Jacó, ferido de Deus?

 Jacó ferido (Gn 32.25). Jacó recebeu o Toque Divino Corporal ou Não-corporal? 



Depois de fugir de Labão e de ter sido poupado quando ele o alcançou no caminho da fuga, Jacó se preparou para outro desafio: encontrar seu irmão Esaú, o irmão que ele havia enganado, roubando-lhe a bênção da primogenitura (Gênesis 31).

Jacó fugira de Canaã exatamente por causa da ira desse seu irmão. Agora estava prestes a reencontrá-lo e não sabia se Esaú, mesmo depois de tanto tempo (pelo menos 14 anos), ainda queria matá-lo. Por isso enviou mensageiros a ele e, quando soube que Esaú vinha ao seu encontro acompanhado de quatrocentos homens, mandou-lhe presentes e dividiu sua caravana de modo a dificultar um eventual ataque contra todo o grupo.

Na noite que antecedeu o encontro de Jacó com Esaú, algo curioso aconteceu. A Bíblia diz que Jacó passou a madrugada toda lutando com um homem, junto ao ribeiro de Jaboque. Quando o homem viu que não podia dominá-lo, deslocou-lhe a coxa e disse: "Deixe-me ir, pois o dia já desponta." Jacó, porém respondeu: "Não te deixarei ir até que me abençoes." O homem, então, mudou o nome de Jacó para Israel, que significa "ele luta com Deus", e o abençoou. Jacó ficou cheio de temor e chamou aquele local de Peniel (a face de Deus), pois disse: "Vi a Deus face a face e, todavia, minha vida foi poupada." Ele, então, seguiu caminho mancando, em virtude do ferimento na coxa. Segundo o texto, esse foi o motivo pelo qual os israelitas deixaram de comer o músculo ligado à articulação do quadril.


Os fatos acima narrados levantam uma séria questão

Gn. 32:22; 30-31

“E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o vau de Jaboque. E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa.”

A luta do patriarca Jacó com o Anjo do Senhor ocorreu na região do vau (local em um rio, cuja profundidade permite a passagem a pé) do rio Jaboque.

A nascente do rio Jaboque está localizada ao sul de Gileade, região montanhosa que atualmente faz parte da Jordânia.

O Jaboque é um afluente do rio Jordão e desemboca neste, entre o mar da Galiléia e o mar Morto. Seu curso tem aproximadamente 130 quilômetros.

E o texto do livro de Gênesis 32:22-30, relata a luta dramática de Jacó com o Anjo, que levaria ao surgimento do povo de Israel, bem como ao aparecimento do Messias e sua consequente obra salvadora que alcançou toda a humanidade.

Por toda a história da vida de Jacó, ele escolheu contar e confiar na benção de Deus. Em resumo, tudo que lhe acontece, de uma forma ou de outra tem ligações com o desejo de receber uma bênção, a benção do Senhor.

Mas a luta de Jacó com o Anjo do Senhor é sintomática. Esta luta foi o ápice das consequências das ações que Jacó tinha praticado. E vemos nesta história, a mão de Deus, agindo com graça e misericórdia na vida de um homem pecador; mas que o Pai havia separado para transformá-lo e fazer dele uma benção, que chegaria até nós.


I - JACÓ LUTA POR SUA BÊNÇÃO

Jacó quis por si mesmo alcançar a benção de Deus, trapaceando e roubando a benção do seu pai Isaque, que era destinada a seu irmão Esaú. E Jacó pagou um preço muito alto por aquela atitude. Jurado de morte, após o falecimento de seu pai, teve que fugir do alcance de Esaú, se refugiando na parentela de seu tio Labão.

Jacó ficou ao todo cerca de vinte anos longe de sua terra e de sua família. E a dor de estar isolado em uma terra estranha a mais de oitocentos quilômetros de distância de Berseba, sabendo que não poderia voltar tão cedo para o seu lar, certamente trazia angústia ao seu coração.

E o "enganador", passou a ser enganado por Labão. Primeiro no casamento de suas filhas Raquel e Lia. Depois na divisão das ovelhas que nasciam ora malhadas, ora lisas. Labão mudou o seu salário dez vezes. E Havia disputas e conflitos entre suas mulheres e conflitos com o irmão de sua mãe pela divisão dos animais.

De forma que a discórdia, a trapaça e o "jeitinho" não se afastavam da casa de Jacó. Jacó sofreu.

Depois de tanto tempo longe de casa, talvez Jacó já nem mais esperasse herdar a terra que Deus havia prometido a Abraão. E passou anos sendo explorado por Labão, até o dia em que Deus deu um basta, e o chamou de volta à terra de canaã.

Mas mesmo após tanto tempo, mesmo depois de duas décadas, a sombra da ira de seu irmão o perseguia. Logo Esaú é informado do seu retorno à terra prometida, e Jacó teme por sua vida e pela vida de seus filhos.

Se Jacó soubesse o quanto aquela benção lhe custaria, talvez pensasse duas vezes antes de enganar seu pai e seu irmão. E agora novamente estava na iminência de mais um conflito em sua vida. Mas desta vez poderia ser grave. Esaú era poderoso na sua terra, poderia dizimar não só ele, como também a sua família.

 

Jacó Passa o Vau do Jaboque com Sua Família

E na tentativa de proteger seus filhos e esposas da ira de Esaú, Jacó os divide em dois grupos e, apressadamente de noite, os faz atravessar o vau do Jaboque. Ele porém ficou só. Certamente para orar, Jacó se preparava para conversar com Deus.

E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o vau de Jaboque. Gênesis 32:22

E tomou-os e fê-los passar o ribeiro; e fez passar tudo o que tinha.

Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu. Gênesis 32:23-24.

Jacó possuía inúmeros servos e servas, muitos trabalhadores fiéis que ele poderia ter utilizado em uma guerra com seu irmão Esaú.

Mas diferentemente de quando era mais jovem, quando tentou ele mesmo resolver situações que estavam além de suas forças, agora as circunstâncias da vida, as dificuldades que havia passado o ensinaram a crer e confiar na providência divina.


II DEUS LUTA COM JACO 

Após ter enviado, na frente, presentes ao seu irmão Esaú, o velho Jacó teve a oportunidade de isolamento. Ele ficou na solidão da noite, e misteriosamente começou a lutar com um homem desconhecido nas margens do rio Jaboque. A luta durou a noite inteira e marcou,  mais uma vez, a história de vida do patriarca.



Jacó entendeu a sua necessidade de ter um momento a sós com Deus. E assim o fez. Gn. 32:22-24a (“E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o vau de Jaboque. E tomou-os e fê-los passar o ribeiro; e fez passar tudo o que tinha. Jacó, porém, ficou só”).

É interessante notar que Jacó fez passar tudo que tinha, tudo que possuía para ficar a sós com Deus. Ele entendeu que o Vau de Jaboque era a oportunidade da sua vida

As referências a "o Anjo do Senhor" (note o artigo definido "o", e não o indefinido "um"; e note a inicial maiúscula em "Anjo") ou a "O Anjo de Deus" (idem), no Velho Testamento, são convenções de grafia para indicar teofanias (aparições de Deus em forma humana) ou, mais técnica e precisamente falando, para indicar cristofanias (aparição do Verbo eterno, a segunda pessoa da Trindade, em forma humana, antes de Sua encarnação, antes de tomar carne no ventre de Maria).

A prova disso é que, nesses contextos, tal "Anjo" é diretamente dito ser Deus, ou é dito ter os atributos (ou exercer as ações) prerrogativas, exclusivas, identificatórias de Deus.

Uma vez que nenhuma Bíblia é consistente em sempre usar o artigo definido e a inicial maiúscula em "o Anjo" ou em pronomes a Ele referentes (as Bíblias que chegam mais perto de perfeita consistência neste uso são a King James Bible (The Authorized Version) de 1611, e a Young's Literal Translation. Nenhuma Bíblia impressa em Português coloca "Anjo" com inicial maiúscula em local nenhum, nenhuma é sempre consistente em usar "o" ao invés de "um"), colocaremos abaixo todos os versos em que nós mesmos tomamos uma caneta e fizemos as devidas correções, para melhor entendimento.

Gênesis 32:

24 Jacó, porém, ficou só; e ali lutou com ele um Varão, até a aurora subir.

25 E vendo Este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com Ele.

26 E o Varão disse: Deixa-Me ir, porque já a aurora subiu. Porém ele disse: Não Te deixarei ir, se não me abençoares.

27 E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.

28 Então o Varão disse: Teu nome não mais será chamado Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.

29 E Jacó Lhe perguntou, e disse: Dize-me, peço-Te, o Teu nome. E disse: Por que perguntas pelo Meu nome? E abençoou-o ali.

30 E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha vida está preservada.

31 E saiu-lhe o sol, quando atravessava Peniel; e manquejava da sua coxa.

32 Por isso os filhos de Israel não comem o nervo encolhido, que está sobre a juntura da coxa, até ao dia de hoje; porquanto o Varão tocara a juntura da coxa de Jacó no nervo encolhido.

 

2.2. A luta durou toda a noite (Gn 32.26-28)

 

Vemos nesta passagem o quanto Jacó foi perseverante na luta pela sua benção. Gn. 32:24-26  (“Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu. E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele. E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares.”)

Jacó não desistiu em nenhum momento da luta. Jacó não parou, lutou a noite toda e pela manhã estava com a mesma disposição. Vemos sem dúvida nenhuma o valor predominante desta virtude na conquista desta grande vitória de Jacó. Nem os quatro períodos da noite, nem o cansaço, nem a intensidade da luta, nem o deslocamento da coxa, nem a insistência do Anjo pôde barrar ou impedir Jacó de receber sua benção.

O que tem te impedido de ser abençoado, de ser vitorioso? O que tem conseguido tirar você da luta? O que tem roubado a sua perseverança na obra de Deus? Muitos não estão rompendo porque não são perseverantes.

 

 Jacó ferido (Gn 32.25). 

Jacó recebeu o Toque Divino Corporal ou Não-corporal?

 Os críticos dizem que todo o incidente foi apenas alegórico ou mitológico.

Alguns eruditos conservadores debatem-se em tomo da ideia de como um anjo pode assumir corpo físico, mesmo temporariamente, ou fingir ter um corpo que pode ser tocado e parece sólido. Nos tempos de Jacó, isso não constituía problema, já que os anjos não eram.


Particularmente não defendo a possibilidade de uma materialização física ou mesmo antropomórfico de Deus ante de Cristo.

 "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós..." (João 1:14).

Essa foi a única vez que Deus se fez carne e conviveu com o homem. Anteriormente, Deus havia assumido uma forma física temporária algumas vezes.

O Antigo Testamento registrou oito aparições em que Deus assumiu uma forma física por um curto espaço de tempo. Três vezes apareceu em forma de homem, uma vez numa sarça ardente que não se consumia e quatro vezes como Anjo do Senhor.

Sempre que isso aconteceu, Deus interveio numa situação especial.


Provavelmente, concebidos como seres imateriais, embora fossem vistos como seres de outra dimensão, não sendo outra ordem de seres humanos.

Apesar de haver muita evidência em favor de seres imateriais, e de esses seres poderem assumir corpo sólido, ou nos fazerem pensar que eles possuem corpos sólidos, restam ainda muitos mistérios em torno da questão, tal como há mistérios que circundam a própria vida. Logo, é inútil indagarmos quanto a essa questão. Simplesmente não sabemos como resolver tais problemas. Há um intercâmbio de energia e de matéria, sendo provável que essa realidade esteja por trás de tais fenômenos de uma maneira que não sabemos explicar.

Vendo este que não podia com ele. Jacó era forte demais, e o anjo não conseguia prevalecer sobre ele, motivo pelo que lhe infligiu uma injúria física. Algum golpe mais violento deixou-o capenga, embora a natureza do golpe não seja determinado no texto. Poderia um homem continuar a lutar, com o osso da coxa fora de sua junta? Nesse caso, havia muita coragem em Jacó.

Ellicott opinou que se tratava de uma luxação. (proveniente da longa e incansável força mental em sua LUTA espiritual.

Lembremo-nos de que isso tinha não somente um aspecto físico, mas também um aspecto espiritual. Assim, Jacó estava sendo transformado, e obteria uma bênção especial, acompanhada pela mudança de seu nome. Ele prevaleceu contra um anjo; mas não demoraria a prostrar-se até o chão, por sete vezes, diante de seu irmão, Esaú (Gên. 33.3)1

Jacó e o “toque divino”, trauma mecânico com choque elétrico muscular.

 O que causa uma patologia clínica Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Até o momento, não se conhece a causa específica desta doença.

Existe sim, a possibilidade de causas multifatoriais onde estariam envolvidos um componente genético, a idade e algumas substâncias do meio ambiente.

Mas, a princípio, não se conhece nenhum fator que predisponha à ELA, nem como é possível prevenir o desenvolvimento da doença.

 

 O que as pesquisas vêm detectando?

 Os últimos experimentos realizados com camundongos, alguns deles com quadro clínico semelhante ao de ELA nos humanos, têm permitido entender melhor o porquê da lesão da célula nervosa. Parece que a falta de uma proteína denominada parvalbumina é a chave essencial para este processo de morte celular.

 

Quais são os pontos necessários para o estudo clínico da doença?

No caso de ELA, o diagnóstico precoce e o tratamento.

 Existe algum tipo de diagnóstico precoce que oriente os médicos quando do inicio da doença?

 Não. 

Esse é o principal motivo pelo qual a ELA quase sempre não é diagnosticada em sua fase inicial. Por outro lado, a Ciência busca tal "marcador" (que funcione como uma "pista" para o médico, dizendo se a pessoa pode ou não vir a desenvolver ELA), pois sabe que o ideal para combater a doença é iniciar o tratamento antes do primeiro neurônio morto.

Quanto tempo, em média, leva para se fazer um diagnóstico correto da doença?

Atualmente, levam-se de 10 a 11 meses, do primeiro sintoma à confirmação do diagnóstico.

A falta de conhecimento faz com que o paciente procure primeiro um ortopedista. Para se ter uma idéia, nesse espaço de tempo (de 10 a 11 meses) o paciente passa, em média, por 4 médicos; dois deles, ortopedistas.

 

Sintomas ELA

Qual é o primeiro sintoma que caracteriza a ELA?

A fraqueza muscular.

O que esse sintoma desencadeia?

Essa fraqueza muscular é progressiva, seguida da deterioração dos músculos (amiotrófica), começando nas extremidades, usualmente em um lado do corpo (lateral). Dentro do corpo, as células nervosas envelhecem (esclerose) e os nervos envolvidos morrem, deixando o paciente cada vez mais limitado.

 

Existem outros sintomas que acompanham a fraqueza?

Sim. São eles: fasciculação (tremor do músculo), reflexos exaltados, atrofia, espasticidade e diminuição da sensibilidade. E de todos os sintomas, o mais frequente é a cãibra.

 

Como a ELA começa a se manifestar?

Geralmente, a ELA começa pelos membros superiores; eventualmente, pelos membros inferiores.

 

Existe uma forma mais agressiva de ELA?

Sim, quando ocorre a paralisia bulbar progressiva (ataca a língua e a glote). Com isso, o paciente deixa de mastigar e falar, passando a diminuir rapidamente de peso.

 

Quais são os fatores de risco para alguém desenvolver ELA?

Os fatores de risco, com efeito cumulativo (quanto mais características, maior a probabilidade) são: (Gn. Cap.25 ao Cap. 29, trata do problemas pessoais (choques psicológicos), atividades com esforço físicos (Vida profissional, Pastor) e problemas mentais cap. Cap. 29.

1)    Pertencer ao sexo masculino, que tenham desempenhado atividade física intensa,

2)    Ter sofrido algum tipo de trauma psicológico ou mecânico,

3)    Ter sido vítima de choque traumático mental.


Gn. 32:25 (“E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele.”). Muitos servos de Deus receberam o Toque de Deus (O Toque Divino). 

ISAIAS recebeu esse Toque Divino Is. 6:6-7 (“Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.”). 

JEREMIAS recebeu esse Toque Divino Jr. 1:8-9 (“Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o SENHOR. E estendeu o SENHOR a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca;”). 

PEDRO e os demais Apóstolos receberam esse Toque Divino At. 2:1-3 (“E, CUMPRINDO-SE o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.”). 

PAULO recebeu esse Toque Divino At. 9:3-4 (“E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?”).

 

JACÓ recebeu o Toque Divino da Mudança e recebeu transformações importantes:

Física – Quando o Senhor tocou no seu corpo (Coxa);

Moral – Quando o Senhor tocou no seu caráter – o Senhor tocou no coração de Jacó, na identidade dele, mudou seu procedimento completamente;

Espiritual – Seu novo viver confirmou-se ao ser-lhe mudado o nome. Jacó passou a ser outro servo de Deus depois desse Toque. Muitos precisam receber esse toque para ter sua vida espiritual mudada.

Muitos precisam receber esse toque:

Para ser transformado.

Para ser usado por Deus na sua obra.

Para ser renovado.

Você não pode continuar sua vida sem passar o Vau de Jaboque, você não pode prosseguir sem antes passar uma noite com Deus no Vau de Jaboque.

 

 

III. DEUS MUDA O NOME DE JACÓ (GN 32.27-30)

Jacó passou a ser chamado de Israel que significa “o que luta com Deus”. O fraco Jacó torna-se o poderoso Israel, pois o seu nome também pode ser traduzido como “aquele que luta com Deus e prevalece”. Até aquele momento, ele era Jacó o agarrador de calcanhar, e podia ter até alguma espiritualidade, mas era apenas Jacó, mas Deus veio para torná-lo Israel, o que tem as promessas eternas de Deus.

 

Deus mudou Jacó /  Israel, nome dado por Deus (Gn 32.28)

A experiência de Jacó no Vau de Jaboque é um dos mais extraordinários relatos de quem se encontra com Deus e sofre de maneira permanente uma transformação radical. A história é de fuga, mas se transforma em encontro, num achar a si mesmo e ver Deus. É Deus quem vai ao encontro do Jacó que tem uma história de fugas, para neste encontro ser o Deus que ele, Jacó, vê.

Um fato comum a todo ser humano é que ele é um ser em fuga. Estamos sempre fugindo de alguma coisa, de fatos da vida, de realidades, de verdades, de nós mesmos e de Deus. Geralmente o ser humano pensa em encontro com Deus, quando pensa que vai morrer, quando sente a presença da morte, por alguma razão, já que ela é a travessia inegociável para a prestação de contas com Deus. É diante dela que temos a coragem de rever nossos conceitos, avaliar nossas motivações e pesar a vida. A morte é tão forte que o autor de Provérbios quando quer citar a força do amor se inspira na força da morte, ao escrever que “...o amor é tão forte como a morte...” (Ct 8:6).

Existe, no entanto, um "lugar-momento" que é único na vida quando teremos que decidir fazer a travessia que Deus nos chama, sem a presença da morte, muito embora escolher atravessar ou não, também seja uma escolha de vida ou de morte. É o momento em que Deus nos dá a oportunidade para avaliar nossas vidas, a nós mesmos, nosso caráter e Deus. Neste lugar-momento devemos ter a coragem de olhar para dentro de nós mesmos e descobrir quem somos de verdade. Este é um momento sem engano, sem mentiras e onde temos que trabalhar com nossa ganância, nosso egoísmo, nossa futilidade. É o momento em que o nosso secreto vem à luz. Este é o Momento Jaboque: momento de nos acertarmos com Deus.

O Jaboque era um afluente do rio Jordão e quer dizer “lugar de travessia”. Era um lugar abandonado, ermo. O momento Jaboque precisa ser enfrentado a sós. Mais do que um lugar Jaboque é um tempo, um tempo de luta pessoal e com Deus. É um tempo especial onde Deus trata conosco não apenas em relação ao nosso pecado, mas em relação ao nosso caráter.

Jacó já não era o moço e seu amadurecimento veio de várias maneiras, inclusive por intermédio de suas constantes fugas. Jacó sempre foi um homem com problemas e em desespero e em constante processo de conciliação. Ele precisava de tratamento no seu caráter. Como a maioria dos seres humanos, Jacó sempre negociava, tentava o apaziguamento, cedia ao perigo. Como seu próprio nome significava era alguém que se acostumara a enganar, suplantar, a negociar. Jacó era alguém que mantinha uma resistência secreta no fundo do seu coração à vida e a Deus.

Jacó havia tido uma experiência muito interessante em Padã-Arã, quando estava a procura de uma esposa entre seus parentes. Ele tem um sonho que é contado assim na Bíblia: E sonhou: e eis uma escada era posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; e eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, ta darei a ti e à tua semente; e a tua semente será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua semente serão benditas todas as famílias da terra. (Gn 28:12-14). Ele fica tão impressionado com a experiência que dá o nome àquele lugar de Betel, que significa “Casa de Deus”. O que mais impressiona Jacó, no entanto, não é a presença de Deus e sim a benção prometida, pois sua experiência é apenas religiosa. Ele confunde religiosidade com espiritualidade, e, por isso trata logo de fazer uma proposta bastante interessante, para ele Jacó: E Jacó votou um voto, dizendo: Se Deus for comigo,e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestidos para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus; e esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo (Gn 28:20-22).

É muito fácil perceber a familiaridade dessas palavras de Jacó. Elas ecoam em nossa consciência como uma acusação. Quantas vezes tentamos fazer um acordo com Deus nos mesmos termos: Senhor, me abençoe! Faça-me prosperar em todos os meus projetos! Dá-me muito alimento! Vista-me muito bem! Cuida muito bem de mim! Aí, então, te servirei, te darei o dízimo! Dá-me para que eu possa te devolver, me abençoa, para que eu possa te abençoar!

No sonho de Jacó a cena é incrivelmente impressionante: Deus está presente, o céu aberto, anjos estão à mostra, Deus fala. Que cena maravilhosa e tremenda e tudo que Jacó vê é uma oportunidade para ser próspero, se dar bem na vida. Tudo o que fala é sobre terra, alimento, roupas, prosperidade e sucesso em tudo. Sua experiência foi puramente religiosa. Esse é um lugar comum nos nossos dias. Corações cheios de cobiça estão em Betel, interpretando o relacionamento com Deus como bênçãos materiais. Nosso vocabulário é vasto. Conhecemos os termos religiosos, muitos até clamam pelo sangue de Jesus sem nunca ter sido lavado por ele. Só vemos o que podemos tirar disso tudo. Para muitas pessoas a obra de Jesus no Calvário significa somente riqueza, prosperidade e com isto ignoram o verdadeiro significado da vitória de Cristo na cruz. Não queremos suportar as dificuldades e tudo o que for necessário para ganhar a riqueza incorruptível. Existem multidões em Betel reclamando seus direitos, reivindicando. Para muitos Betel é um lugar apenas da religião. Ignoram que na verdadeira Casa de Deus uma luta interior é travada. Há luta na alma, no coração, uma luta íntima, pois é com isso que o Senhor trata. É isto que ocorre em Jaboque.

Jaboque é transformação do caráter. Isso acontece por pelo menos três razões: Primeiro porque Jaboque é um lugar de desespero. É um lugar de vida e de morte. E um milagre precisa acontecer dentro de nós, pois é nele que vemos como somos, sem blefe, sem máscara, onde somos feridos e nossa realidade é exposta. Segundo porque Jaboque é um lugar de transformação, onde Deus nos pergunta o nome, quem somos, não porque não saiba, por desconhecer, para nos chamar atenção para nosso verdadeiro caráter. Ao perguntar o nome a Jacó, deseja fazê-lo enxergar quem ele é, enganador, suplantador. Deus estava na verdade dizendo: Jacó olhe para você mesmo, veja no que você se tornou. Não invente desculpas dessa vez. Pelo menos uma vez na vida, enfrente a realidade. Enfrente a verdade, seja honesto. Não pode haver vitória se você continuar mentindo a si mesmo. É aqui, como Jacó, que nos descobrimos irremediavelmente religiosos, que descobrimos nossa própria farsa e tentamos justificar nosso pecado. Por fim, Jaboque pode ser um ponto final, a fronteira última, onde nos encontramos com a justiça e o juízo de Deus e nos vemos completamente carentes e necessitados do amor e da misericórdia de Deus. Nunca venceremos sem isso. No Jaboque temos que enfrentar nossa própria mentira.

É no Jaboque que confessamos nosso pecado, dizendo que somos adúltero, mentirosos, enganadores, que já não acreditamos em Deus, que vivemos uma fé falsa e uma teologia descaracterizada e humanizada. Que nossos valores precisam mudar. Que não amamos a Deus, não amamos sua obra, não amamos sua igreja. Não temos apego às coisas celestiais. Somos pessoas que precisam ser transformados. No Jaboque temos a oportunidade de dizer que estamos cansados de representar ser espiritual e abençoado. No Jaboque, nosso encontro é espiritual e muda nosso caráter. Deus quer nos transformar em novas pessoas, de corações puros, de mãos limpas e não apenas nos dar coisas materiais.

Jacó precisou de uma noite de combate com sua própria natureza. Isso mudou não só seu corpo, mas sua alma. Ele acertou sua conta com o Senhor. Quando o Senhor tocou Jacó, o deixou frágil, quebrado, enfraquecido. Não existe encontro com Deus sem que saiamos feridos, expostos e marcados para sempre. Eu acredito que este é um dos maiores milagres que Deus pode fazer conosco: Destruir nossa arrogância, nossa presunção. Aleijar nossos esforços humanos e nos tornar totalmente dependentes dEle. Saímos do Jaboque mancando, humilhado e aleijado.

Sua experiência foi tão transformadora que Jacó muda o nome daquele lugar de Jaboque para Peniel, “tenho visto a Deus face a face e a minha alma foi salva”. Ele já não fala mais de acordo para bênçãos materiais, sua voz se refere a Deus e a sua bondade em Cristo. Só agora Jacó compreende seu sonho: O céu aberto significa acesso irrestrito a Deus, o Pai. Um novo caminho lhe aberto. Sentar-se nos lugares celestiais é uma benção maior do que as riquezas materiais. Significa que Deus tem algo mais excelente para nós. Podemos ter uma alegria imensurável, ouvir a voz do Senhor em meio as mais variadas e terríveis circunstâncias e abraçar os valores celestiais que nos conduzem a uma de vitória plena.

 

O significado de Peniel (Gn 32.30)

No Vau de Jaboque Jacó teve uma real visão de Deus. Gn. 32:29-31 (“E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa.”). Aquela visão mudou a mentalidade de Jacó, mudou o sentimento de Jacó, mudou a personalidade de Jacó, mudou a identidade de Jacó, aquela visão mudou o caráter de Jacó.

Jacó chamou o nome daquele lugar Peniel que significa “A FACE DE DEUS”

Quando a pessoa tem a visão da face de Deus de duas uma acontece, ou a pessoa morri ou muda de vida ( é transformado ). Em Gn 32:31 (“ E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa.”) mostra que Jacó “Passou a Peniel”, Ele passou pelo Peniel de Deus e você? já teve essa visão de Deus? Já passou pelo Peniel de Deus? Peniel espiritualmente falando, fala do lugar, da fase ou da situação que Deus usa para nos transformar e mudar nosso caráter e nossa identidade. Peniel representa o lugar, o momento ou a circunstância em que temos um encontro verdadeiro com Deus.

Onde abundou o pecado, superabundou a graça.

E Jacó não hesitou em contar com a graça de Deus.

E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. Gênesis 32:29

Na antiguidade, o nome de um homem não era simplesmente um nome, mas trazia a representação do seu caráter. Por isso o nome de Jacó foi mudado, agora para Israel, pois foi transformado pelo poder da graça.

Terminava ali a história de um suplantador e começava a vida do pai de uma grande nação.

E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. Gênesis 32:30

A luta de Jacó com o anjo do Senhor ocorreu durante toda a noite. Uma linda simbologia que nos traz uma mensagem de conforto. Noite é tempo de escuridão, de dificuldade. A adversidade, a luta pode durar uma noite inteira, mas ao amanhecer virá a benção do Senhor.

Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Salmos 30:5

 


IV. "AS VIRTUDES QUE MARCARAM JACÓ NO VAU DE JABOQUE"

Jaboque era o mais importante Rio de Gileade, um tributário do Jordão. Jaboque significa efusão. Efusão significa demonstração viva de sentimentos íntimos.

Foi no Vau de Jaboque, ou seja, numa travessia, num lugar mais raso daquele rio, onde era possível passar a pé ou a cavalo sem necessidade de ponte que Jacó teve o encontro com Deus que Mudou sua vida.

Foi ali onde Jacó demonstrou a Deus seus mais profundos e íntimos sentimentos e necessidades.

Jacó tem sido muito usado, citado e referenciado por nós. Explorando sempre o seu aspecto negativo de suplantador, enganador, mas sem dúvida, ele tem virtudes essenciais e tremendamente importantes que não temos muitas vezes explorado. Principalmente a partir do episódio acontecido no Vau de Jaboque.

 

1.     A Prudência de Jacó

Posso ver nitidamente essa virtude em Jacó nesse momento da sua história. Jacó muitas vezes errou e enganou principalmente a seu irmão. Mas agora reconheceu que era preciso um concerto, uma mudança em sua vida. Jacó pôde ver que agora não dava mais para continuar correndo, escondendo, ocultando e , fugindo, era preciso concertar, encarar a situação, reconciliar com Esaú, e foi aí nesse sentido sua oração, suas atitudes.


Podemos ver:

A Prudência com o bando. Gn. 32:7 (“Então Jacó temeu muito e angustiou-se; e repartiu o povo que com ele estava, e as ovelhas, e as vacas, e os camelos, em dois bandos.”)

A Prudência em enviar o presente ao irmão Esaú. Gn. 32:13 (“E passou ali aquela noite; e tomou do que lhe veio à sua mão, um presente para seu irmão Esaú”)

A Prudência na sua Oração a Deus. Gn. 32:10-11 (“Menor sou eu que todas as beneficências, e que toda a fidelidade que fizeste ao teu servo; porque com meu cajado passei este Jordão, e agora me tornei em dois bandos. Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú; porque eu o temo; porventura não venha, e me fira, e a mãe com os filhos.”)

Jacó diante do temor e aflição fez a única coisa ao seu alcance, voltou-se para Deus. Posso ver a prudência em Jacó ao ver que ele embora estivesse rico, abastado, famoso e prospero em tudo, reconheceu seu estado diante de Deus e a mudança que ele precisava. Jacó lutou a noite toda sabendo que era exatamente pela sua mudança que ele estava lutando.

Quando ele falou ao anjo “não te deixarei ir enquanto não me abençoares” o Anjo sabia do que Jacó estava falando. Jacó tinha consciência que sua luta era para que ele se tornasse um príncipe diante de Deus e deixasse de ser o Jacó, “O Suplantador”.

 

2.     A experiência pessoal de Jacó com Deus

Jacó entendeu a sua necessidade de ter um momento a sós com Deus. E assim o fez. Gn. 32:22-24a (“E levantou-se aquela mesma noite, e tomou as suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e passou o vau de Jaboque. E tomou-os e fê-los passar o ribeiro; e fez passar tudo o que tinha. Jacó, porém, ficou só”). É interessante notar que Jacó fez passar tudo que tinha, tudo que possuía para ficar a sós com Deus. Ele entendeu que o Vau de Jaboque era a oportunidade da sua vida.

É curioso, significante, observar que só no momento que estava a sós com Deus, o varão apareceu a Jacó. Quanto é grande o número de pessoas que não tiveram ainda seu encontro, sua experiência própria  (pessoal) com Deus. Cada um em caráter particular precisa ter, viver, buscar sua experiência individual com Deus.

Você já ficou a sós com Deus? Você já se colocou assim diante de Deus?

É necessário que cada um de nós busquemos isso, alcancemos isso, enfim vivamos isso com Deus.  É preciso que cada um em particular tenha sua experiência pessoal com Deus.

 

3.     A perseverança de Jacó

Vemos nesta passagem o quanto Jacó foi perseverante na luta pela sua benção. Gn. 32:24-26  (“Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu. E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele. E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares.”)

Jacó não desistiu em nenhum momento da luta. Jacó não parou, lutou a noite toda e pela manhã estava com a mesma disposição. Vemos sem dúvida nenhuma o valor predominante desta virtude na conquista desta grande vitória de Jacó. Nem os quatro períodos da noite, nem o cansaço, nem a intensidade da luta, nem o deslocamento da coxa, nem a insistência do Anjo pôde barrar ou impedir Jacó de receber sua benção.

O que tem te impedido de ser abençoado, de ser vitorioso? O que tem conseguido tirar você da luta? O que tem roubado a sua perseverança na obra de Deus? Muitos não estão rompendo porque não são perseverantes. Que Deus nos Ajude!

 

4.     A Transformação (a regeneração) de Jacó

Jacó recebeu no Vau de Jaboque a sua maior benção, a sua transformação. Gn. 32:28 (“Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.”). A partir daquele momento Jacó não seria mais o mesmo, pois o varão mudaria o seu nome de Jacó (enganador, trapaceiro) para Israel (aquele que luta com Deus e prevalece).

E o Varão o Abençoou transformou ali. Gn.32:29 (“E abençoou-o ali”). ESCUTA! Seu nome já foi mudado?  Qual nome você tem hoje?  Por qual nome você é conhecido? Pelo nome antigo ou por um novo nome?

O nome naquela época refletia muitas vezes o caráter, a personalidade da pessoa ou uma realidade da sua vida ou da história do povo de Deus.

Vemos que apartir do Vau de Jaboque a mudança, a transformação de Jacó foi plena (física, moral e espiritual) e definitiva. (Ele nunca mais foi o mesmo). Sem dúvida é de uma benção assim que nós também estamos precisando. É preciso nascer de novo. Ao encontrar-se com Deus Jacó teve sua Identidade mudada! E você mudou a sua?

 

 

5.   “A Visão que Jacó teve de Deus”

No Vau de Jaboque Jacó teve uma real visão de Deus. Gn. 32:29-31 (“E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa.”). Aquela visão mudou a mentalidade de Jacó, mudou o sentimento de Jacó, mudou a personalidade de Jacó, mudou a identidade de Jacó, aquela visão mudou o caráter de Jacó.

Jacó chamou o nome daquele lugar Peniel que significa “A FACE DE DEUS”. Quando a pessoa tem a visão da face de Deus de duas uma aconteci, ou a pessoa morri ou muda de vida (é transformado).

Em O texto de Gn. 32:31  (“E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa.”) mostra que Jacó “Passou a Peniel”, Ele passou pelo Peniel de Deus e você? já teve essa visão de Deus? Já passou pelo Peniel de Deus? Peniel espiritualmente falando, fala do lugar, da fase ou da situação que Deus usa para nos transformar e mudar nosso caráter e nossa identidade. Peniel representa o lugar, o momento ou a circunstância em que temos um encontro verdadeiro com Deus, em que somos realmente mudados (transformados) por Ele.

Obs.: Ninguém nunca conhece tudo (por maior que seja a experiência, existe muita coisa que continua oculta ainda).é preciso ter a visão de Deus 

 

6.     A determinação de Jacó

Jacó demonstrou determinação de lutar pela benção que precisava Gn. 32:26 (“E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares.”).

Esta virtude Jacó sempre teve – Ele sempre foi determinado. ‘Podemos ver isso: Quando se decidiu por Raquel. Quando buscou prosperidade. E agora na luta com o Anjo (com o Varão).

Muitas vezes, em muitas ocasiões o que falta em nós, na pessoa é a determinação, “em dizer eu vou buscar”, “eu vou fazer”, “eu vou conseguir”, “eu vou mudar”, “eu vou resistir”, “eu não vou recuar em nome de Jesus.” Fl. 4:13 (“Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.”)

Meu objetivo nesta palavra, é te levar a determinar, é te levar a travar uma luta com Deus, assim como Jacó, para que possas alcançar a benção que tanto precisa.

 

7.      “O Toque Divino” da Mudança em Jacó

Jacó recebeu o Toque Divino Gn. 32:25 (“E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele.”). Muitos servos de Deus receberam o Toque de Deus (O Toque Divino). ISAIAS recebeu esse Toque Divino Is. 6:6-7 (“Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.”). JEREMIAS recebeu esse Toque Divino Jr. 1:8-9 (“Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o SENHOR. E estendeu o SENHOR a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca;”). PEDRO e os demais Apóstolos receberam esse Toque Divino At. 2:1-3 (“E, CUMPRINDO-SE o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.”). PAULO recebeu esse Toque Divino At. 9:3-4 (“E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?”).

 

JACÓ recebeu o Toque Divino da Mudança e recebeu transformações importantes:

Física – Quando o Senhor tocou no seu corpo (Coxa);

Moral – Quando o Senhor tocou no seu caráter – o Senhor tocou no coração de Jacó, na identidade dele, mudou seu procedimento completamente;

Espiritual – Seu novo viver confirmou-se ao ser-lhe mudado o nome. Jacó passou a ser outro servo de Deus depois desse Toque. Muitos precisam receber esse toque para ter sua vida espiritual mudada.

Muitos precisam receber esse toque:

Para ser renovado.

Para ser transformado.

Para ser usado por Deus na sua obra.

Você não pode continuar sua vida sem passar o Vau de Jaboque, você não pode prosseguir sem antes passar uma noite com Deus no Vau de Jaboque.

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