Sobre a doutrina da Salvação

 

Sobre a doutrina da Salvação




A doutrina da salvação, na maioria das igrejas e centros de crença existentes hoje, é nebulosa ou, nos casos piores, contraditória. A confusão que existe sobre esta doutrina é tremenda. Tal confusão pode vir por ela tratar muitos tópicos em uma ordem que as vezes é difícil de seguir. Mesmo que o assunto contém aspetos que são impossíveis de entender por completo, convém um estudo sobre este vasto assunto que quase todos os livros da Bíblia tratam.

O termo teológico deste assunto é soteriologia. Essa doutrina abrange as doutrinas da reprovação, a eleição, a providência, a regeneração, a conversão,  justificação e a santificação entre outras. Também envolve a necessidade de pregação, de arrependimento e de fé. Inclui até as boas obras e a perseverança dos santos.

 

A salvação

não é uma doutrina fácil de entender pelo homem. É uma atividade divina em que participam as três pessoas da trindade agindo no homem. Por ela tratar da obra de Deus que resulta no eterno bem do homem para a glória de Deus somos incentivados a avançar neste assunto com temor e oração para entendê-la na forma que é do agrado de Deus.

"Soteriologia" deriva de duas palavras gregas, soteria e logos. A primeira significa

"salvação" e a última, "palavra, discurso ou doutrina". Depois de ter tratado da doutrina da teologia, onde enfatizamos a santidade de Deus, e tendo visto o fracasso e o pecado da humanidade no estudo da antropologia e hamartologia, somos obrigados a compreender a absoluta necessidade de um plano de salvação suficiente para cobrir o imenso abismo entre estes dois extremos infinitos, a pecaminosidade do homem e a santidade de Deus.

Felizmente, para todos os interessados, Deus previu tudo o que teria lugar na queda do homem e planejou exatamente a salvação necessária antes da fundação da terra.  Antes do primeiro pecado cometido no universo, antes da terrível crise provocada pelo homem rebelde, que fora feito à imagem de Deus, o Senhor planejou e proveu um meio de fuga das armadilhas e condenação do pecado. Nosso Deus não foi apanhado de surpresa. Ele previu a queda e pré-ordenou o plano de resgate.

O plano da salvação de Deus é tão simples que o menor dentre os filhos dos homens pode entendê-lo o bastante para experimentar o seu poder transformador. Ao mesmo tempo, é tão profundo que nenhuma imperfeição jamais foi descoberta nele. De fato, os que o conhecem melhor ficam continuamente Espantados com a idéia de que um e apenas um plano de salvação seja necessário para satisfazer as inúmeras carências espirituais em meio às variações quase ilimitadas das necessidades dos homens em cada raça, cultura e situação entre as nações deste mundo.

O ponto nevrálgico do plano da salvação de Deus se concentra no cargo e função de um mediador - alguém que pudesse colocar-se entre um Deus ofendido e uma criatura pecadora e sem esperança, o homem. só sentiu a necessidade de alguém assim quando se encontrou (pelo menos é o que pensava) afastado de Deus. "Porque ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo. Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos" (Jó 9:32,33).

Esta é a posição que Cristo veio preencher em seu sacrifício substitutivo. "Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1 Tm 2:5).

Esta é a razão para a encarnação da segunda pessoa da divindade; a fim de ser o mediador para Deus, Ele deve ser Deus; a fim de representar a humanidade, Ele deve ser homem. A penalidade pelos pecados humanos, que precisa ser cancelada caso o homem deva ter comunhão com Deus, era a morte. Mas em vista de Deus não poder morrer – o espírito não pode morrer - Ele precisa ter um corpo, portanto, "o Verbo se fez carne, e habitou entre nós" Jo1:14). Note igualmente as seguintes explicações ampliadas:

"Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse a todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Pois ele, evidentemente, não socorre a anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas cousas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos pecados do povo" (Hb 2:14-17).

Tudo isto se tornou possível mediante a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo Jesus.

No estudo da doutrina da salvação teremos dois títulos:

1. As provisões feitas: incluindo morte, sepultamento, ressurreição, ascensão e

exaltação de Jesus Cristo; e

2. A aplicação dessas provisões: incluindo arrependimento, fé, justificação,

regeneração, adoção, santificação, confiança e segurança.


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