Discipulado 1º Módulo - Lição 2


Introdução ao Discipulado


 

A Igreja Cristã "Discípulos de Cristo" é uma denominação cristã protestante que ensina que o "discípulo" é aquele que seguem outrem em suas ideias, atitudes, posição ideológicas. Os Discípulos mais conhecidos são os doze apóstolos: André, Bartolomeu, Filipe, João, Marcos, Judas Iscariotes, Judas traidor, Mateus, Samuel, Simão Pedro, Tiago, Tomé. Os relatos bíblicos mostram que todos que estavam com Jesus e o seguiam eram seus discípulos (Mateus 8:23). Este movimento restauracionista protestante teve suas origens no movimento restauracionista de Thomas Campbell e Alexander Campbell na região dos Apalaches no início do século XIX, visando restaurar o cristianismo primitivo e acabar com o denominacionalismo.

Os Discípulos de Cristo não possuem credos mais específicos para além dos rituais e credos mais básicos presentes na Bíblia; assim em comum: creem na Bíblia, praticam o batismo por imersão, celebram a santa ceia aberta a todo e qualquer cristão semanalmente presidida por membros leigos. Cada congregação é autônoma.

 

1-O que é discipulado?.

    É um relacionamento pessoal entre um discípulo maduro (experiente) e outros novos discípulos. Esta palavra vem do latim  “lt. discipulato: aprendizado”

    O discipulado tem como finalidade a instrução do novo convertido nos caminhos santos do Senhor Jesus.

    Em um período de 06 meses, divido em 03 períodos, o novo convertido vai adquirir conhecimento e crescimento cristão

 

2-Alguns conselhos.

Recomenda-se a cada aluno acompanhar as aulas portando: 01 (um) caderno, 01 (uma) caneta e sua Bíblia.

Tirar todas as suas dúvidas. Pergunte o que for preciso e o professor, na medida do que for possível, esclarecerá suas dúvidas.

Evite faltar às aulas.

No decorrer de cada aula abordaremos temas que vão desde a sua iniciação como discípulo de Jesus até nossa chegada gloriosa nos céus.

 

3-o que é discípulo?.

 É aquele que recebe ensino ou doutrina de alguém.

 Jesus mandou seus discípulos fazer discípulos das nações, e empregou o verbo grego matheteo (Mateus 28:19). O que ele queria dizer? O que ele queria? Quando tivermos concluído a lição sobre o discipulado, os nossos alunos não devem aceitar o engano de que as idéias da “graça fácil”, tão freqüentemente associadas à religião da “fé somente”, e a aceitação superficial de Jesus no coração de uma pessoa têm algo a ver com o verdadeiro cristianismo.

Grimm-Thayer (Lexicon, p. 386) e Arndt & Gingrich (Lexicon, p. 485) usam, cada um, as mesmas três palavras para definir a palavra mathetes (do verbo manthano, aprender): “aprendiz”, “aluno” e “discípulo”. Mesmo um iniciante teria concluído isso do uso de Mateus 10:24-25 e Lucas 6:40, em que “discípulo” se opõe a “mestre”, assim como “escravo” se opõe a “senhor”.

Mas uma atenção mais ampla ao uso no Novo Testamento revela que “discípulo” implica uma ligação mais profunda com “mestre” do que às vezes podemos imaginar no uso moderno das palavras “aluno” e “estudante”. O discípulo não se senta apenas aos pés do mestre e aprende com ele. Ele na verdade se compromete ao ensino do mestre. Podem-se estudar os escritos de Karl Marx sem ser discípulo de Marx nem marxista. O discípulo implica não apenas aprender o ensino, mas a aceitação dele, dedicando-se ao mestre, aderindo ao seu ensino e ao estilo de vida devida do mestre. Portanto, palavras como “adepto” e mesmo “aprendiz” devem ser acrescentadas para completar o significado de discípulo.

Analise algumas das passagens que completam o significado da palavra discípulo. Lucas 14:25-35 fala do custo do discipulado. Três vezes Jesus fala das pessoas que “não podem” ser seus discípulos. Observe que essa forte linguagem segue os passos da parábola sobre aqueles que não levam a sério a oportunidade de entrar no reino (Lucas 14:15-24)

Em primeiro lugar, Jesus diz que devemos “aborrecer” o parente mais próximo e até mesmo a própria vida, caso contrário não poderemos ser seus discípulos (Lucas 14:26). Obviamente, o “aborrecimento” não é tomado aqui em valor absoluto. Outras passagens nos ensinam a amar essas pessoas. Então “aborrecer” é usado relativa ou comparativamente (veja Gênesis 29:31 com a declaração imediatamente anterior, no 29:30). O discipulado implica amor e lealdade para com Jesus tão grandes que qualquer outro amor parecerá como o aborrecimento em comparação. E, se não dermos essa devoção a Jesus, as conseqüências não são que nos tornamos um tipo de discípulo de segunda ou terceira categoria, mas sim que não podemos ser discípulos de forma alguma.

Lucas 14:27 liga-se a passagens como Mateus 16:21-28 e Marcos 8:31- 9:1, as quais apresentam o conceito de que a natureza do Messias determina a natureza do discipulado. Tiago e João pensavam no reino messiânico sob o aspecto das vestes reais, os exércitos em marcha e os palácios terrenos, caso em que o discipulado teria significado lugares de destaque para os discípulos principais (Marcos 10:35-45). Mas eles entenderam mal o reino. A coroa de Jesus viria à custa da cruz. E o discipulado em relação a um tal Messias significaria tomar a própria cruz e juntar-se na marcha no encalço de um Messias rejeitado e crucificado. Já que esse era o destino do Messias, nem se pode pensar em ser seu discípulo se não carregar a sua cruz, seguindo fielmente mesmo para o Gólgota, se for necessário.

Após os exemplos sobre a necessidade de levar em conta os custos antes de se lançar a qualquer grande empreendimento (Lucas 14:28-32), Jesus conclui: “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”(Lucas 14:33). Ele continua comparando essa pessoa ao sal que se tornou “insípido” e para nada serve, senão para ser lançado fora (Lucas 14:34-35).

“Fazei discípulos”, disse Jesus a seus apóstolos. Ele já tinha explicado o que era ser discípulo.

Entre as últimas diretrizes que Jesus deu aos seus apóstolos, ao enviá-los ao mundo, estava a ordem: “Fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19). Nesta altura da minha exposição sobre a comissão apostólica, estou esforçando-me por reunir e discuitr as passagens do Novo Testamento que esclarecem de algum modo o significado do discipulado. Da última vez, analisamos Lucas 14:25-35. Desta vez passamos para o evangelho de João, que contém três ou quatro passagens de especial importância para o assunto.

Como frisam os léxicos gregos, o emprego que o Novo Testamento faz da palavra mathetes (discípulo) vai de uma referência estreita e limitada aos apóstolos (por exemplo, “os seus doze discípulos” – Mateus 10:1) até o sentido mais abrangente de “toda a multidão dos discípulos” (Lucas 19:37; veja 6:17), às vezes aparentemente encerrando todos os que se ligavam a ele, ouvindo os seus ensinamentos, ainda que o compromisso deles fosse superficial. O evangelho de João distingue essa multidão de discípulos superficiais daqueles que desejavam ser, verdadeiramente, seus discípulos.

Devemos começar no capítulo 6 de João. Observe que a “numerosa multidão” que seguiu a Jesus para o lado leste do mar da Galiléia distinguiu-se no primeiro momento de “seus discípulos” (João 6:2-3,5,8,12 e, especialmente, 16-17, 22- 24). A alimentação milagrosa dos cinco mil estimulou a multidão, cuja conclusão foi que ele era “verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo” (6:14), com a conseqüência de que “estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei” (6:15). Jesus, portanto, agiurapidamente para separar os seus discípulos desse entusiasmo equivocado, e os compeliu a atravessarem o mar de barco (6:15-21; veja Marcos 6:45). A multidão logo o seguiu, entretanto, e achou Jesus numa sinagoga em Cafarnaum (6:22- 25,59). Mas Jesus reconheceu a motivação materialista no ato de o buscarem (6:26), e o ensino que se seguiu na sinagoga tratava da verdadeira natureza de sua missão e obra, tendo o efeito de desafiar a profundeza do compromisso desse povo, peneirando a multidão.

A multidão tropeçava com a noção de um Messias que daria sua vida para conceder vida eterna aos que o recebessem (6:48-59). Queriam o pão físico que sustentaria a vida por um momento. Eles não queriam, de forma alguma, o pão pelo qual poderiam viver para sempre. 

Na grande crise resultante, a palavra discípulo é aplicada num sentido mais abrangente (6:60-61,66). Apesar dos maiores esforços de Jesus, “muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele” (6:66).

O abandono foi tão completo que Jesus até se voltou aos doze com a triste pergunta: “Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?” (6:67). 

Mas Pedro foi rápido em responder: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (6:68). 

Eu trouxe você até aqui para concluir que os verdadeiros discípulos têm um compromisso de todo o coração com as palavras de vida de Jesus Cristo. Encontraremos essa conclusão expressa em tantas palavras quando lemos João 8:31.

Dessa vez, o conflito de Jesus com os judeus aconteceu na Judéia. O assunto era, mais uma vez, a missão e a natureza de Jesus. João diz que “muitos creram nele” (8:30). Agora escute: “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (8:31-32)

Observe: esses crentes eram crentes não-salvos — ainda não estavam “ livres”. Eram escravos do pecado, como Jesus continua explicando (8:33-34). Os que afirmam que aquele que recebe a vida eterna por meio de uma crença interior, que não incluiu atos de obediência, devem prestar atenção. 

Observe, também, que os verdadeiros discípulos agem de acordo com a palavra de Jesus. Aliás, andar de acordo com a palavra é uma condição para sermos discípulos verdadeiros”. 

Então devemos dizer sem rodeios, arriscando até ofender alguns, que os que tomam o nome “cristão” devem ser discípulos de verdade. Aqueles que defendem a salvação sem cumprir a vontade revelada por Deus não tem nenhum direito de se chamar cristãos. Os “discípulos” foram chamados de cristãos nas Escrituras (Atos 11:26).

Se esses defensores da “graça fácil” são ignorantes, devem aprender. Se estão fingindo, devem ser condenados. Qualquer que seja o caso, devem arrependerse ou enfrentar o julgamento despreparados.

 


Share:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Hernandes D. Lopes - Jó

Wayne Gruden

Ariovaldo Ramos