
Sobremodo
crendo no absolutismo do poder de Deus, E ACIMA DE TUDO CRER NO PODER ABSOLUTO
DE DEUS - e nessa relação de FÉ, a vontade do homem pode agir, más por meio /
da graça eficaz. agindo à parte da graça, contudo que vontade humana seja
inteiramente passiva.
Paz e Salvação (Lucas 8:48)
No versículo 48, quando Jesus diz à mulher do fluxo de sangue curada “Vai em paz”, ele não apenas confirma sua cura física, mas também lhe transmite uma paz que sugere uma restauração completa — emocional, espiritual e social. A palavra grega para “paz” usada aqui é “εἰρήνη” (eirēnē), que no contexto bíblico, vai além da mera ausência de conflito, representando um estado de totalidade e bem-estar que é frequentemente associado à presença salvífica de Deus.
Esta
benção de paz é significativa porque marca a mulher não só como curada
fisicamente, mas também como restaurada à comunidade. A impureza ritual que a
afastava dos rituais comunitários e do templo é revogada através da ação de
Jesus, que demonstra que a salvação que ele oferece é inclusiva e
transformadora.
Teologicamente,
a paz mencionada em Lucas 8:48 é paralela à paz que Jesus promete aos seus
seguidores em outras partes do Novo Testamento, como em João 14:27, onde Ele
oferece “paz” não como o mundo dá, mas uma paz que tranquiliza o coração e a
mente contra o medo. Essa paz é fundamental para a compreensão do reino de
Deus, onde a salvação é entendida como um estado de reconciliação com Deus e
com os outros.
Do
ponto de vista da hermenêutica, a interação de Jesus com a mulher do fluxo de
sangue e a subsequente garantia de paz pode ser vista como um microcosmo do
plano salvífico de Deus para a humanidade. Ao curar a mulher e assegurar-lhe
paz, Jesus não apenas mostra compaixão, mas também exemplifica o tipo de
relação restauradora que Deus deseja ter com cada ser humano.
Além
disso, este episódio ressalta a importância da fé genuína, como mencionado em
outras passagens bíblicas que associam fé com a recepção de paz e salvação. Em
Romanos 5:1, por exemplo, Paulo escreve que, tendo sido justificados pela fé,
temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, enfatizando que a fé
é o meio pelo qual acessamos a graça salvadora de Deus.
Assim,
Lucas, ao narrar este encontro e a fala de Jesus, não apenas conta a história
de uma cura, mas transmite um profundo ensinamento teológico sobre o alcance e
a natureza da salvação oferecida por Cristo, que é capaz de restaurar
completamente os indivíduos, não apenas fisicamente, mas em todas as dimensões
de suas vidas.
Poder da Iniciativa Pessoal (Lucas 8:43-48)
A narrativa de Lucas 8:43-48, onde a mulher do fluxo de sangue, que tinha uma hemorragia crônica, toma a iniciativa de tocar as vestes de Jesus para ser curada, ilustra profundamente a importância da iniciativa pessoal na fé. Este ato não é apenas um gesto de desespero, mas um movimento deliberado e carregado de fé, destacando que a fé verdadeira é ativa, não passiva.
O
termo grego para “tocar” usado nesta passagem é “ἅπτομαι” (haptomai), já citada
anteriormente, que implica um contato intencional e significativo. Este verbo
sugere que a mulher não estava simplesmente buscando um contato físico casual,
mas uma conexão consciente e determinada que ela acreditava que lhe traria
cura. Essa ação sublinha a teologia do “buscar e encontrar” que é central em
muitos ensinamentos de Jesus, como expresso em Mateus 7:7, “Pedi, e
dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á”.
Do
ponto de vista hermenêutico, a ação da mulher pode ser vista como uma
ilustração do ensino bíblico de que Deus honra aqueles que se aproximam dele
com fé genuína e ativa. O livro de Tiago reforça essa ideia, afirmando que a fé
sem obras é morta (Tiago 2:17). Neste contexto, a iniciativa da mulher em
buscar a cura de Jesus pode ser vista como a manifestação física de sua fé
interior, um princípio que ressoa ao longo das Escrituras.
Teologicamente,
este episódio também destaca a receptividade de Jesus àqueles que tomam a
iniciativa de se aproximar dele, independente de seu status ou condição. Ele
não somente responde à sua fé, mas também a valoriza e a confirma publicamente,
como visto quando ele chama a mulher do fluxo de sangue para se identificar e
depois a elogia por sua fé (Lucas 8:48).
Por
fim, a passagem reforça que a ação pessoal na fé é essencial para a experiência
da graça divina.
A
mulher, apesar de suas limitações e do isolamento social imposto por sua
condição, não permite que esses obstáculos a impeçam de buscar uma solução. Sua
determinação em tocar Jesus, mesmo nas circunstâncias desafiadoras, ilustra uma
verdade fundamental sobre o caráter da fé que é ativa, corajosa e pessoalmente
comprometida em buscar a Deus.
1) Uma gravidez tubária: Quando o feto se forma-se fora do útero, infeccionando as trompas, mas se tratando da menarca era pouco provável.
2) Um mioma: Descartados pelos obstetras (campo medicinal ocupa as relações entre a gravidez e o parto, sendo um mioma, seria um corpo estranho, sendo constituído por fibras porem musculares, expelidos pelas vias de defesas orgânicas.
3) Endometriose: A patologia ginecológica (ramo da medicina que se ocupa nos estudos das doenças do organismo - que junto a citologia ou citopatologia (os: que estudam os ligamentos das: células em modificações produzidas por doenças orgânicas), tem avaliado essa mulher, aparentemente portadora de uma doença, que lhes causavam: hemorragias (derramamento de sangue fora dos vasos: sanguíneos) constante. Clinicamente doença essa, ENDOMETRIOSE (a formação desse tecido, sendo que fora do útero) - Tornando aquela mulher impura pelo "sistema religioso judaico", impossibilitando-a de uma vida normal.
A comissão considerou isso um acidente e resolveu seguir o peso esmagador da evidência externa em apoio à inclusão das palavras.
Embora se possa dizer que a omissão da cláusula «E ou dizes, quem me tocou?» se deveu à prosa estilística por copistas alexandrinos, a diversidade do fraseado, nas diversas formas da adição, torna provável que representam esforços escribais de assimilação à narrativa paralela de Marc. 5:31 e Lev. 5.2-3 o toque involuntário d’quela mulher, tornaria Jesus imundo mesmo que oculto.
“...de mim saiu virtude...”
Conclusão eminente, ELA TOCOU EM CRISTO LITERALMENTE. Que de acordo com os copistas escribais e alexandrinos, não haveria possibilidade de sair virtude do manto de Cristo, com a declaração dos discípulos “...a multidão te aperta...”.
Jesus era sim, tocado pela multidão, e o fato D’Ele permanecer em calado perante essa situação, por nada o torna culpado da Lei, mas a mulher sendo imunda tocando Cristo fisicamente o tornaria imundo perante a Lei, mesmo sendo em oculto.
Suponhamos que ela tocando em Jesus, sem Ele se manifesta, e ela permanecesse calada, ninguém iria suspeitar de nada, mas ela obtendo a cura e depois confessar a cura pela fé ao tocar em Cristo, no momento do toque ela ainda estaria na condição de impura, tornando assim, Cristo imundo pela Lei.
Por esse motivo, Cristo exclama “...Quem me tocou...” tirando do seu anonimato, onde a mulher, por sua vez, transferiu para ela a inflação da Lei, evitando assim a imparcialidade de Jesus, perante a Lei.
(Vs. 7) "...não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa..." - (Vs. 8)
Dúvida: não acreditar, hesitar, recear e desconfiar.
envolvido na obra), nem estar convencido da verdade que é JESUS.
No versículo 48, quando Jesus diz à mulher do fluxo de sangue curada “Vai em paz”, ele não apenas confirma sua cura física, mas também lhe transmite uma paz que sugere uma restauração completa — emocional, espiritual e social. A palavra grega para “paz” usada aqui é “εἰρήνη” (eirēnē), que no contexto bíblico, vai além da mera ausência de conflito, representando um estado de totalidade e bem-estar que é frequentemente associado à presença salvífica de Deus.
A narrativa de Lucas 8:43-48, onde a mulher do fluxo de sangue, que tinha uma hemorragia crônica, toma a iniciativa de tocar as vestes de Jesus para ser curada, ilustra profundamente a importância da iniciativa pessoal na fé. Este ato não é apenas um gesto de desespero, mas um movimento deliberado e carregado de fé, destacando que a fé verdadeira é ativa, não passiva.
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