Igreja Complicada. Conhece Alguma? - Lição 09

 

Igreja Complicada. Conhece Alguma?

  

Lição 09
Igreja Consoladora

Repassando para os irmãos o que recebemos de Deus

 




Para ler e meditar durante a semana

D - S142-Eu ainda o louvarei;

S - Is 49.13-Grito de alegria;

T - Fp 4.13 Já posso suportar:

Q - Rm 8.31-Deus é por nós;

Q - Fp 1.6-A boa obra

S - S 86,17-Deus consola:

S - S1 23.4-Consolo do pastor

 

Leitura Bíblica em Classe

2 Coríntios 1


INTRODUÇÃO

Influenciados pela teologia da prosperidade, muitos crentes chegaram à conclusão de que não podem experimentar aflições ou tribulações, pois estes seriam sinais de uma fé fraca ou de um deus irado. No entanto, vemos em Paulo que o cristão fiel, amado por Deus, também sofre. O apóstolo enfrentou oposição, perseguição e sofrimento. Todavia, o Deus que o comissionou não o deixou, esteve ao seu lado em todo o tempo. Deus nos prova, mas jamais nos desampara.

Deus tem para nós promessas de consolo e deseja fazer de cada discípulo de Jesus um canal de paz e consolo aos que sofrem. Ficar firme nas dificuldades e trazer conforto aos desassossegados é expressão de amor e maturidade cristã.

 

1. DATA E OCASIÃO

Paulo inicia 2Coríntios recordando que o seu apostolado lhe foi outorgado pela vontade de Deus, que o comissionou para essa obra (v.1; cf. Gl 1.15). Esta lembrança serviu para combater os rebeldes que incitavam os cristãos de Corinto contra a sua autoridade apostólica. Apesar dos falatórios dos falsos mestres, o apóstolo tratou a igreja como parte da verdadeira igreja de Cristo. Por isso, a denomina "igreja de Deus" (v.1).

O apelo de Paulo neste texto é para que a Igreja de Corinto sustente a ele e seus companheiros em oração. Uma igreja madura participa das aflições dos justos. Ela carrega as marcas de quem participa dos sofrimentos de Cristo por amor ao evangelho e sua proclamação. O apóstolo usa seu próprio exemplo de sofrimento para nutrir ânimo no coração dos crentes. Ele escreve 2Coríntios a partir de alguns problemas. De fato, suas lutas são tão severas que ele chega a dizer: "(...) foi acima das nossas forças. a ponto de desesperarmos até da própria vida (v.8). (...) "já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte" (v.9).

Mais à frente, o apóstolo descreve outros perigos e dores aos quais fora submetido (2Co 11.23-28). No entanto, além de todas as lutas. Paulo teve de enfrentar rebelião, deslealdade, desonestidade. imoralidade, infidelidade, orgulho, vindos da Igreja de Corinto. Os falsos apóstolos que tentaram minar sua autoridade apostólica ainda estavam lá. Paulo conhecia os problemas da comunidade, mas confiava que Deus oferece conforto em meio às aflições. Por isso ele inicia os primeiros versos desta carta manifestando sua admiração pelo Senhor.

 

II. UMA PALAVRA DE LOUVOR

 

"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdia e Deus de toda consolação!" (v.3)

Uma expressão de louvor ao Senhor. A palavra "bendito" é eulogetos em grego, de onde vem o nosso termo "elogio" ou "falar bem". Paulo emprega esta expressão referida a Deus, porque recebeu conforto do Senhor. O apóstolo não está questionando a Deus porque acabou de escapar da morte e nem porque a igreja em Corinto dá muito trabalho. Ele está falando bem de Deus; exaltando e louvando o Senhor pelo conforto recebido. Um homem que teria todas as razões para revoltar-se ou ressentir-se, mas está cheio de alegria, louvor e gratidão por causa de quem é seu Deus. O Senhor mostrou seu braço fiel e poderoso em todas as dificuldades por meio da sua presença confortadora. Assim, o coração de Paulo está cheio de louvor a Deus. A força da palavra "consolação", nesse versículo, está no termo grego parakletos ("advogado", "consolador"), utilizado no Novo Testamento em relação ao Espírito Santo como "o outro consolador", prometido por Jesus antes de ascender aos céus (cf. Jo 14.16; 16.13-14).

 

IILO AUTOR DO CONFORTO (v.4c)

No final do versículo 4. Paulo se refere à "(...) consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus". Não há conforto em nenhum outro lugar a não ser nos braços do Senhor. Deus de toda a consolação (v.3). Todo conforto vem dele. Qualquer consolo que não venha do céu terá curta duração, e não resolverá o problema da angústia e da tristeza de modo consistente. O conforto a que Paulo se refere aponta para o encorajamento, a ajuda e a exortação do Senhor. Nada tem a ver com um sentimento de satisfação sem vigor. O consolo de Deus fala de uma ação que nos fortalece a mente e o coração para lutarmos de modo resoluto as batalhas da fé.

 

IV. PROMESSA DE CONFORTO (v.4a)

É como se Paulo dissesse: "Veja, em primeiro lugar, quero que você saiba que o Deus de todo o conforto nunca falha". Ele conheceu a tribulação, a aflição, a perseguição, a fome, a espada, o perigo e a nudez. Agora, diz que passou por circunstâncias dificílimas e desesperadoras, mesmo assim, por experiência pessoal, ensina a igreja que Deus sempre está perto para nos consolar. Promessa divina. Jesus não prometeu que vai deixá-lo sem problemas, no entanto, prometeu que jamais o deixará sem conforto. Afinal, ele é o Deus de todo conforto, Pai de ternas misericórdia e compaixão. Ele sempre concederá o encorajamento apropriado, conforto real e força aos seus filhos. O Senhor está tão perto quanto o ar que respiramos. Ele nunca nos abandona, nossa consolação que nos confortará em toda a nossa aflição.

A "tribulação" que Paulo sofreu foi uma forte pressão que tentou esmagar a sua fé, mas em tudo isso Deus o confortou. O verbo "confortar" não significa proporcionar facilidades, mas dar coragem e ousadia para resistir às pressões fortemente em Deus.

A promessa de consolo fica ainda mais evidente no versículo 7: "A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação". Paulo não duvida de que Deus é fiel e lhes dará força em meio às dificuldades. Os coríntios fiéis que estão sofrendo ficarão bem. Deus os consolará e fortalecerá. E através dessa força sua esperança permanecerá.

 

V. O PROPÓSITO DO CONFORTO (v.4b)

A. A mutualidade crista Paulo diz no versículo 4: "É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação" a palavra que segue tem a ver com o propósito ou a finalidade disso - "para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia". Deus usa o conforto que nos oferece não como um fim em si mesmo, mas como um meio para confortamos a outros. Existe uma missão que decorre do conforto divino.

O Senhor permitiu que Paulo sofresse e fosse consolado para que pudesse voltar e fortalecê-los com o mesmo consolo que recebera. Aqueles que enfrentam mais problemas experimentam maior conforto e estão melhor equipados para confortar os outros nossos sofrimentos nos dão condições de ministrar uns aos outros, qualquer que tenha sido a dor sofrida. Quando você sofre e é confortado pelo Senhor, Deus o usa como agente de consolação na vida de pessoas que necessitam de conforto em suas tribulações (v.7).

 

B. O crescimento em fé

O apóstolo passou por uma tribulação esmagadora na Asia (v.8). Mesmo alguém que ama profundamente a Deus não está livre dessas experiências. Problemas não faltaram no ministério de Paulo. O que chama a atenção no texto é que a aflição sofrida foi tão forte que ele a considerou superior às suas forças. Entretanto, Paulo entendeu que essa era uma prova de que ele deveria confiar, não em suas próprias forças, mas em Deus que "ressuscita os mortos" (v.9). Deus permite algumas situações difíceis em nossa caminhada cristã para exercitar em nós este mesmo nível de confiança. Quando andamos por vales escuros, o Senhor caminha conosco e nos move da confiança em nós mesmos para a plena confiança nele.

Parece que a confiança do apóstolo floresceu nesse solo árido do sofrimento e da angústia. Paulo confia no cuidado de Deus, "(...) o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrarmos" (v.10). A expressão "tão grande morte" indica que o seu fim fosse inevitável, mas Deus o livrara. A experiência de consolo o ajuda a crer, e a esperar em um Deus que nos consola e pode nos livrar dos perigos que nos cercam.

 

VI. O PARAMETRO DO CONFORΤΟ (v.5)

A adversidade enfrentada por amor a Cristo será intensa de igual modo o conforto, Jesus ensinou que o servo não está acima do seu Senhor (Mt 10). Ele sofreu, nós sofreremos também. E o que isso significa? Nit medida em que sofre por Cristo, você será consolado por ele. Apenas não espere que Deus vá "passar a mão na sua cabeça", se você estiver em pecado. A luz do ensino de Paulo nesta carta. Deus promete consolo a você quando seu sofrimento for por causa da justiça, por comprometimento com a missão de Jesus no mundo. Esta é a promessa que vemos neste texto particularmente.

 

VII. MENSAGEM PARA HOJE

A. Deus trabalha por você

Você já se perguntou por que problemas dolorosos e circunstâncias devastadoras são partes legítimas da experiência crista? Podemos confiar que nada está fora do controle e dos propósitos de Deus. Ele não apenas permite as provações em sua vida, mas o faz por razões específicas. E mesmo nos momentos mais sombrios, ele tem o conforto e a força que você precisa.

 

B. Deus trabalha em você

Deus permite tanto os problemas em sua vida, quanto o consolo de maneira que você não confie em seus próprios recursos, mas apenas no poder que ele supre. Em vez de lutar contra Deus, Paulo se rendeu ao plano do Senhor. Em vez de resistir, ele aprendeu conforta para nos deixar confortáveis, mas para nos tornar confortadores de gente aflita.

 

APLICAÇÃO

Você vai passar por muitas aflições, mas o Senhor lhe ajudará a enfrentá-las (Mt 28.20). Não é a ausência de problemas que expressa o amor de Deus por nós. A obra de Jesus é a mais sublime declaração do amor divino (Rm 5.8). Sua ressurreição prova a autoridade dele sobre todas as coisas, inclusive sobre o poder da morte. Nosso consolo reside na certeza de que Jesus sofreu muito mais intensamente do que Paulo e do que todos nós juntos. Jesus sofreu a dor de experimentar o castigo pelo pecado dos eleitos. Ele bebeu o cálice da ira de Deus para que possamos beber das fontes inesgotáveis do amor do Senhor. Sua obra é a garantia para a igreja de que nada pode separá-la do amor de Deus que está em Cristo, nosso Senhor e nosso consolo. Repasse este consolo e esta certeza.



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